Para todos os Luso-Poetas!
Não te sintas pequenino,
Se as luzes da ribalta em teus pés não tocarem,
Sente-te feliz como um menino,
Diverte-te escrevendo, vivendo e rindo,
Pois só os cegos, não verão em ti, fascínio!
Não decaias por entre gigantes,
Que nada têm para te ensinar,
Vê-os apenas como os elefantes,
Que há muito cá andam e têm experiência para dar,
Que podem ajudar e momentos partilhar…
Não condenes os vencedores,
Por terem a fama conseguido,
Apenas chamaram mais atenções dos leitores,
Desta vida, deste livro,
Que por eles foi bem merecido!
Não desistas de tentar,
De batalhar por um momento,
Em que possas chorar, rir e contemplar,
Pois de nada serve o sentimento,
Senão for para o mostrar!
Cospe o que sentes, mas deixa para que outro possa pensar e interpretar…
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Dedico a todos os leitores e escritores do Luso-Poemas... Desde os mais lidos aos menos lidos (Sem disitnção).
Pois todos são dignos, e todos são escritores!
Abraços e Felicidades a todos!
As minhas asas...
Abre as minhas asas,
Cobrindo-me de luz, e de inspiração,
Encontra-te em mim, liberta a nossa emoção,
Crê-me em ti, vive através do coração,
Pois outrora quis-te aqui e só obtive solidão…
Abre as minhas asas,
Faz-me voar entre rios e colinas,
Eleva a minha mente a ti pois só assim me iluminas,
Guarda um pouco de mim e pede às minhas boninas,
Que chorem pétalas como tuas meninas.
Abre as minhas asas,
Como só tu o sabes e podes fazer,
Não há neste mundo mais nada que me leve a querer,
Mais do que um pouco do teu saber, do teu apetecer,
Pois só tu, meu Adónis! Um dia me irás em ti, receber…
Abre as minhas asas,
E grita bem alto que me Amas!
Que das minhas ansas a Fénix alcança chamas,
Que tudo nos é possível, em vários panoramas,
E que para esta peça só há amor, não há dramas!
Abre as minhas asas,
Pois digo-me pássaro e preciso de voar,
Entre espaços eternos que alcançarei com o teu doce olhar,
Envolve-me nas tuas ondas, afogar-me-ei no teu mar,
Pois sem ti este corpo não conseguirá respirar.
Marlene
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*Palavras de Poeta*
“O poeta, de facto, só é uma pessoa como as outras na fisiologia. Et quand même…, Antoinin Artaud já nos preveniu de que poderia, até mesmo aí, ser diferente”
De O Livro de Cesário Verde, Posfácio, António Barahona
São tantas as palavras que o vento albergou,
Das flores que ainda se fazem criar,
Por entre os campos caiou,
Pedaços de pétalas de mar,
Que o tempo vincou nas brochuras com o salivar…
Nas montanhas assolou um único contemplar,
Que as flores lhe matou,
No jardim que ainda estava a formar,
As palavras que com as boninas partilhou,
Avassaladas pela corrente que inalava no ar…
São tantas as palavras que o vento albergou,
Levadas pela morte que insiste em amar,
Um poeta que ganhou asas e voou,
Para lá das vistas do meu olhar,
Onde enterrou todos as farpas que conseguia trovar…
Marlene
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Inspirei-me em Cesário Verde, grande poeta que tanto admiro.
Abraços e Felicidades.
A divagar...
As horas passam,
O corpo continua parado,
A mente a divagar…
Como poderia eu perdoar?
As mentiras que no meu imaginário voaram,
Para longe, para outro mar…
Que outrora me mostraram,
Outra vida que eu queria desejar…
Como poderia eu amar?
A ti, Ser radiante do meu pensar…
Se o meu corpo, outrora teu amante,
Em sonhos te matou, te levou sem pestanejar…
De mim, partiste para outro lugar.
Como poderia eu realizar?
Aqueles sonhos, fantasias que cansaram,
A minha alma, o teu meditar…
Que para longe de ti me levaram,
Pois contigo a minha utopia não poderia ficar!
Como poderia eu viver?
Se não visse os teus olhos que na escuridão brotaram,
Que me seguiram e que me queriam vigiar,
Para me guardarem, falaram e prepararam,
Para ti! Que estavas a chegar…
O tempo pára,
A mente retém e cessa,
O corpo começa a trabalhar…
Marlene
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*Ghost - autobiography*
My shadows spin around me,
Calling for the eternity,
Cleaning my Heart,
In the eyes of the opportunity,
I live in the light and in the darkness sweetly…
No longer a live,
My soul balance between your world and mine,
Dripping letters of my heart,
Crying lyrics trough my spine,
Putting in poetry the loves which shine…
And the shadows touch my words,
Kissing sweetly with passion,
What I above in middle of nowhere,
Calling my possession,
Ghost the name of my impression…
Marlene
As sombras giram em torno de mim,
Clamando pela eternidade,
Caiando todo o meu coração,
Nos olhos da oportunidade,
Vivo entre a luz e a doce escuridão…
Não habitando mais vida em mim,
Minh’alma balança entre o meu mundo e o teu,
Escorrendo palavras do coração,
Chorando as músicas da minha canção,
Colocando em poesia o amor que ardeu…
E as sombras tocam nas minhas palavras,
Beijando suavemente com paixão,
O que guardei no vazio,
Clamando pela minha possessão,
Ghost é o nome da minha impressão!
