[Maravilhamento]
O aroma do incenso
Trazendo brisas com cheiro de vida
Um algodão doce
Uma fita azul
Um livro de poesia
-Na lentidão das horas
Dias e noites mesclam-se aos tons e reflexos de luz
Na delicadeza das gotas d’água
Na transparência do cristal
-As flores entre os dormentes
Desabrochando breves e lindos poemas
Soprados pelo vento
nos fios de gotas de orvalho para enfeitar [o teu] céu
No aconchego das nuvens
Ro Fontana
A Minha Carne É Feita De Livros
A Minha Carne É Feita De Livros
A minha carne é feita de livros...
de histórias da carochinha
vividas no vapor da boca
que no adeus da aurora
cobriam de magia
o tormento do meu travesseiro
A minha carne é feita de livros...
encaixados à força da régua e do carimbo
do "tens que aprender a lição!"
enquanto lá fora...
a saia primaveril que vestia os meus sonhos
me inundava de interjeições...
A minha carne é feita de livros...
e rogo a quem os abriu
o milagre de jamais os fechar...
Luiz Sommerville Junior, 2010
In a Madrugada Das Flores, Edição Waf-Corpos Editora.
.
Para todos os Luso-Poetas!
Não te sintas pequenino,
Se as luzes da ribalta em teus pés não tocarem,
Sente-te feliz como um menino,
Diverte-te escrevendo, vivendo e rindo,
Pois só os cegos, não verão em ti, fascínio!
Não decaias por entre gigantes,
Que nada têm para te ensinar,
Vê-os apenas como os elefantes,
Que há muito cá andam e têm experiência para dar,
Que podem ajudar e momentos partilhar…
Não condenes os vencedores,
Por terem a fama conseguido,
Apenas chamaram mais atenções dos leitores,
Desta vida, deste livro,
Que por eles foi bem merecido!
Não desistas de tentar,
De batalhar por um momento,
Em que possas chorar, rir e contemplar,
Pois de nada serve o sentimento,
Senão for para o mostrar!
Cospe o que sentes, mas deixa para que outro possa pensar e interpretar…
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Dedico a todos os leitores e escritores do Luso-Poemas... Desde os mais lidos aos menos lidos (Sem disitnção).
Pois todos são dignos, e todos são escritores!
Abraços e Felicidades a todos!
Intensa tinta
Com intensa tinta
o espírito pinta.
Sou a tinta desta folha,
Onde não verbaliza e tudo olha,
Sou as letras, as palavras, as frases,
Sou o poema em si, sou todas as fases:
Sou a tristeza, a alegria, a vida, a morte (…)
Sou tudo o que realmente sinto;
Quando canto sinto que a vida é mais forte,
E se não for assim, sinto-me presa num labirinto,
Onde me perco, mas canto e rapidamente,
Rapidamente encontro-me.
Quando escrevo sinto que sou a tinta;
E desenho a minha alma como realmente é,
Sou tudo isto mais o pássaro que me vê;
O meu versejar é o sangue seco, gravado a tinta,
E é toda a minha chama.
Inevitavelmente é o meu sangue que te ama,
Esteja ele seco ou a correr pelas minhas veias.
Ana Carina Osório Relvas/A.C.O.R
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Poema e Poesia
Poema e Poesia
by Betha M. Costa
Acabou a poesia que me sustinha a fé nos dias, e corria bicho solto pelas campinas do meu querer. Aquele que rolava em novelos de prazer pelas ladeiras dos sentimentos, bolhas d’água e sabão, delicadezas a explodirem em festas no ar.
Triste ver um poema espalhado pela casa, mãos perdidas dos dedos pelos cômodos, sem poder na pena e tinta tomar vida.
E um grito canta da sala à varanda, uma música cai do piano, uma lágrima alimenta o aquário e a alegria sai pela porta da frente. Na soleira um sorriso sem viço sobre o tapete de boas vindas.
Tudo por causa daquele nome retido na boca, que feito um livro guardou as palavras, e, levou consigo os meus versos. Sem ele não existe poesia que valha um poema.
*Imagem Google
MÃOS ENSANGUENTADAS
Escrevo com a mão direita
Com a outra cravo uma lâmina afiada
no meu pobre coração
Quanto mais fundo ela penetra
mais intensamente meus versos jorram
Sinto-os quentes e borbulhantes
Sem rimas, brutos e inacabados
É por isso que escrevo
com as duas mãos
e de olhos fechados
Vendo apenas
a imensidão dos meus sonhos
Corroídos e malfadados...
