Poemas, frases e mensagens sobre poesia

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre poesia

Magna Carta

 
Magna Carta
 
Chegou a noite,
meu doce amor,
há peixes dançando por dentro das estrelas;
há anjos nadando no fundo dos mares;
há pássaros correndo nas estradas de terra vermelha
e amantes flutuando no espaço.
é este o milagre da vida:
o poema que o Universo escreve em todas as eras.
e tu
e eu
com olhos de crianças que nasceram agora
apenas nos limitamos
a contemplar o girar da saia do mundo
num beijo
donde salta sublime
uma lua que se despiu
para que Deus lhe devolva o paraíso...

Luíz Sommerville Junior
 
Magna Carta

ANNA KARENINA, o bailado

 
O êxtase sobrevém...
Pairo no ar de olhos absortos,
coração em pulsações aceleradas,
espírito dominado em abandono,
plácido.
Vejo os corpos que não têm asas
mas voam
e sobem pairando no etéreo.

Movimentos imensos, coordenados,
dinâmicos, perfeitos,
gestos de amplitude surreal
de leveza quase impossível,
irradiações de beleza ímpar,
sons metálicos, sincopados, feéricos,
ambivalentes, grotescos,
personagens densas de filigrana e diamante,
místicas, quase transparentes.

Serão mariposas?
Esporos volantes que carregam a vida
e a transportam nas asas do vento
até aos inóspitos areais do deserto,
onde crescem os oásis?

E da insana submissão me liberto
para me manter devoto.
Anna, Anna
meu assombroso nirvana!

Em 27.Mai.2023
Adaptação da obra de Liev Tolstoi, segundo Jonh Neumeier
Coreografia: Alexei Ratmansky
Direção Musical: Valery Gergiev
Teatro Mariinski, em São Petersburbo
 
ANNA KARENINA, o bailado

Para todos os Luso-Poetas!

 
Para todos os Luso-Poetas!
 
Não te sintas pequenino,
Se as luzes da ribalta em teus pés não tocarem,
Sente-te feliz como um menino,
Diverte-te escrevendo, vivendo e rindo,
Pois só os cegos, não verão em ti, fascínio!

Não decaias por entre gigantes,
Que nada têm para te ensinar,
Vê-os apenas como os elefantes,
Que há muito cá andam e têm experiência para dar,
Que podem ajudar e momentos partilhar…

Não condenes os vencedores,
Por terem a fama conseguido,
Apenas chamaram mais atenções dos leitores,
Desta vida, deste livro,
Que por eles foi bem merecido!

Não desistas de tentar,
De batalhar por um momento,
Em que possas chorar, rir e contemplar,
Pois de nada serve o sentimento,
Senão for para o mostrar!

Cospe o que sentes, mas deixa para que outro possa pensar e interpretar…

Read more: http://ghostofpoetry.blogspot.com

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Dedico a todos os leitores e escritores do Luso-Poemas... Desde os mais lidos aos menos lidos (Sem disitnção).

Pois todos são dignos, e todos são escritores!

Abraços e Felicidades a todos!
 
Para todos os Luso-Poetas!

Intensa tinta

 
 
Com intensa tinta
o espírito pinta.

Sou a tinta desta folha,
Onde não verbaliza e tudo olha,
Sou as letras, as palavras, as frases,
Sou o poema em si, sou todas as fases:
Sou a tristeza, a alegria, a vida, a morte (…)
Sou tudo o que realmente sinto;
Quando canto sinto que a vida é mais forte,
E se não for assim, sinto-me presa num labirinto,
Onde me perco, mas canto e rapidamente,
Rapidamente encontro-me.

Quando escrevo sinto que sou a tinta;
E desenho a minha alma como realmente é,
Sou tudo isto mais o pássaro que me vê;
O meu versejar é o sangue seco, gravado a tinta,
E é toda a minha chama.
Inevitavelmente é o meu sangue que te ama,
Esteja ele seco ou a correr pelas minhas veias.

Ana Carina Osório Relvas/A.C.O.R

https://acor13.blogspot.com/2018/03/11 ... nsa-tinta-o-espirito.html
 
Intensa tinta

INUTILIDADES

 
INUTILIDADES

Escorre pelas minhas mãos o líquido
dos teus olhares vagarosos,
as dores do tempo das tuas regras,
o vazio das palavras que escreves em blocos de notas
à espera que alguém as leia.

