TERRA QUENTE 🍁TERRA FRIA
"TERRA QUENTE"
Trás-os-Montes
Terra fria, gelada
Com mantos negros de lã
Sente-se amor
Sente-se a morte
Vence-se o luto
Das noites escuras
Da dor das gentes
Cravos espetados
Sentimentos singelos
Inocentes, marcados
Lágrimas perdidas
Amargas e sentidas,
Terras geladas e frias
Quentes como as castanhas.
TERRA FRIA
Este Trás-os-Montes
Onde deixei a minha alma
Reino encantado de cores
De aromas, de amores
Entre as fragas, dos ecos das vozes
Perdi as letras, os poemas
O tempo, o velho, o novo
A paz, o sono, o costume
Deixei de sonhar, mas não de amar
Neste Trás-os-Montes
Onde deixei e perdi a minha alma.
ESTE TRÁS-OS-MONTES
Trás-os-Montes, terra fria
Quente como as castanhas
Das azedas que deixam saudade
Com os mantos feitos de lã
Vê-se um mar de fragas
Num oceano megalítico
Onde ninguém fica
Indiferente certamente
Ama-se, chora-se, ri-se
Vence-se a dor, o luto
De sentimentos singelos
Na saudade da branca neve
Paisagem do lar que se deixa
Para trás dos segredos da natureza
Terra maravilhosa de um mar de pedras
Entre a solidão singela
Reza-se o terço, as alminhas
Sagrada com mil certezas, sepultado
No saborear no pão nosso de cada dia
Este maravilho nevoeiro que ao longe
Se vê entre as giestas, fumeiro
Que mata a fome a quem trabalha a terra
Deste maravilhoso reino que é Trás-os-Montes.
Quando eu morrer
Não chorem
Ponham antes
As mais belas flores
Que tiverem
Então serei poesia
Escrita num belo livro.
🍄 🍁
Isabel Morais Ribeiro Fonseca.
Andando pela saudade onde as mares me lançam
Vou por esse oceano a encontro de você
Deixo as marcas de meus passos
Um sentimento forte que vem cais
Ondas que não se quebram, sefaz por inteira
Pergunto aos ventos, converso com o silêncio
Até onde pode ir esse mar me levar para o meu amar
Uma nuvem que se forma sobre meu andar
Caindo lentamente, a me molhar
São minhas lágrimas
As gaivotas parecem que comigo querer falar
Com seu lindo voar
Cabisbaixo, sigo o caminho que a natureza me opôs
Vou em uma direção sem os lançais da emoção
Andando pela saudade onde as mares me lançam
Não encontro nem lembranças
Dentro de mim uma solidão terrível, uma dor horrível
Sinto os barulhos das águas que se cristalizam nas sombras
Nascentes de meus olhos que choram
Pingando pelas areias da vida
Ficando as marcas indo até você
Mas a onde estar nesse infinito
Amo-te, espero que ouça o eco desse meu grito
Vida elaborada somente para mim! Você
Autor: martins
JOSÉ CARLOS RIBEIRO
02.01.2015
http://www.youtube.com/watch?v=U1tOmFiAToA&autoplay=1
* AS LETRAS SÃO PAPEIS ✿
As letras são papeis
Que ignoram os meu gritos
Gume afiado nas horas do desespero
Cortam as palavras escritas em silêncio
Onde perdia a memória no caminho
Que tento percorrer nas fragas de musgo
Noites sentidas na alma quando chegas
E te invento no vento entre os tormentos
Nos despojos quando a chuva aparece
Tu apareces cheio de fogo nos olhos
Nas flores, sardinheiras que nascem
Pelas letras de papel já secas
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
ღ VINHAS DE VIDEIRAS SECAS *
Vinhas de videiras secas
Na serra por entre os lobos
Por entre as ladeiras
Num túmulo de mármore
Bebo o seco vinho
Por entre as uvas maduras
Carícias selvagens de demónios
Serra fria de fragas
Giestas barulhentas em flor
Amando mais que devia
Para fechar a noite
Numa negra vala lá em cima
Gruta da raposa que se esconde
Do lobo, ou será do homem
Bebo o vinho das vinhas secas
Onde a alma anda perdida
Lá em cima na serra, ou não
Vinhas de fragas entre os lobos.
