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Domingo à tarde

 
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Domingo à tarde


Ah! como eu queria ter um Fuska, uma casinha de madeira e estar com vinte e oito anos de idade. Aos domingos, lá pelas três horas da tarde, logo que a chuva parasse, sairia com a esposa e as crianças passear pela cidade, depois a gentia iria assistir aos jogos de futebol na televisão - em branco e preto - na casa dos parentes. Minha sogra faria um bule de café e colocaria na mesa de centro, junto com fatias de pão feito em casa, acompanhadas de queijo fresco comprado na feira. Meus cunhados ficariam nervosos com o juiz da partida e o xingariam de filho-da-puta. Lá pelas oito da noite a gente jantaria e voltaria para casa, bem devagar, para não sujar o carro que fora lavado no sábado cedo, preocupados com a segunda feira de trabalho, dormiríamos mais cedo. Pena que isto já se deu há mais de trinta anos e agora só me resta recordar, pois já não tenho meus sogros e tampouco meus pais.

jmd/Maringá, 14.03.03


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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