"TROVOADA MINHA"🌻👒
O vento sopra
E chega de repente
Como uma trovoada
Nada pode prendê-la
Nada pode impedi-la
Nada pode sufocá-la
A minha alma
É como uma casa assombrada
Com paredes desbotadas
E lembranças perdidas
A chuva foi aumentando
Com a neblina de um nevoeiro
Intenso como o corpo perdido
Que quer refazer as forças
Regando as folhas
E as flores soprando a brisa
E bebendo as minhas culpas
Como veneno
Que seca o meu coração
Escrevendo as minhas cartas
O meu começo o meu caminho
Do silêncio desta noite e desta trovoada.
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Isabel Morais Ribeiro Fonseca
O silêncio
O silêncio
Ouvi o silêncio a minha alma acorda
os meus sentimentos mais apurados.
Nessa quietude sou influenciada, moral
e fisicamente a momentos, passados.
Olho magoada, sinto a dor e amargura
de tempos doridos e inquietude ansiosa
de uma esperança, de engano desfeita
ante a impotência, sempre caprichosa.
Uma vida repartida que foi tão gostosa
desde embrião a florir e depois começa
a crescer, linha trémula e curva desastrosa.
Caminho de pedras, de lágrimas regado
que pisamos escondendo em falsos risos,
o dia da tua entrega a Deus, já esperado.
Helena
Vinhas de videiras secas 👒
Vinhas de videiras secas
Na serra por entre os lobos
Por entre as ladeiras
Num túmulo de mármore
Bebo o seco vinho
Por entre as uvas maduras
Carícias selvagens de demónios
Serra fria de fragas
Giestas barulhentas em flor
Amando mais que devia
Para fechar a noite
Numa negra vala lá em cima
Gruta da raposa que se esconde
Do lobo, ou será do homem
Bebo o vinho das vinhas secas
Onde a alma anda perdida
Lá em cima na serra, ou não
Vinhas de fragas entre os lobos.
VIDEIRA DA RAIZ
Bela charmosa videira com ramos de luz
Vem comigo brindar com vinho tinto
A ver as águas do rio num azul profundo
Para alegrar o corpo, a alma e o sentimento
Saboroso paladar que me faz rir e sonhar
Desfrutar é amar-te mil vezes, é beijar-te outros mil
Beber o vinho tinto especial da muxagata
Nos copos de cristal, num olhar, num toque
Os nossos sentimentos murmuram encantos
Respiram calor num paraíso de olhar ardente
Incenso onde afaga na essência plantada de raiz
Dá frutos doces em forma de vinho tinto saboroso
Um desejo saudável de caricias leves de amor
Vem desfrutar da sua leveza, do seu doce aroma
Que encantam a viver a vida de uma forma simples
Me perdi nos teus olhos, videira de soltos ramos
E tu meu amor na cama onde nós sonhamos horas
Os passos que damos muitas vezes
São longos carregados
De tantos sentimentos floridos
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Isabel Morais Ribeiro Fonseca
MORRERAM AS PALAVRAS ✍
Morreram as palavras nas rosas que chorei
Sangue dos teus olhos solidão sentida
Ou talvez roubada feita em poesia
Que nem as andorinhas
Sabiam deste meu sentimento
Nas letras, no espaço entre as silabas sem horas
Noites sem tempo em que chamava por ti
O teu nome eu dizia num ar silvestre florido
Extasiava o teu corpo
Primavera já feita de outono
Que se torna em segredo um fruto
Onde a lua brilha apaixonada
Nas palavras que morrem
Sem saberem que tinham morrido
Quando faltam as palavras as flores perfumam em poesia
Quando os lobos choram as rosas falam baixinho
Do seu cruel destino.
🙏
✍
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
ASAS DE ANJO🌹
A escuridão não o deixa sobreviver nesta noite
Ele quer muito viver, quer ficar para ver a luz
Dói quer olhar, mas cego já se encontra o pobre
A ferida no seu corpo é causada pelo brilho da luz
Dilacera a vaidade inútil, num corpo já esquecido
Já gasto, perdido onde refina a sua própria cor
Com o sol a bater no rosto pretende esconder-se
É na escuridão interior, sente clamor pelo coração
Sente a sua santidade vandalizada num altar oculto
De todas as coisas belas que viveu e já não pode ver
Abriga a dor nos seus braços, nunca recusou nada
Sofre de injúrias, de tormentos sem arrependimentos
No corpo sente o fôlego do cruel do insano futuro
Temido por todos na sua existência, sob as suas asas
A escuridão quer mantê-lo protegido da luz que é o seu
Castigo, pobre anjo até da pena de todos os tormentos
Que passa no corpo, na alma só pede a Deus que o tire
Da escuridão em se encontra, abriga a sua dor no terço
Tentativa de não voltar a cair na vaidade das suas asas
Tenta seguir em frente, flagelado nas cicatrizes deixadas.
