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Privé Tuin II ou A Morte da Borboleta Azul

 
Sim. É isso que vês. Estou morta.
Sonhei séculos a perder, com um intenso jardim irreal
Vivi a solidão com inquietude e
A pobreza com alegria
Andei pelo raso
E olhando nos olhos das flores
Que me recebiam em seu regaço.
Ah... como as amei
Mas já não faço versos como antigamente...

Volto de onde me esqueci
Para dizer-lhes:
"Perdão! Perdão minhas amadas...
Nunca lhes disse
Mas como as amei!"

E agora meu mundo desconfigura-se
E a solidão vem ao longe
Acenando com suas cores frias e cortantes
Mostrando-me o jardim que já não existe


E minhas flores que já não são minhas...
 
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vanemarx
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