Luso-Poemas
 
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#20

 

. façam de conta que eu não estive cá .

falamos por cima das palavras, os gestos condensados junto ao corpo, há nos membros (inferiores e superiores) várias feridas, dessas que duram a eternidade, se ela for tão absurda quanto elas. a inexistência inebriante de vocábulos capazes, a não visão dilacerante dos gestos que se acumulam entre as artérias e as veias, recheados de sangue coalhado até ao interior do coração, é isto que absorvem as horas, esforcadas à raiz do corpo, longe do silêncio comprometedor que nos sufoca. se assim fossem todos os momentos também de nós se fariam desertos gélidos.
 
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Margarete
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o não barulho.
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#03
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Um pássaro negro ferido na asa-regresso
onde se lê esperança deve ler-se agonia: território banal, delimitado e sempre longe.
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/09/2009 16:05  Atualizado: 06/09/2009 16:05
 Re: #20
Texto a ler e a reler, em busca dos seu vários sons, tons e sentidos.
Estou no texto N.º 20. Penso que ganharei mais com a leitura, se começar pelo primeiro e subir os degraus da escrita (da escada) um a um.

Domingos da Mota

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 08/09/2009 10:55  Atualizado: 08/09/2009 10:55
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3802
 Re: #20 p/ Margarete
Deixas marcas indeléveis nas palavras que te leio e que se cravam no meu olhar como se dele fizessem parte.

Beijo
Mar sem sAl

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