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Na Soma dos Tropeços

 
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Na Soma de Tropeços
William Contraponto

Somos a soma dos tropeços:
da queda e da colisão.
Como em todos os começos,
contados sem ilusão.

Do caos brotou a centelha,
na fenda entre o ser e o nada.
O universo, ao que se espelha,
é ruína reorganizada.

A mente é pó de explosão,
rastro antigo de matéria.
Do erro nasce a direção,
da perda, a estrada séria.

Entre vãos e lampejos,
o existir se faz escola.
Somos o sopro dos desejos
que o acaso desenrola.

E se há forma no que resta,
é do impacto que germina:
da colisão nasce a festa,
da falha, a luz que ilumina.

E assim, do choque e do breu,
o ser expande sua consciência.
Da dor, recolhe o próprio véu,
da sombra, faz ciência.


 
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Williamcontraponto
 
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