Hoje és como o orvalho a pousar em minha mente,
Cai em minhas margens, inda do sempre.
Sinto teu abraço, na distância do tempo,
Onde pintas em telas o rosado riso do meu pensar.
Oh, lírio das manhãs de sol, em pétalas alvas,
És meu céu e centelha em flor, inda além.
Debuxas o ar sutil, perfeita Dama em mim,
Serás o eterno poema a brotar em meu jardim.
És, para mim, a montanha Hermon sobre o Sião,
O orvalho da flor que renasceu como nuvens,
A redoma que se aninha em meu coração.
Te foste serena, sem me falar teu bailado,
Mas teci tuas asas com fios de sonhos,
Na plena madrugada — de um anjo a voar.
A ti, mamãe 🌺