SONETO DA LOUCURA MANSA

Ainda agora, Vera, estava comentando um poema do Silveira. E neste comentário eu falo a respeito de uma velha polêmica que levantei e como resultado tive por prêmio a antipatia dos mais jovens. Mas mantenho esta opinião até hoje: ninguém é poeta aos vinte anos. Quando eu tinha vinte anos, também pensei que fosse poeta. Mas, não. Agora, já na curva dos 52, quando começo a contar os dias, reforço o pensamento de Vinícius de Moraes: não há poeta sem sofrer. É preciso, digo eu, para ser poeta, entender o amor e o desamor, principalmente aceitar o desamor. É preciso também ser íntimo da morte - e rir dela, por mais que ela machuque. O viaduto está aí, como um convite. A queda é rápida. Obrigado, flor, pelo seu comentário. Aceite o afeto,

Júlio

Irmão Torres,

Você é poeta -e que tremendo poeta. Portanto, sabe que não exagerei. É claro que muita gente não gosta de ouvir ou ler o que escrevi. Mas quando tiverem um pouco mais de amadurecimento, talvez me dêem razão. Fico sempre feliz com a sua visita aqui no meu espaço. E um beijo na Beatriz.

Júlio

Caro Edilson, brasileiro como eu: suas palavras são bastante gentis. É um soneto triste, como quem o assina. Mas longe de ser tudo isto que você falou. Fico grato pela generosidade das suas palavras. E vaidoso também. Afinal, pondo a modéstia de lado, todo autor é vaidoso. Forte abraço,

Júlio

Cara Amiga,

Como disse, ao responder outros comentários, apoiado em Vinícius de Moraes - "não há poeta sem sofrer." É por isso que bato na velha tecla, que já andou causando polêmica: ninguém é poeta aos vinte anos.

Júlio

Olá Júlio,

Existem as exceções, e uma delas sou eu. Minha primeira decepção amorosa foi aos 13 anos de idade e a partir daí comecei a escrever minhas poesias de dor-de-cotovelo.

Torna-se poeta de verdade, aquele que sofre por amor ou está apaixonado....

bjs.