Poemas de saudade

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O silêncio

 
O silêncio

Ouvi o silêncio a minha alma acorda
os meus sentimentos mais apurados.
Nessa quietude sou influenciada, moral
e fisicamente a momentos, passados.

Olho magoada, sinto a dor e amargura
de tempos doridos e inquietude ansiosa
de uma esperança, de engano desfeita
ante a impotência, sempre caprichosa.

Uma vida repartida que foi tão gostosa
desde embrião a florir e depois começa
a crescer, linha trémula e curva desastrosa.

Caminho de pedras, de lágrimas regado
que pisamos escondendo em falsos risos,
o dia da tua entrega a Deus, já esperado.

Helena
 
O silêncio

SE CHAMA SAUDADE...

 
Passados anos

E na memória foi ontem...

Onde caminhei seguindo teus passos

Nos tantos dias que o calendário derramava

Foi ontem quando teu sorriso tímido

Deixou sua marca registrada

Não tem como esquecer...

Guardo os teus tantos papéis, beijo tua letra

Borrando os traços com minhas lágrimas

Se é amor não sei,

Só sei que se chama saudade...
 
SE CHAMA SAUDADE...

ecos vazios

 
vagueia a memória numa rajada de vento
até ao último suspiro, até ao esquecimento,
restam as palavras que invento.
foi a vida ora tranquila
ora triste e incerta
rotineira, e ainda assim tão fugaz
como vento que me desperta
me atira para parte incerta
de onde fugir, não sou capaz.

final tortuoso, onde deixei de ser
para apenas parecer.
e o vento murmura para si
«lamento mas esta estrada abrupta é para ti»
ecos vazios ao relento
e cá dentro, um perfume de ansiedade
e a bater, um coração de saudade.

nnuno
 
ecos vazios

No céu a estrela

 
No Céu a estrela

Estou matando as minhas enormes saudades.
Regressei, cheguei para te ver saudoso mar
que a vida da cidade cansativa nos propósitos
do dia a dia e os objectivos sempre a alcançar.

Aquele mar imenso sempre novo no seu mudar
onde vivem sereias desejosas de um ser carnal
eu como desde criança olho-o, mas infantilmente
lembro velas dos barcos feitos em papel de jornal.

Afogavam-se rápidos nas ondas, destino fatal
lembram os grandes temporais a que assisti.
Lindo, manso, prateado ao luar parece angelical!

E a minha estrela lá está no céu linda a brilhar
conheço-a entre todas e o trémulo pisca, pisca
eu oiço pestanejar traz-me o eco do meu mar.
 
No céu a estrela

Livres e soltos

 
Soltos e livres em pleno Verão
Em belas planícies douradas
Nas mentes adivinhava-se a paixão
Em canções tão castas e sonhadas

Desfolhavam-se as tardes
Abrasadoramente quentes
Em sestas não dormidas
Em que nasciam poentes
Entrando pelas noites
De luares contentes
E nos nossos olhos
Ainda adolescentes
Brilhavam amores
Belos e inocentes
Que morriam logo
Em outonos nascentes
Que faziam deles
Amores ausentes

Este poema é muito antigo. Espero que não se importem... mas deu-me para o saudosismo...
 
Livres e soltos

Baloicei a cadeira .Adormeci!

 
Baloicei a cadeira .Adormeci!
 
BALOICEI A CADEIRA. ADORMECI!

Não há caminho de volta
Uma hora mais e o Sol se vai
Ao longe a lua e a minha alma se solta.
Na monotonia, já cai.
Meus pensamentos fazem a travessia
A noite vem e cai o dia.
Foi como um pássaro que voando,
este dia, que a noite traz?!
Assim me fosse deixando,
Sem descanso, de relance, fugaz.

E assim a vida é como fio de cascata
Hesitante, ora de ouro, ora de prata!
Vou-me deixando embalar...
Hoje? Meu pranto não foi além dum soluço
Com sabor a passado, fiquei a recordar.
Em mais um sonho me debruço.
Fechei os olhos, baloiçei a cadeira
Bamboleei o pensamento devagarinho, devagar.
Até que chegou o momento em que à lareira
Ao colo de minha Avó,o frio chegou a passar
Chega o eco da sua voz aos meus ouvidos
Ainda sinto o calor dos seus braços
Ritual adormecido nos meus sentidos,
Retido na escuridão do meu espaço.

