Nas noites claras, só vejo escuridão,
sentado a beira da janela, tendo mar como ilusão.
A chuva acalma minha triste virtude,
tenho visões e aparições da minha juventude.
Mortes, tiros, casais, crianças,
nada disso tem importância.
Meu pensamento estar distante,
dizem que minha alma é uma fonte borbulhante.
Quero ser livre, livre dos meus adversários,
logo eu, o mais solitário dos solitários.
Ó paixão! Perdoai-me a minha tristeza,
que se faz noite, que se faz beleza.
É isso que vos digo,
meu eterno inimigo.
Escrevo somente para expressar uma dor que sinto e que não consigo me libertar, ou simplesmente para demonstrar o amor que existe dentro de mim e que está adormecido..