Já cheira ao sol que rasga e afasta da terra essas nuvens que nos servem de encosto no inverno.
Cheira ao teu corpo que, depois das inocentes brincadeiras no jardim, liberta o potente perfume que faz chorar os deuses.
Outrora
Quiseram entregar-te ao mar, mas a agua fugia à tua beleza.
Queriam ter-te no céu enquanto um cataclismo de pescoços partidos ecoava na euforia de te contemplar.
Mantiveram-te trancada a sete chaves despertando a loucura entre nós, matamo-nos na luta contra Eles.
Soltaram-te, por fim, na terra à mercê da doença dos mortais.