Enquanto meu coração bater
Esta lembrança, vou reter!
Este caminho está sem volta!?
Minha alma já se solta.
A meninice ficou para trás.
Hoje? Passou o dia,
por cima do meu ombro, fugaz!
Me encolhi...
Baloicei a cadeira, adormeci.

rosafogo
 
Baloicei a cadeira .Adormeci!

Ausência

 
Ausência
 
Pudera eu vencer esta distância
E encontrar o bálsamo pra esta ansiedade
Que fica latente em minha lembrança
Na ausência deste amor verdade.

Procuro-te nas emoções e nos sonhos
Nas esperas envolvidas pela solidão
Só encontro lágrimas e dias tristonhos
E sinto-te no palpitar de meu coração.

Tentei muitas vezes te amar calada
Mas a lembrança ainda arde em minha mente
E em cada dia sem sua presença sou nada
Pois não consigo calar este amor ausente.

Como uma águia que voa sem destino
Na busca de seu motivo de viver
Olho para o rio que reflete cristalino
E meu amor por ti deixa transparecer.

Assim vivo mergulhada em minha dor
Sem saber como te encontrar
Só em sonho sinto seu amor
E esta saudade a me machucar.

Kenny Rogers & Sheena Easton

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Ausência

Hoje é só mais um dia

 
Hoje é só mais um dia

O dia acordou chuvoso, pardacento e triste
melancolia dos tempos passados, recentes,
o sol acordando-nos luminoso e acariciador
mas tudo na vida é partilhado e subjacente.

Atrás da vidraça a paisagem é desoladora
as árvores despidas, os trocos enegrecidos
lembram braços abertos pedindo clemência
outros os humanos sem fé, mas arrependidos.

Os meus olhos vêm dentro do pensamento
a minha mão está apoiada no peitoril da janela
no dedo vejo as alianças, anos de casamento.

Porque estes dias lembram e deixam nostalgia
se há tanta coisa boa para recordar, olho o Céu
agradeci, sorri e pensei, hoje é só mais um dia
 
Hoje é só mais um dia

Lindo o Domingo

 
Lindo o Domingo!

O sol irradia, limpo, sem nuvens de um azul anil
que só lá é tingido na plenitude do perfeito amor.
Como gostava de ter uma túnica assim colorida
de celeste cor e a alma branca pura a contra pôr.

Tomando prudente e atenta ao olhar o mundo
perdendo a cor nestes sinais de vazio e negação
olho frente a frente a pouca ética moral e cívica
sinto com tristeza o mundo, perder a sua feição.

Cantavam-se as bem aventuranças ao nosso Deus!
Tudo parece esquecido, só a matéria hoje conta
vendo ali ao lado, morrendo de fome, irmãos seus.

Hoje Domingo dia de preces escutai o Senhor
esse céu de beleza pede um olhar, reflexão
enchei de caridade o coração e dai amor, mais amor.
 
Lindo o Domingo

Quem te sente já morre

 
Quem te sente já morre
 
QUEM TE SENTE JÀ MORRE

Ò tempo, fala a verdade?!
Senta-te aqui a meu lado.
Faz comigo amizade
Tem cuidado!
Sê prudente!
Te pergunto brandamente
Porquê me dás tantos danos?
São quantos mais os anos?
Neste instante que corre,
Quem te sente já morre.

Deixa-me limpar o pranto
Desta sentida saudade
Já não haverá outro tanto?!
Dá-me um pouco de felicidade.

Deste-me cabelos de prata
E mãos frias como a neve
E a formosura? Essa ingrata!
Deixou um traço ao de leve.
Quando olho o meu rosto
Nada já vejo com gosto!
Gela-se-me o sangue nas veias
- Vê por instantes meu desgosto
Tu que me enredáste em tuas teias.
- Ah...não me dês outro maior!
Deixa-me a imagem que fui
Já me basta esta dor!
De quem nada já possui.

Senta-te ao meu lado
Dá-me algum alento.
Faz-te meu aliado,
Sê minha estrela, meu vento.

rosafogo
Este saíu do arquivo, onde moram os da saudade.
 