Marlene
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Este poema foi escrito primeiro em Inglês e só depois passado para português com uma ligeira adaptação... Nem tudo pode ser traduzido à letra.
Considero um pequeno retrato do que sou como eu poético.
Abraços e Felicidades.
*Descampada*
Solidão que és parte da minha vida,
Que até tu largas-me nesta caminhada,
Onde caiu no chão por mim vencida,
Nestas lutas incessantes da minha parada,
Solto apenas um suspiro, não sobrando mais nada…
E choro, por ti minha amiga,
Que após tantos anos me seres tão querida,
Soltas a minha mão e não me sussurras mais a tua cantiga,
E sinto-me tão só, tão perdida!
Onde só sobram lágrimas na nossa despedida.
E abraço agora o corpo que tanto amaste,
Até à hora da tua partida,
Em que nem amor, nem paz, nem luz me deixaste,
Para acariciar o vazio que fica com a tua ida,
Que me sufoca com o ar, deixando sem forças e torcida!
E vais minha Velha amiga,
Correndo nos ventos quase de fugida,
Para longe do alento da pobre rapariga,
Que te chora em sangue por mais um momento da sua vida,
Caiando a sua morte, com a alma dividida.
Marlene
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*Lágrimas de Amor*
“As lágrimas cobrem-me o rosto,
Quando não vejo o teu olhar,
Que faz sentir em mim o toque límpido,
Das mãos que me tentam sempre desvendar,
Nas fantasias que crias ao amar…”
Caem lágrimas que me cobrem com o sal do teu mar,
Que guardam em si cada sonho, cada desejo,
Cada beijo, cada toque!
Da tua pele queimando na minha,
Pelo desejo que em nós ardia…
Cada gota tem uma parte da minha essência,
Que devoto na tua ausência,
Ansiando pelo momento que voltarás para mim,
Sem expectativas soltas, sem palavras programadas,
Apenas com o brilho que me dirigias em cada olhar teu!
Caem lágrimas que me cobrem com o sal do teu mar,
E cada uma guarda memórias do que outrora viveste,
Do que depositaste no meu corpo, na mente…
De como aliciaste os meus sonhos a encontrarem os teus,
Do teu amor outrora meu!
E cada gota lembra-se de ti,
De cada traço do teu rosto, da cada linha do corpo,
Que com os meus dedos eu descobri,
Delineando versos e poemas…
Que me secam as lágrimas que hoje senti!
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*Masoquismo*
De forma escarpada e desejada,
Anseio pelo doce veneno que pinga nos teus lábios,
Imploro por me sentir da tua parte amada,
Nesta dança desenfreada,
De dois escravos do prazer numa noite de ilusão…
Tentando e atentando o odor,
Que se libertava do corpo onde passavas com a mão,
Emano, efervescendo o calor,
Reclamando em ti a dor,
Que me faz desejar mais ainda a tua acção…
Com suaves toques de violência,
Empurras e agarras a pele que se debate por manter nua,
Marcada pelos sinas de carência,
Desencarna a sua abstinência,
E oferece em deleite a carne, outrora sua…
Num vai que não vem, o amanhecer,
O enrijecer dos corpos coloca a tez dura!
O som começa a desaparecer,
O silêncio quer permanecer,
O embate que apazigua, a nossa noite de loucura!
Marlene
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Fala-me de ti...
Fala-me de ti…
Quero saber se gostas mais da noite ou da lua,
Se achas que há uma morte, uma vida que continua,
O que para ti é doce, o que te apazigua,
Para que teu espírito emane, para que a tua alma flua.
Fala-me de ti,
Conta-me os teus medos, os teus receios,
Que batalhas vencestes, o que tinhas como meios,
Para onde te viraste, onde pediste conselhos,
Onde saraste as tuas chagas, onde feriste os teus joelhos.
Fala-me de ti,
Como se de ti não retratasses…
Que paisagens viste, a que cumes já chegaste,
Por que caminhos passaste, que trilhos já atraiçoaste,
Que outros seres conheceste, que línguas já falaste.
Fala-me de ti,
Conta-me algo de diferente, fala-me da tua mente,
O teu coração o que sente, agora, antes e no presente,
Se andas triste ou contente,
Que crimes abafaste, que loucuras cometeste.
Fala-me de ti…
Pois de branco hoje me vesti,
Para ti encanto, Ser que pouco conheci,
Por isso peço, fala-me de ti!.
GHOST
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Amor ao vento
Por entre os fios ténues do vento,
Da brisa que escorrega cada linha de meus cabelos,
Voa para ti, de mim um livre pensamento,
Do que contive no meu génio sobre o sentimento,
Que late por um olhar que fere o corpo inteiro…
A alma sugada assim pelo tormento,
No vórtice do sonho de que ainda sinto o cheiro,
Embato de volta com o vento,
Que na sua tempestade leva de mim o sofrimento,
Nem que seja no momento, sinto a leveza presente…
Amordaçada de vida, de calma e de nada,
Contida na Pandora, sendo a única que me entende,
Abraço o génio espelhado no Lago, nesta madrugada,
Solto o suspiro que não está preso a nada,
Mergulho na água, por mim enamorada!
E nisto continua lá fora, o riso do vento,
Como se dele eu me tratasse, sua amada…
Que me retira e devolve o tormento,
Como a quem oferece o Outono a uma Fada,
Este empurra, ama e agarra…
Ouço-o a rir lá fora,
Chama ainda o meu nome…
O vento!
Marlene
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O vento acompanha-me nas palavras...