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A Balada do Vinho

 
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Pinga leve, levemente
Como quem chama por mim...
Será vinho ou aguardente?
Vinho não é certamente...
E a cachaça não pinga assim.

Fui ver. A água caía
Do azul cinzento do Céu,
Branca e leve, branca e fria...
Porém daquilo eu não bebia!!
Nessa não caía eu...

Olho através da vidraça
Vejo tudo muito branquinho...
Passa gente... e enquanto passa
Vou pensando na cachaça
Que mora sempre ao pé do vinho.

Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança
E noto antes de mais
Os passos descomunais
Dum bêbado que já dança

Que quem já é bebedor
Ande aos tombos... enfim...
Mas agora eu Senhor
Que tenho ar de Doutor
Por que ando sempre assim?

E uma infinita tristeza
Que me atrai só pró chão,
Entra em mim
Fica em mim presa,
Caem os copos na mesa
E eu caio no garrafão

Paráfrase de Augusto Gil
-A Neve- Clonagem de
Reis Mota-Poeta Senior


José Mota

 
Autor
PoetaSenior
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/09/2008 14:12  Atualizado: 21/09/2008 14:16
 Re: A Balada do Vinho
Boa colheita

Dessa colheita não bebo
um copo apenas, nem dois,
pois o é um vinho soberbo
que depois, ora: e depois!?...

Domingos da Mota

Obrigado,

Um abraço,

DM


Enviado por Tópico
RAMA.LYON
Publicado: 02/01/2009 21:56  Atualizado: 02/01/2009 21:56
Super Participativo
Usuário desde: 01/12/2008
Localidade: LYON-França
Mensagens: 122
 Re: A Balada do Vinho
O que pinga tão bem assim
Não é vinho nem aguardente,
Eu penso, cá para mim...
É whisky, forçosamente.