Poemas : 

Anti-Aderente

 
Sabes,sei que é estúpido,
romântico como eu,e o
romantismo é coisa

passadista,como um velho
lembra uma bafienta moda
obscurantista deus,pátria,
família.

Mas a minha pele sofre de
conjuntivite: ama-te autocolante.

eu sei,mas não me incomoda que

exerças o teu
direito
de opção por frigideiras e outras
superfícies anti-aderentes,

em detrimento das lágrimas quando
fuzilam à queima-roupa os nossos
corações desvendados encurralados pelas
paredes do corpo.

Autocolante é erro propositado,obrigado.
 
Autor
Bruno Sousa Villar
 
Texto
Data
Leituras
777
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
7 pontos
7
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/08/2008 19:51  Atualizado: 13/08/2008 19:52
 Re: Anti-Aderente
versos anti-aderentes. o seguinte descola-se do sentido anterior. afora a inteligência da forma gosto tanto dos últimos versos

"(...)
fuzilam à queima-roupa os nossos
corações desvendados encostados às
paredes do corpo."

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 13/08/2008 20:36  Atualizado: 13/08/2008 20:36
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 -Re: Anti-Aderente
Correndo o risco de não gostares do meu comentário faço-o na mesma.

Ser romântico não é ser estúpido nem do tempo do Salazar...
Talvez seja idiota ser auto-colante(pegajoso, cola) de alguém, isso sim.

Gostei da forma como brincas com as palavras ao falar de amor.

"Todas as cartas de amor são ridículas..."

Bjs





Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/08/2008 21:05  Atualizado: 13/08/2008 21:05
 Re: Anti-Aderente para Bruno Sousa Villar
Não me parece nada estupido dizer que tu és um poeta com H grande. adorei o poema.