❤ ╭✿
❤ ╭✿
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
No meu sono há quem ame 🌺
No meu sono há quem sonhe
Quem chore, quem ame
Quem sofra encostados à dor
Mutilados na lavanda em flor
No murmúrio das águas das fontes
Nas carícias das giestas em amor
Núpcias de tamanho desejo teu
No meu sono entras tu totalmente
Nu, descalço no quarto num abraço
Ardosia escrita por mim, por ti
Alquimia feita pelas cinzas da noite
Quando beijas com ternura a minha alma.
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Sou feita de sonhos com medo de sonhar
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Isabel Morais Ribeiro Fonseca
COLO UTERINO DAS LETRAS 🌻
A minha poesia nasce num sorriso
No colo uterino do meu ventre
Onde tento aliviar as dores
Através das palavras, letras sentidas
Das lágrimas que vou limpando
Nas folhas que vou escrevendo
De ti, de mim, de nós em sintonia
Harmonia entre as palavras mesmo
Sem rimar, numa vontade de escrever
Pétalas do tempo entre as folhas cansadas
Silêncio silencioso no desassossego nosso
Poesia nua que nos beija a alma ferozmente
Num afago vindo dos teus lábios em saudade
Nas sussurras palavras que escrevo em firmamento
E a minha alma escava as palavras nas fragas
Por entre o loureiro em flor, ouvia-se o uivo do lobo solitário
Pela serra de giestas que o vento balançava com carinho
Pois o meu coração sentia a solidão imposta pela lua
Que se avistava lá em cima no monte das saudades
Que sentia a minha alma onde escavava as palavras nas fragas
No colo uterino de sorrisos na sentida poesia 👒
👒
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Rio navegado pelos olhos que não se revelam no leito do amor
---É eu e você ---
Tudo se reflete, se pensa, se imagina ---
Desvanece os sentimentos naquelas manhãs que as marés choram
Silêncio que grita, nuvens que cai dos ventos,,
\\ Regados pelas vertentes das ondas que gemem /,,
Rio navegado pelos olhos que não se revelam no leito do amor ,./
´´Nós ´´
Sublinham-se as metáforas, candeia-se os estímulos que se faz ::
\\ Lábios que se beijam nas bocas da solidão \\
´´Beijos enfurecidos climatizando os desejos de uma desilusão /
// “Áticos, se solvei-a a nossa paixão “
Os meus sentidos eu não sei por onde vão ;;;
[ Somos ]
Algo saindo dos olhos, vem dos cantos aquilo...
\ Escondem-se as penumbras ///
=\ Sinto essas ondas de tristezas me invadindo, não se quebra\ _
A saudade já não é mais a mesma, aquela que chora ,,,
{Onde esta você eu te procuro nesse mar da vida}
Vivo uma amargura contínua, uma dor que aos poucos.
Me assassina
Autor: martisns
José Carlos Ribeiro
19.10.2015
http://24.media.tumblr.com/tumblr_lnspqlVaVx1qeondvo1_500.jpg
Abraça-me
Abraça-me
Amor, dá-me um abraço
sinto falta de carinho
quando te ausentas
sinto mágoa, vem o frio,
fico só e sem ter ninho.
As tuas mãos afagando
são a seda, que me vestem
e teus olhos são o espelho
vejo-me neles brilhar
e os meus, se reflectem.
Conto horas e minutos
que nos fazem separar
e invento coisas loucas
chamo ao tempo preguiçoso
só por não te ver chegar.
Cantarolo umas canções
para chamar a alegria
mas acabam por soar
letras de paixão e dor
que me dão melancolia.
Vou esperar-te à janela
e o cabelo esvoaça-me
num instante bate a porta
corro de braços abertos
beija-me amor, abraça-me!
LER É BOM👒 SEDE DE POESIA
Escrevo com sede de poesia
Poemas de amor com travo a canela
Gaivota que se deixou envolver
Trazia consigo o aroma a maresia
Com o sal na boca feita em poesia
Rouxinol que adormeceu a cantar
Na minha mente, nasciam as flores
Mais belas do meu jardim de amores
As minhas asas livres batiam os sonhos
Sonhos escritos em versos na areia branca
Os meus poemas são a música que ninguém toca
São gritos, sentimentos, lamentos e esperanças
Memórias do passado que eu acreditei no presente
Escrevo com sede de amor, no meu pranto de poesia
A minha alma vagueia por entre os livros que leio
Onde me perco num conhecimento que deixam em mim.
- Passo as noites sem sono
Acordo dentro dos sonhos
Que eu não quero lembrar
👒🌹
Isabel Morais Ribeiro Fonseca