Poemas : 

Buda

 
Haveria de ser breve
Se não fosse longo por demais.
Semifusas? Desconhecia.
Explicaram-lhe que eram como soluços,
Um tamborilar nervoso dos dedos, talvez.
Mas ele, largado como um Buda,
Sabia mais sobre as pausas,
Trabalhava mais com os compassos ralentados.
Quando a vida exigia mais agilidade,
Permanecia fermata.
Noutras ocasiões, ritornelo.
Repetia-se por vezes
E era bonito vê-lo assim
Como pura generosidade.

fsalvo


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FSalvo
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