Quem te sente já morre

cegou-me o sol

 
o sol pousou-me na boca e trouxe-me palavras
grávidas de saudade,
os pássaros cantam em mim ao desafio,
e o rio corre no tempo há uma eternidade
as águas levam-me os pensamentos nas dobras do vento...
a manhã abriu, e as cigarras exercitam-se em pulos
nas sardinheiras,
soltando a voz em cantorias
querendo ser as primeiras
a lembrar-nos a liberdade dos dias.

sem medo de quebrar,
corro rumo à esperança
sinto no corpo e na alma o querer
ser sempre criança,
e com meus olhos o céu abarcar
retirar deles o nevoeiro,
e no braseiro dos meus sonhos
continuar a sonhar.
assim se foi a viagem,
hoje estou em repouso
com as memórias na mão,
então, escolho a solidão, e ouso
balouçar-me nas nuvens até de madrugada
caio na noite e esqueço a pele enrugada.
cegou-me o sol, a flor em mim secou
soprou-me o vento chegou Dezembro
dói-me olhar a lua cheia e no pensamento?!
já de nada me lembro!

natalia nuno
 
cegou-me o sol

pra enxugar o choro da saudade

 
em tuas planícies e colinas

percorrem

meus largos

sentidos distantes...

adoraria ficar à meia distância,

observando lágrimas delineando

as linhas de tua compleição.

ver o sol nascer e morrer

dentro dos teus olhos

e do pico que denigre o céu,

beber da fonte que me faria

florir...
 
pra enxugar o choro da saudade

Acordou em mim lembranças

 
Acordou em mim lembranças
 
ACORDOU EM MIM LEMBRANÇAS

O dia hoje recolheu cedo
Ficou em poucas horas encolhido
Pardacento, apareceu a medo
Lentamente se foi sem se fazer ouvido.
Acordou em mim lembranças
Nas dobras do meu coração escondidas
Meu momento ficou prenhe de esperanças
Fugi de mim, fiquei-me nas horas perdida.

Minha memória o dia desafiou
Levou-me até à minha aldeia amada
Nos fins de tardes invernosas, me deixou
Ao pé de minha mãe fazendo marmelada.
Meu mundo era ali, não precisava de mais nada
Ali se rezava o terço, se teciam conversas sigilosas.
E o Mundo desconhecido, lá fora
Bem longe dali, distante
E sem querer saber da hora!?
Saltei a lareira num instante.

Aninhei-me de mansinho no meu canto
Espevitei o lume que ainda ardia p'ra meu espanto.
Depois, depois tive direito à minha tijela
De café com broa de milho esfarelada
E açucar mexido com colher singela
Ouvi o ranger das telhas, era a trovoada.
A luz da vela tremia
P'la chaminé entrou o vento
Mas ouvi a mesma melodia
Ainda a ouço agora, neste momento.

Acabou o dia, hoje recolheu cedo
Cinzento chorando, sentindo como eu o medo
Amanhã voltará, talvez com mais alegria
E eu lhe contarei a história da minha alma vazia.

rosafogo
 
Acordou em mim lembranças

Abraça-me

 
Abraça-me

Amor, dá-me um abraço
sinto falta de carinho
quando te ausentas
sinto mágoa, vem o frio,
fico só e sem ter ninho.
As tuas mãos afagando
são a seda, que me vestem
e teus olhos são o espelho
vejo-me neles brilhar
e os meus, se reflectem.
Conto horas e minutos
que nos fazem separar
e invento coisas loucas
chamo ao tempo preguiçoso
só por não te ver chegar.
Cantarolo umas canções
para chamar a alegria
mas acabam por soar
letras de paixão e dor
que me dão melancolia.
Vou esperar-te à janela
e o cabelo esvoaça-me
num instante bate a porta
corro de braços abertos
beija-me amor, abraça-me!
 
Abraça-me

Arabesco

 
Arabesco

Comecei um arabesco
tinha um lápis na mão
comecei riscando à toa
sem atinar a razão.
O lápis tinha uma cor
que nem sei bem definir
mas o tom era o da rosa,
comecei a distinguir.
Ele riscava, subia e descia
deslizava simplesmente
às vezes dava umas curvas
que saiam docemente.
Olhava compenetrada
sem querer compreendi
era o teu rosto suave
que eu desenhava, ali
Então, aperfeiçoei
teu sorriso encantador
que tens na fase rosada
meiga e cheia de rubor.
Achei a chave escondida
dentro do meu pensamento
sinto tanto a tua falta
e aqui estás neste momento!

Vólena
 
Arabesco

O balanço

 
Em uma árvore no alto da colina
Tinha um balanço que hoje é lembrança.
Lá ficaram os sonhos da menina
Se balançando em fantasias de criança.

