Há silêncios invadidos de Luar
e palavras pejadas de solidão
que deixamos cair ao passar
do nosso pobre e triste coração!
Que a saudade mata-nos por dentro,
deixa-nos com medo do por-vir
mas nada nos pode dar mais alento
que o silêncio que a saudade faz sentir ...
E vou a cada dia vivendo de saudade
magoado, em silêncio, sem nada p'ra dizer,
à deriva, sem destino, pelas ruas da cidade
porque os olhos de quem morre ficam marcados
nas entrelinhas do nosso pensamento
sem retorno nem tempo; gravados!
(1 ano e 3 meses sem a querida Avó Clarisse. Fora da minha vista mas sempre no meu coração.)
Ricardo Maria Louro