Escorrem dos meus lábios beijos que não conheces,
sorrisos que não identificas,
gritos de silêncio que nunca ouvirás
ainda que te afadigues na escuta.

À noite, a liquidez coada das almas
transformam os encontros em inutilidades
e por cada gota de saliva que sorves da minha boca
dá-se a osmose da testosterona no teu corpo tenso
até que a humidade dos corpos unidos
alastra
a fecundar a conteúdo e a forma do teu ser por inteiro.

Em 18.Mar.2023
 
INUTILIDADES

Madrigal

 
 
Sommerville, 2608201021:10

Venham manhãs

embutidas nos tambores cardíacos

escorregando pelos montes das tuas saias

onde o comprimento d´onda

da luz cristalina do Sol

em saudações à tua glória

asparge reflexos d´orvalho

felicitando o meridiano

do teu sexo

Sommerville, 2608201021:10
 
Madrigal

MÃOS ENSANGUENTADAS

 
MÃOS ENSANGUENTADAS
 
Escrevo com a mão direita
Com a outra cravo uma lâmina afiada
no meu pobre coração
Quanto mais fundo ela penetra
mais intensamente meus versos jorram

Sinto-os quentes e borbulhantes
Sem rimas, brutos e inacabados

É por isso que escrevo
com as duas mãos
e de olhos fechados
Vendo apenas
a imensidão dos meus sonhos
Corroídos e malfadados...
 
MÃOS ENSANGUENTADAS

Amor Imensurável

 
 Amor Imensurável
 
Vou reescrever minha história
Tentando ao menos entender
Tantas coisas que na memória
Quero e não consigo esquecer

Como o primeiro e longo beijo
Que um dia você me deu
Dizendo matas o teu desejo
Porque meu amor é só teu

Tão jovem e inexperiente
Nem soube o que responder
Te fitando ainda descrente
Sentindo meu corpo tremer

Chorando de amor e emoção
Mais linda que a luz do dia
Me entregaste seu coração
Naquele elevador que descia

Apenas nove anos nos separavam
De nosso primeiro amanhecer
Mas os hipócritas não aceitavam
Porque não podiam o amor entender

Fomos cruelmente condenados
Pela inveja, despeito e covardia
Sofrendo tristes e discriminados
Mas nosso amor não se rendia

Caminhando por ruas inseguras
Evitando olhares de reprovação
Por becos ou praças tão escuras
Sem pecar pedindo a Deus perdão

Vítimas de chantagem emocional
Por sua mãe que não queria
Culpando-nos da enfermidade
Que por décadas nela já existia

Mesmo com o passar do tempo
Não tivemos um só minuto de paz
Só perseguições e tormento
Mas nos amando cada vez mais

Abri mãos dos prazeres da mocidade
Para tão somente a você me dedicar
Até que a força da insana maldade
Conseguiu finalmente nos separar

Perdemos a bússola que nos orientava
Ficamos derivando num mar sem luz
Em meus sonhos por seu nome chamava
Carregando o pesado fardo da minha cruz

Não sei se ainda aqui permaneces
Ou se habitas o astral superior
Mas saibas que de você não esquece
Aquele a quem só chamavas de amor.



Falcão S.R - Rio de Janeiro - RJ

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Website: www.LuzdaPoesia.Com

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 Amor Imensurável

"dias de glória"

 
veio ela
em rubra
fita na testa e
o peito
com blusa
aberta

palavras
em comoção
enchiam
mãos de revolução

era ela
a luta
sangrando
no papel

era ela a poesia
sem regras
sem leis
sem quartel
 
"dias de glória"

Poesia no Coração - 1º Lugar EVENTO IX

 
Poesia no Coração - 1º Lugar EVENTO IX
 
Poesia é a angústia constante de um sonhador,
a insana vontade de perpetuar os seus sonhos,
mastigá-los à mesa da imaginação, fazê-los História,
e amanhecer com eles na realidade.

Poesia é uma expressão de sentimentos em turbilhão,
é uma viagem inebriante às entranhas do pensamento,
é o inquieto desfolhar das páginas da memória,
o restaurar das ruínas do passado, para um futuro melhor.

Poesia é um esboço da vida de alguém, traçado a sangue,
é uma lágrima derramada por quem sofre,
é um nó na garganta, um silêncio ensurdecedor,
é um grito tatuado no íntimo de cada um.

Poesia é uma simples mas intensa melodia,
vincada pelo ritmo galopante da paixão.
É a magia de um agradável envelhecer a dois,
é a cegueira que se avista nos olhos de quem ama.