Amor Imensurável
Vou reescrever minha história
Tentando ao menos entender
Tantas coisas que na memória
Quero e não consigo esquecer
Como o primeiro e longo beijo
Que um dia você me deu
Dizendo matas o teu desejo
Porque meu amor é só teu
Tão jovem e inexperiente
Nem soube o que responder
Te fitando ainda descrente
Sentindo meu corpo tremer
Chorando de amor e emoção
Mais linda que a luz do dia
Me entregaste seu coração
Naquele elevador que descia
Apenas nove anos nos separavam
De nosso primeiro amanhecer
Mas os hipócritas não aceitavam
Porque não podiam o amor entender
Fomos cruelmente condenados
Pela inveja, despeito e covardia
Sofrendo tristes e discriminados
Mas nosso amor não se rendia
Caminhando por ruas inseguras
Evitando olhares de reprovação
Por becos ou praças tão escuras
Sem pecar pedindo a Deus perdão
Vítimas de chantagem emocional
Por sua mãe que não queria
Culpando-nos da enfermidade
Que por décadas nela já existia
Mesmo com o passar do tempo
Não tivemos um só minuto de paz
Só perseguições e tormento
Mas nos amando cada vez mais
Abri mãos dos prazeres da mocidade
Para tão somente a você me dedicar
Até que a força da insana maldade
Conseguiu finalmente nos separar
Perdemos a bússola que nos orientava
Ficamos derivando num mar sem luz
Em meus sonhos por seu nome chamava
Carregando o pesado fardo da minha cruz
Não sei se ainda aqui permaneces
Ou se habitas o astral superior
Mas saibas que de você não esquece
Aquele a quem só chamavas de amor.
Falcão S.R - Rio de Janeiro - RJ
Ação Social: www.projetomorrodosape.com.br
Website: www.LuzdaPoesia.Com
Blog: http://meuamorpoesia.blogspot.com/
Canal You Tube: http://www.youtube.com/user/FalcaoSR?feature=mhum
E-mail: falcaosr@luzdaPoesia.Com
Para ti ,que te leio..
passo por aqui de relance
para ler tua poesia
mas constato
que pouco tens sonhado
aqui neste cantinho
onde me deleito
com tuas palavras melódicas
apenas quero ler-te
ler-te mais um pouquinho
adormecer nas tuas palavras
acordar-te no meu sonho
imaginar-me nos teus olhos
sentir o aroma da tua sublime inspiração
sentir as batidas do meu coração.
na leveza das tuas palavras sentir o beijo em doce lentidão
quero ler-te,ler-te até que os olhos se fechem no sonho desejado.
ana silvestre
NESTE SONHO QUE ME INVADE
Neste infinito de emoções
Neste universo onde flutuo
Neste sonho que me invade
A cada instante
Sigo na estrada da esperança
Ao encontro de ti.
Nesta teia de emoções
Neste turbilhão de sentimentos
Que se cruzam e nos absorvem
Viajamos neste sonho
Dentro das emoções
Que o sustenta
E me faz voar…
Neste universo de cumplicidade
Onde o amor flutua em nós…
Onde voamos
Nas asas do sonho
Nas nuvens do nosso sentir
Na galáxia…
Das nossas emoções.
Pudera eu ser
Pássaro veloz
Vento que fustiga forte
Mas que nunca perde o norte
Para junto de ti
Me levar…
E juntos voarmos
No céu azul infinito
E num sussurro
Num grito
O nosso amor…consumar.
Gil Moura
Coração Digital - A.I.
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Coração Digital - A.I.
Sou duma época em que a robótica
pode amar os humanos
e em que os humanos estão incapacitados
de me amarem
e de se amarem entre eles
talvez uma fada possa sossegar
os meus circuitos sem sangue
talvez as veias da fantasia
me devolvam
uma história suspirada ao adormecer
pela minha mãe
Sou menino repleto de circuitos e cpu's
não existem cirurgiões que possam
reprogramar a minha memória
a minha metaliforme emoção...
mas por uma noite de amor
eu venceria a mais gigantesca baleia
renunciaria ao mais vil João Honesto
seria artista de circo
e voltaria a casa cansado
com todo o meu aço enferrujado
Se o meu pai fossse o Gepetto
e a Disneylândia o meu lar
chamar-me-ia Pinóquio
mas eu não sou esse boneco-de-pau
não posso voltar para casa
tenho de regressar à oficina
ir para a manutenção
porque
não passo dum menino
de olhos bem fechados
dum infra-terreste que nasceu
da excêntrica comunhão
entre o Dr. Estranho-Amor e O Tubarão ...
Luiz Sommerville Junior , Eu Canto O Poema Mudo