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"Crime de Amor"

 
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verde




Desde os lindos tempos que eram estudantes.
Osvaldo e Clarisse se amavam demais.
Igual duas aves que não conheciam.
Da vida enganosa seus golpes fatais.
Um dia Osvaldo formou-se pra médico.
E ela formou-se um ano depois.
Casaram-se e foram em longa viagem.
De lua-de-mel bem felizes os dois.

Clarisse na viagem ao marido pediu.
Se um dia uma dor a fizesse sofrer.
Melhor que a matasse pois desejaria.
Mil vezes a morte do que padecer.
Passaram-se os anos e um dia Clarisse.
Doença incurável pegou pra morrer.
O doutor lembrou do pedido da esposa.
Que nunca no mundo a deixasse sofrer.

E uma injeção de terrível veneno.
No braço da esposa aplicou a chorar.
Enquanto injetava o veneno dizia.
Agora meu bem você vai descansar.
E olhando no rosto da esposa foi vendo.
Seus olhos parando a cobrir-se de um véu.
Qual duas estrelas perdendo seu brilho.
Cobrindo-se aos poucos com as nuvens do céu.

Ele enlouqueceu vendo o corpo gelando.
Daquela que amava com tanto fervor.
Matou pra atender o pedido da esposa.
Roubando-lhe a vida pra livrar da dor.
E assim encontraram Clarisse sem vida.
E Osvaldo beijando seus lábios sem cor.
Sorrindo e chorando, gritando que viessem.
Ver quanto foi lindo seu crime de amor.

Comp. José Fortuna - 1.959.



 
Autor
João Marino Delize
 
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