Visitem a minha página no facebook: https://www.facebook.com/NoMundodaEscritaedaPoesia

Bem, não estava nada à espera de vencer isto... :) Obrigado a todos!
 
Poesia no Coração - 1º Lugar EVENTO IX

A Minha Carne É Feita De Livros

 
 
A Minha Carne É Feita De Livros

A minha carne é feita de livros...
de histórias da carochinha
vividas no vapor da boca
que no adeus da aurora
cobriam de magia
o tormento do meu travesseiro

A minha carne é feita de livros...
encaixados à força da régua e do carimbo
do "tens que aprender a lição!"
enquanto lá fora...
a saia primaveril que vestia os meus sonhos
me inundava de interjeições...

A minha carne é feita de livros...
e rogo a quem os abriu
o milagre de jamais os fechar...

Luiz Sommerville Junior, 2010

In a Madrugada Das Flores, Edição Waf-Corpos Editora.

.
 
A Minha Carne É Feita De Livros

'palavrosia'

 
'palavrosia'
 
veemente
disse que eu não mais viria
às palavras me insinuar...
que um tempo
daria
de fininho saindo
sem provocar
ondulações, nesgas violáceas
resquícios de vento
sequer.

entretanto...

é mais forte
a vontade de te sentir

as curvaturas
tuas
delinear.
teus
sentidos claros ou
indefinidos,
pesquisar

tocar teu porte
fechar os olhos
sentindo tua espessura.

dar-te meus olhos
minhas mãos
meus lábios
entreabrindo-se
silábicos
arfantes de breves
surpresas

fazer-te amor
balbuciando intrigas

provocando
protestos

confesso...

és minha libido
minha luxúria
meu vício promíscuo
e também minha oração

és o limiar de um voo
asas minhas em convulsão

és tatuagem
roçagando como vento
minh' alma

também és
o antídoto

... a minha calma!
 
'palavrosia'

Inês de Portugal

 
 
..

Inês de Portugal - Nesse Lago Tão Quieto

Tu
que és tão grande
que eu não consigo ver-te
que és por cima
dum céu
vermelho de flores que chora
o verde vida das pétalas em ferida
neste silêncio
em que
"todos os barquinhos
cansaram de nadar"
dizes-me
por que dormes
eternamente
nesse lago tão quieto
por baixo
deste mar?

Luiz Sommerville Junior, in memorian

01 de Setembro 1929 - 04 Junho de 2013
 
Inês de Portugal

NO SILÊNCIO A POESIA GERMINA

 
NO SILÊNCIO A POESIA GERMINA
 
Esta manhã andei folheando os livros da vida
Suas folhas tinham-se tornado em matizes coloridas
Com palavras que escolhi, cartas do verão passado.

Olhei os poemas com letras desbotadas
Removi pecados passados em um texto amarelecido
Encontrei uma página em branco

Plantei os bulbos das palavras que me veio em mente
Plantei algumas consoantes
Caprichei um pouco mais em um quadro de vogais

Estou rodeada de fileiras de canteiros
Os acentos com um ar aromatizado
Semeado para fazer um pequeno recanto de lendas

Mais tarde preparou a praça de pontuação
Uma fila de vírgulas, um pouco de exclamações.
Uma saraivada de vários pontos e perguntas

Eu coloquei o efeito estufa na feira das Maiúsculas
Cobri parênteses com minúsculas
E cercado por caracteres, um tule especial.

Enxuguei a papelada com estilo
Armazenado em um frasco de vidro frágil inspiração
Fechou o livro na página e tornou-se febril

No jardim das palavras, a disposição chegou
Eu comecei plantando guardas not books
No silêncio, os poemas podem germinar.

Rosangela Colares
 
NO SILÊNCIO A POESIA GERMINA

Poema e Poesia

 
Poema e Poesia
 
Poema e Poesia
by Betha M. Costa

Acabou a poesia que me sustinha a fé nos dias, e corria bicho solto pelas campinas do meu querer. Aquele que rolava em novelos de prazer pelas ladeiras dos sentimentos, bolhas d’água e sabão, delicadezas a explodirem em festas no ar.

Triste ver um poema espalhado pela casa, mãos perdidas dos dedos pelos cômodos, sem poder na pena e tinta tomar vida.

E um grito canta da sala à varanda, uma música cai do piano, uma lágrima alimenta o aquário e a alegria sai pela porta da frente. Na soleira um sorriso sem viço sobre o tapete de boas vindas.