Os passos que damos muitas vezes
São longos carregados
De tantos sentimentos floridos
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*ROSMANINHO DOCE PERFUMADO♥
Rosmaninho doce perfumado
Onde canta uma alma doce uma sinfonia
Nunca tocada e talvez nunca escrita
Rosmaninho doce perfumado
Onde perfuma um corpo de desejo
Nas noites escuras, escritas em rimas
Rosmaninho doce perfumado
Vinho da loucura, néctar dos deuses
Encantada moura deixada ao relento
Rosmaninho doce perfumado
Pedaços de dor, migalhas de amor
Esquecidas no tempo, talvez no momento
Rosmaninho doce perfumado
Poemas doces, levados pelo vento
Banho perfumado, do nosso deserto
👒🌹
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*AS ROSAS NÃO FALAM MAS SENTEM♥
As rosas não falam
Mas sentem os espinhos
A dor, a saudade, a perda, a razão
A solidão, o vazio, a escuridão, o olhar
Não seja mau com o coração
Dos outros ou mau de carácter
Às vezes deixo o corpo voar
E esqueço a minha alma em casa
Não dou conta da solidão
Da escuridão, da dor
Dos corpos sem almas
Fechadas, sozinhas
Quase abandonadas
Parece uma prisão, um cesto de ilusões
Corpo sem alma, alma sem corpo
Ás vezes esqueço o corpo em casa
E deixo voar a minha alma.
Às vezes é preciso
Vencer a nós próprios
Para que a alma floresça
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*SINTO SAUDADESღ
Sim, sinto sinto saudades
De abrir as janelas da alma
Imaginar quantas janelas de alegria
Poderia abrir e as possibilidades encantadoras
Mas elas estão travadas, emperradas
Com as dobradiças enferrujadas como a alma
Saudade que saudade dos dias
Em que segurava a caneta
E as palavras flutuavam como nuvens
Adormecia com versos, poemas
Que saíam da minha boca
Tantas vezes sinto-me tão vazia
E por vezes sou abandonada, esquecida
Perdida nas tardes de outono de inverno
Sem sentido, sem lugar no teu coração
Despida de sentimentos
Eu só queria ser a cama que te abraça
A rua onde tu andas
Tocar os teus pensamentos com os meus lábios
Como o vento que sopra suave
Sonhar, sonhar com a lua e acordar o sol
Para aquecer os meus pensamentos a minha alma
Voar nem que seja por alguns segundos
Agarrando-te e sentir-te
Como um desejo imenso, incontrolável
Para abrir e escancarar a janela dentro de mim, de ti.
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca.
*Hoje faltam-me as palavras nuasღ
Hoje faltam-me as palavras
Estão nuas, soltas de detalhes
Inquietas de sentidos
Sussurradas de palavras que se libertam
Por entre os nossos beijos
Os nossos braços
Perdem-se e perco a noção
De todos os detalhes encontrados
Tardes perfeitas, momentos perfeitos
Perfeita magia feita em alquimia
Da brisa do mar que sabe a sal
Nuvens cinzentas, paciente nevoeiro
De todas as horas, de todas as lembranças
Supremo pensamento, suprema fé, onde a alma impõe
Carregas no instante dentro do coração
Faltam-me as palavras, nuas, soltas de detalhes.
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Na penumbra da dor, senti saudades 🌺
Na penumbra da dor, senti
Senti muita saudade escrevendo poemas
Onde colhi as flores mais belas
Do meu jardim por abrir, senti a quimera do desejo
Acordei na Primavera verde, verde de esperança
Os nossos sonhos correram onde as ilusões
Fazem castelos no ar, a voar de nostalgias
Como nunca ousei fazer numa cadeira vazia
Naveguei, naveguei e esqueci-me da dor
Nas vinhas plantadas nas asas da madrugada
Dei asas ao pensamento, lavei o meu tormento
Deitei a saudade nas ondas do nosso mar
O nosso sonho tornou-se em desilusão
Fizemos um porão do nosso navio, no cais
Nas ondas do mar vadio onde deixamos
Os desejos com o calor e a saudade
Demos beijos ao sabor da ilusão.
O sonho morre tantas vezes connosco
numa tristeza já vazia de ilusão
🌺🍁
Isabel Morais Ribeiro Fonseca.
♥ÉS TU AQUELE AMOR *
Tu és aquele que rouba-me o sono
Que ficas nos meus pensamentos
Percorres o meu corpo
E fazes-me arrepiar
És aquele que conhece os meus sonhos
Meus anseios, meus medos
Os meus limites, meu apego
O meu riso de alegria ou de dor
Quero aninhar-me no teu colo
Quero os teus beijos ardentes
Para apagar todo o meu desejo
Pois só o teu beijo com língua
É delicioso na minha boca
Nos mordemos, nos amamos
Tu és o poema do meu desejo ardente
Num fogo que arde em mim em poesia.
As palavras
Bailam
Na tua boca
Com a minha
♥🌹💕
Isabel Morais Ribeiro Fonseca