Eu não sou nada. Sou levada pelas ruas da praça, sou alvo de troça por quem passa. Sou o rosto de batalhas passadas e coragens esquecidas. Sou o espaço perdido no tempo. Sou o mar desprovido de vento. Sou um coração solitário, sou dor de alma, pesar, sou noite e sou luar...
Só existe um lugar para mim, mas que não tem nome, nem mapa, nem rota.. está fechado numa terra remota, á direita da derrota, áfrente da miséria... Esta ilha no meu peito não me garante que existas, mas eu acredito que existes. Eu só preciso que tu existas! Invento-te, relembro-te e quando me escapas, distorço-te.
Não te peço para me quereres por inteiro, mas se me quiseres de vez em quando, ter-me-ás sempre! Vou dar-te o pouco que é tudo o que sobra de mim, e em cada canto desta rua, ficarás para sempre meu, e eu eternamente tua.
Re: Existes?
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