MEMORIAL DE MIM

quem me dera tivesse a metade do talento deste grande eugénio, que nós aqui também tanto respeitamos. obrigado pelo poema.eugénio é imortal.

beijo,

j.

conhecer a poesia de ungaretti, porque nunca o vi pessoalmente, mas lhe fui visitar o filho no túmulo, foi uma das coisas mais proveitosas que me deram a vida. antes de lhe traduzir os versos, li sua biografia. sei que apenas nasceu em lucca. traduzi-lo seria um presente a quem não merecia. ou não merece.

carinho,

j.

meu irmão poeta,

não dá pra esperar nada desta vida. sua resposta está na tradução do primeiro poema de ungaretti, que me atrevi a traduzir.

afeto,

j.

quando a civilização brasileira, a mando de seu dono, o editor,ênio silveira, meu amigo, pediu-me que eu traduzisse direto do italiano, língua que eu quase não conhecia, levou-me ao mundo dos dicionários.o ato de um jornalista desempregado tentar traduzir este italiano,genial, que deixou um filho
morto no brasil. fui ao túmulo de antonieto. e sobre a pedra fiz a tradução de Matina, que nada tinha a ver com versão, minha tão brasileira: "embriago-me de infinitos." "me illuminno di imenso" - ele era isto só.depois bebi ungaretti numa noite. numa tradução feita a lápis. o dicionário nas coxas. fui premiado como melhor tradutor, os prêmios nem sempre são honestos.não conheci o poeta pessoalmente. e o sono me travando. quando a tradução saiu publicada, pensei que não fosse minha.

carinho


j.