Sonetos : 

O CÁLICE SONORO

 
De mil flautas e de mil oboés
Esvoaçaram algumas notas tiranas
Bafejadas por níveas almas humanas
Tão carentes ao doce sabor das marés


Escutem estas divinas súplicas... dos rés
E as dos fás,que são severas e profanas
Ganhem vida e luz em mentes insanas
Onde nem habita a chama fria dos dez


Oiçam o seu revolutear cadente com a palma
Que esta límpida fortuna é de pouca dura
Bebam deste sonoro cálice com a razão da alma


Estas notas são as colunas da harmonia futura
Tão rogadas por heréticos longínquos da calma
E fiéis às garras e feições pardas daquela criatura...



Eternamente Luís Camões


Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
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