O cãntico do sepulcro,um sussurro nos lábios mortos,
Do anjo mármoreo extraio o fulgor de olhos apagados,
Estou tão triste,ajude-me,devore o coração que ofereço,
Um incoercível desejo evocado através de romãntico martírio,
Iluminada Musa de cabelos negros.
Consumi o que restava de esperança,
Na diluência sanguínea em chuva sagrada
Frágil acalentei nas mãos o pequeno cadáver etéreo,
Distante do sorriso encantador que revivificou sentimentos esquecidos.
Lãnguido estendo-me ao redor do não abraço,
Da atenção não recebida,do carinho negado,
Pereço amando o plangente delírio,derradeira declaração,
Musa estática e distante em panteístico castigo,
Cortes passeiam na carne lívida desfazendo o laço tênue da alma,
Entre o pesar apaixonado e a mágoa.