Ignorado ficasse este meu hino 
Por entre rumores que obstruem o ouvido!
Viela de sentido único, mas qual será o sentido?
Para percorrer certeiramente o meu destino…
Tudo me cresce em pregado desatino, 
Não encontro memórias de alguma conquista! 
Sinto a alegria de mim tão dista 
Busco um impulso que seja cristalino... 
Fossem ócios que me apinhassem a mente!
Dos sonhos que a alma em mim traça 
Apenas restam esboços anónimos de desgraça. 
Uma voz, um sorriso, uma promessa bem presente! 
Diz a sorrir que vem, mas fica sempre ausente.
Findado o intento, não lhe acho nenhuma graça.
                
Paulo Alves