Naquela velha e triste penumbra
em que o teu coração foi envolvido
só a saudade nos toca, nada nos deslumbra
dou por mim sem metas nem sentido!
E ao largo do cais da memória
vejo o teu barco zarpar sem vontade
pões fim ao teu caminho, à tua história
vestindo-nos o corpo de saudade ...
E o que ficou depois da tua partida?!
Uma vontade de voltar a ver-te outra vez
sem tempo marcado ou sem despedida ...
E acenamos nossos lenços ... adeus ...
... será breve a distância - bem o vês ...
Sempre serás nossa e nós sempre teus!
Poema para Sylvia Branca Alves Soares no dia da sua partida para Deus.
Ricardo Maria Louro