A menina até ao céu cantarolava
E sua voz se espalhava na colina
Quanto mais o balanço balançava
Mais alto cantava a menina

A menina não sabia o q' era dores
Apenas se entretinha a balançar
Cantava sorrindo para as flores
E só com flores vivia a sonhar

Um dia deixou de ser criança
Mas não matou dentro del' a menina
Quis retornar a balançar naquela dança
Quand' o balanço já não está mais na colina.
 
O balanço

Bons tempos

 
Bons tempos

Bons tempos que já lá vão,
mas gosto de recordar
aquela fase juvenil
em que era bom, fantasiar!
Eramos umas miúdas
pacatas, envergonhadas,
mas os piropos surgiam
fomos muito requestadas.
As meninas coqueluche
sainha pelo joelho
casaquinho de peluche.
Os sapatos de salto alto
que nos davam tanto dano
nos buracos do asfalto.
O chapéu a condizer
as malas a tiracolo
e as luvas, nem esquecer!
Sempre de cara lavada
o cabelo bem escovado,
pintura não era usada.
Mas tínhamos boa cor
que a comida era outra
e tinha outro sabor.
E lembrar com atitude
como é bom e é saudável
ter ainda juventude.

Vólena
 
Bons tempos

tenho sede de tempo...

 
tenho sede de tempo,
cai a tarde
como fruta madura
e à distância cantam os pinhais
o sol já não arde,
tocam os sinos dando sinais
e eu aqui oculta pela bruma
lembrando tudo,
tanta coisa uma a uma.

lembro o caminho da nascente,
com os risos de então
lembrança sempre presente
que não rejeito...não!

quero ser criatura
de alegria,
trazer à minha noite o luar
e eu e tu ser um só rio
a desaguar no mar...
extingue-se mais um dia
entre matizes amarelos
tenho sede de tempo
dum tempo primaveril
aquele que me vestia
a alma
e não este, que é prisão
e me corrói o rosto,
e esvazia o coração.

dá-me a mão,
vamos caminhar mais agéis
viver mais intensamente
onde o limite seja o céu
só tu e eu.
por algum tempo havemos de ignorar
o que de nós se perdeu
vivamos mais outro dia,
antes que a noite venha perturbar
ergamos nossa rebeldia

e quando a morte vier
num outro dia qualquer
pairando como um gavião,
sobre nós,
dá-me a tua mão
quando já nada haja para crer,
resta em mim a credulidade...
ainda assim vou sentir a doçura
da tua mão
na minha mão,
e levarei dela saudade.

natália nuno
rosafogo
 
tenho sede de tempo...

Não olhes mais o retrato

 
NÂO OLHES MAIS O RETRATO

Não olhes mais o retrato
Deixa-o longe do teu olhar
Se o olho a chorar desato
E não são horas de chorar.
Tens-me aqui de corpo inteiro
O retrato, pouca importância tem
Tens meu perfume, meu cheiro.
Deixa-o ficar!?
Na moldura como refém.

Ele tem o que me falta a mim
Eu tenho o que lhe falta a ele?!
Mas se me quiseres assim!
Com jeitinho?!
Verás não perdi o mel.

Esquece a do retrato formosa!?
Vem até mim e me estreita
Já vi murchar muita rosa
Mudando a àgua, se ajeita...
Volta a ser flor mimosa!
Se estivermos em harmonia?!
Esqueces que ela existiu já
Nesse papel, ela é fria?!
Deixa-a!?
Vem caminhando p'ra cá.

rosafogo

É uma das primeiras poesias, mas é levezinha,
que triste já trouxe o soneto.
 
Não olhes mais o retrato

Dias inapagáveis

 
Dias inapagáveis

Um dia inapagável aquele, em que eu te conheci
tão jovem, sorridente, elegante, cabelo esvoaçante
as pernas tão bem moldadas, as cochas torneadas
parecias um passarinho, num passinho saltitante.

Quase voavas tal a leveza, graciosidade irresistível
os meus olhos ficaram presos na tua bela silhueta
como se fossem dois ímanes seguiam-te fascinados
e sem querer, juro, pisquei-te o olho e fiz uma careta

da boca trocista, sorridente uma pequena gargalhada
e aquele vestido florido parecia dar-te perfume e graça.
Sustive o ar, no coração para sempre ficaste guardada.

Hoje dia de lágrimas, dor, tristeza, apagou-se a tua luz
em dor vesti-te o vestido florido de outrora, estás linda
sorris para mim e as minhas mãos te entregam a Jesus.
 
Dias inapagáveis