És tu que interrompes inadvertidamente a minha solidão.
Solidão conquistada, paz...
Nada mais conta, quando surges no meu pensamento, é momento de ternura,
Momento de carinho, de raiva, de lágrimas invisíveis,
Porque é o coração que chora, e a cabeça a negar qualquer necessidade de ti.
Menti, pobre coração!
Tantas madrugadas a negarem o que a saudade lhe conta!
Que maldade, lhe conta o vento, e a lua, quando esta estende os seus braços de prata...e cobre de sombra todos os recantos que eu quero ver,
Para dizer ao meu coração que nada justifica tanta saudade,
Que a beleza do mundo é nossa.
- Coração ouve: não escutes a infiel saudade, ela mente,
Não precisas nada mais que solidão...
- Não precisas de abraços, nem tão-pouco de carinho,
Beijos que te fazem debilitarem, para que queres tu isso?!
- Paixão que te deixa inquieto, que te fazem acordar!
E não te deixa dormir a sonhar com os lábios macios e quentes.
Esquece, coração nada disso vale a pena,
São momentos que passam, não precisas deles, para quê lembrar?
Momentos felizes...
Momentos apenas...
AnaR.
AnaR.