Sonetos : 

Que se dane o lirismo tão babaca

 
Que se dane o lirismo tão babaca
Da moça que se mostra delicada,
Pensando ainda em príncipes e fada
Levando para o brejo, boi e vaca.

Enquanto no passado ela se empaca,
A mula do futuro não diz nada,
Vencendo cada nova madrugada
Não sente do poeta, a sua inhaca.

Arrancando meus olhos, tiro a roupa,
Nem mesmo uma ironia ainda poupa
Aquele que tentou ser mais discreto

Porém o verso amargo deu seu jeito
E agora que este sonho está desfeito
A crua realidade do concreto.
 
Autor
MARCOSLOURES
 
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