Poemas, frases e mensagens de marionhardes

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de marionhardes

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Comentários

 
 
Às vezes são insuportáveis
Indigestos, estressantes.
Às vezes são dolorosos,
Insensatos, impiedosos.
Já imaginei um mundo
Sem comentários.
Seria uma paz.
Um universo de sossego,
De alívio, pura liberdade.
Mas ...
Nem tudo é regra.
Pensar em viver
sem os seus comentários,
é viver pela metade.
É abrir a janela e não te sentir,
Não saber de ti.
Seus comentários,
Diferentes de tantos outros,
É que me fazem existir.
 
Comentários

De onde vem?

 
 
De onde vem a dor que sinto,
O aperto no peito, a vontade de chorar?
De onde vem a tristeza sem fim,
A pergunta sem resposta,
A angústia, a falta de lugar?
De onde vem toda mágoa,
Todo vazio, toda incerteza?
De onde vem tanta loucura,
Tanto sofrimento,
Tanta vontade de casar?
 
De onde vem?

Pensar em você

 
 
Pensar em você
É sorrir sem querer,
É olhar distante,
Parar no tempo.

Pensar em você,
Aquece meu corpo,
Instiga minh’alma,
Perfuma meu ser.

Pensar em você,
É como tomar sorvete,
Mergulhar no mar,
Descansar na rede.

Pensar em você,
É muito mais que sonhar,
É sentir seu cheiro,
É ter você de outro jeito.
 
Pensar em você

Volta

 
 
Seu beijo molhado
Seca minha alma.
Sua boca salgada
Adoça minha vida,
Que vibra.

Só em pensar,
Você em minha mente,
De lavas incandescentes,
Eclode um vulcão em mim.

Sua distância me incomoda,
Sufoca, cega meu juízo
Aumenta minha angústia
Esconde meu sorriso

Então eu choro
Inteiro sua lembrança.
Sua parte em mim
Guarda em segredo
Uma ausência sem fim.
 
Volta

Meu querer

 
 
Quero sentir tua pele
Quero sentir teus lábios
Quero sentir teu cheiro
Quero sentir a paz

Quero a felicidade
De tua presença
A liberdade de teu sorriso
Quero e preciso

Meu querer é como vício
Paira sobre mim
Toma-me os sonhos
Navega em meus pensamentos

Torna meus dias melhores
Meus momentos, felizes
Meus problemas menores
 
Meu querer

Eu, o vento

 
 
Eu, o vento.
Que sou calmo e violento
Sou vendaval e brisa.
Que à mercê da vida,
Às vezes sou conforto,
Às vezes incômodo,
Às vezes paz,
Às vezes caos.

Eu, o vento.
Que sou incolor e frio
Sou calor e sangue.
Que à mercê da vida,
Às vezes sou dor,
Às vezes, rotina,
Às vezes sou morte,
Às vezes vida.

Eu, o vento.
Que sou órfão e só
Sou carinho e carente.
Que à mercê da vida,
Às vezes sou colheita,
Às vezes plantio
Às vezes sou notado,
Às vezes esquecido

Eu, o vento.
Que sou força e anemia
Sou opressor e vítima.
Que à mercê da vida,
Às vezes sou vento,
Simplesmente.
 
Eu, o vento

De todos nós

 
 
Meu primo
Uma vez me disse
Que de todos
É Deus.

Pois Deus,
É de eu, no plural.
 
De todos nós

Desilusão

 
 
Às vezes
Fico sem saber
Quem realmente sou.

Às vezes
Sinto-me perdido,
Procurando explicação.

Às vezes
Aumentam minhas dúvidas,
Minhas mágoas.

Às vezes,
Somente às vezes,
Sou eu mesmo.
 
Desilusão

A mulher

 
 
A mulher é uma incógnita,
Um monumento à dúvida.
Num dia é linda,
No outro, mais ainda.

A mulher é brisa,
É perfume de flor,
É viço da vida,
Doce do mundo.

A mulher é notícia boa,
É colírio, deslumbramento.
É desejo esculpido, poesia.
A mulher é linda, sempre.
 
A mulher

O que me faz assim?

 
 
O que faz o céu ser mais azul?
O sol brilhar mais forte?
O canto dos pássaros, mais lindo?
A brisa mais refrescante?

O que faz os problemas menores?
O perfume mais doce?
Os pensamentos melhores?
A tristeza ir embora?

O que faz meu sorriso maior?
Meus sonhos mais intensos?
Meu humor inabalável?
Minha felicidade sem fim?

O que faz meus dias mais curtos?
Meu trabalho mais alegre?
Meus amigos mais felizes?
Minha saudade maior?

O que faz esse vulcão em mim?
Esse choro de alegria?
Essa paz e harmonia?
Minha vida mais feliz?

O amor a tudo no mundo,
Aos presentes dos dias,
Mas, antes de tudo,
O amor que sinto por ti.
 
O que me faz assim?

Decisão

 
 
O direito,
O esquerdo.
O certo,
O errado.
O conceito,
O preconceito.
De que lado
Devo estar?
De que lado
Realmente estou?
Que me comprima
O peito em dor,
Mas não me incline
Por conveniência.
Que eu escolha
De coração.
E desse modo
Possa viver.
 
Decisão

Espero

 
 
Sinto um aperto no peito,
Quero gritar, mas me calo,
Quero correr, mas me sento,
Atordoado, viro refém.

Conto todos os ladrilhos,
Ouço todos os ruídos,
Vejo tudo a ser visto,
Folheio uma revista.

O tempo passa,
Minuto após minuto
A martelar minha calma.
Espero.
 
Espero

Saudade

 
 
Um aperto no peito
Lágrimas que correm sem pedir
Coração que bate em disparada
Barulho de panelas na cozinha,
Cheiro de café com leite
O filme de uma vida inteira.

Uma buzina na esquina,
Volto pra realidade.
Só o que me resta é a saudade.
 
Saudade

Mário Nhardes