Poemas -> Minimalistas : 

planejar

 

chamei um fruto
de acolá
a fome,
aqui
e o plano




Inconstante...

Open in new window

 
Autor
MarySSantos
 
Texto
Data
Leituras
30
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 02/12/2025 16:22  Atualizado: 02/12/2025 16:22
Colaborador
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 2252
Online!
 Re: planejar
Não há como fugir da causa-efeito.

Conhecendo todas as premissas, temos, amiúde o dever de as evitar, oportunamente.
A "...fome..." que nos falas, é uma das pragas bíblicas, um dos males da humanidade que, de certa maneira, temos sido capazes de evitar.
Se não o fazemos duma forma global, é por egoísmo humano, não pela falta de recursos.
A falta de recursos, ou seja alimentos, durante séculos justificou a existência da dita praga.
A industrialização do sector alimentar permite-nos, hoje em dia, produzir mais do que consumimos.

O "...plano..." pode ser esse.
Usar da experiência e da tecnologia, para acabar com alguma falta suprema.

"...acolá..." e "...aqui..." são diferenciadores no espaço, mas podem ser também no tempo (passado e presente).

O "...já..." coloca-nos, duma forma inteligente, num estado de emergência.

No poema há o trocadilho bem conseguido, fazendo-se também passar por duplo sentido, em relação ao "...fruto...".
Ele é um alimento que mata a "...fome..." imediata, mas pode ser também o resultado de algo que nos permite preparar.

Obrigado pela leitura.

Abraços