Tudo por causa daquele nome retido na boca, que feito um livro guardou as palavras, e, levou consigo os meus versos. Sem ele não existe poesia que valha um poema.

*Imagem Google
 
Poema e Poesia

Trago Gôndolas Venezianas

 
Trago Gôndolas Venezianas
 
 
A vida
que nunca me quis
nessa viagem que ninguém pegou
é daninha de raíz
no todo do nada que sobrou!

Fossem ventos
seriam facas que cortam o ar
fossem chuvas
seriam martelos que despregam cavernas
fossem terramotos
seriam torpedos estilhaçando o adn
fossem o que fossem
seriam esse foram que não foi

Lá longe, num canto perdido de nós
gasto, velho, enferrujado, puído
um trem repousa seus restos...

entretanto no meu olhar
perpassa como um avião
o *TGV do coração ...

LSJ, 2908201018:46 in Távola De Estrelas

* TGV (Train À Grande Vitesse)
 
Trago Gôndolas Venezianas

A saudade a engravidou

 
A saudade a engravidou
 
A SAUDADE A ENGRAVIDOU

Minha Poesia é bem singela
Mas orgulhosa se envaideceu
Hoje se debruça namorando à janela
Caprichosa, de vento o coração encheu.
A saudade a engravidou
Anda nua em liberdade e pureza
As cores ao arco-íris namorou
E ao verbo livre do pensar roubou beleza.

E eu me sinto nela como afluente
Dum rio que corre ao mar
Levo comigo saudades na corrente
E as lágrimas que não soube soltar.

Prestes a chegar à foz
Sonho ainda a nascente
Ouço duma flauta melodiosa a voz
Doce afago da infância sempre presente.
Brilham meus olhos de saudade
Mas não se esgota a minha crença
E eu peço a Deus por piedade
Nos proteja com sua bem querença.

Tem a tarde o sol-posto
Tenho a Poesia no meu seio
Nela ponho o gosto e o desgosto
Esta do coração aos lábios me veio.

rosafogo
 
A saudade a engravidou

Para ti ,que te leio..

 
Para ti ,que te leio..
 
passo por aqui de relance
para ler tua poesia
mas constato
que pouco tens sonhado
aqui neste cantinho
onde me deleito
com tuas palavras melódicas
apenas quero ler-te
ler-te mais um pouquinho
adormecer nas tuas palavras
acordar-te no meu sonho
imaginar-me nos teus olhos
sentir o aroma da tua sublime inspiração
sentir as batidas do meu coração.
na leveza das tuas palavras sentir o beijo em doce lentidão
quero ler-te,ler-te até que os olhos se fechem no sonho desejado.

ana silvestre
 
Para ti ,que te leio..

NESTE SONHO QUE ME INVADE

 
Neste infinito de emoções
Neste universo onde flutuo
Neste sonho que me invade
A cada instante
Sigo na estrada da esperança
Ao encontro de ti.

Nesta teia de emoções
Neste turbilhão de sentimentos
Que se cruzam e nos absorvem
Viajamos neste sonho
Dentro das emoções
Que o sustenta
E me faz voar…
Neste universo de cumplicidade
Onde o amor flutua em nós…
Onde voamos
Nas asas do sonho
Nas nuvens do nosso sentir
Na galáxia…
Das nossas emoções.

Pudera eu ser
Pássaro veloz
Vento que fustiga forte
Mas que nunca perde o norte
Para junto de ti
Me levar…
E juntos voarmos
No céu azul infinito
E num sussurro
Num grito
O nosso amor…consumar.

Gil Moura
 
NESTE SONHO QUE ME INVADE

Aos Poetas Amadores: Nós!

 
Este poema é muito antigo mas atrevo-me a publicá-lo novamente. Dedico-o a todos os POETAS AMADORES

Abram alas
Às palavras gritadas
Pelas canetas dos sonhadores,
Manchas multicolores
Caídas no branco papel,
Sorrisos e lágrimas
Dos poetas amadores.

Ouçam as vozes caladas
No pregão da sua escrita
Ouçam as suas verdades
Pintadas em letras
Que são as suas vidas.

Percam tempo,
Vale a pena olhar
A alma dum poema,
Que apesar de desconhecido
Será sempre um momento
Enriquecido,
Porque ele
Foi escrito para ser partilhado
Contigo.
 
Aos Poetas Amadores: Nós!