Poemas -> Crítica : 

Sem Esmo

 
eu caí e rolei
senti, enquanto manquei
o gosto amargo da sensação
algo como um murcho feijão

meu corpo, da cabeça aos pés
todo, sem exceção, doía
eu não conseguiria
fazer valer os réis

foi com um piscar de olhos
só conseguia gemer e gritar de dor
implorava amargamente por um perdão
dele, mas o mesmo não vinha, não

minha barriga, minha boca, minhas pernas
todas manchadas com nojo
não deu tempo nem para perceber o bojo
que cobria estes seios, eu sei

de repente, a pintura no meu quarto
mudava a sua paisagem
para algo vermelho e morto
sangrento, com pessoas que não reagem

mais uma dose de riqueza
mas com certeza
de que passarei pelo mesmo
mais uma vez, sem esmo


É o ferrão quem perturba a abelha.

Escrito por mim no dia 20/12/2025 em Brasília-DF.
 
Autor
Luxena
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