Poemas : 

Indecisão

 
Ato-me. Preso em minha indecisão.
Quero e não quero. Ó desespero.
Voz da errada coesão que brada
por uma resposta que me desprenda desta aflição.

Por que és tão cruel que me iludes
Despe-me da razão com a voz da ambição
De querer e não poder, tocar, olhar, sentir
E somente dar-me essa situação?

Avanço queixo erguido, certo de razão
Vens, ó incerteza rasteira, traiçoeira, dobrar-me até o chão.
Quero sonhar a realidade!
Não cabisbaixo, sem emoção.

Quero orgulhar-me de teres ao meu lado
oh tenra satisfação, com um sorriso
e uma pontada no coração dizendo:
Eras certo! Tinhas razão!

Mas que razão é essa que me ilude
põe-me a fazer perguntas sobre outras
que não tem atitude
que vença ou sossegue essa questão!

Por que se fazes tão longe, quando quero perto
Por que vejo o deserto, nada por perto
Além da indecisão. Vazio. Sem sentido.
Sem sonho. Sem... razão.

Ah como és cruel, oh indecisão.



Oh ego Laevus!

 
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Raul de Oliveira
 
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 19/11/2008 09:18  Atualizado: 19/11/2008 09:18
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
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Mensagens: 14852
 Re: Indecisão p/ Raul de Oliveira
Olá Raul

Grande verdade a indecisão é bandida
atola o coração e a alma fica a deriva

Muito bom o teu poema...Gostei!

Beijinhos no coração