Apaixonada
Apaixonada
Pela tua inteligência...
Pela tua sensualidade...
Pela tua masculinidade...
Pelas tuas brincadeiras...
Pelo teu equilibrio
Pela tua suposta calma
Pela tua suposta maturidade
Como quem lê um livro e se apaixona pelo autor
Como quem vê um filme e se apaixona pelo actor
Mila
Espiritu
Espiritu
Sobre a dorso de u cavalo
Galopamos.
Com o som dos cascos sobre a terra
sentimos o coração e sangue correr.
Correr à velocidade de galope.
Ao longe ouvimos o som do uivar de coyotes.
Por instantes voltamos a origem da Terra.
Selvagens éramos e por montanhas e desfiladeiros,
corríamos que nem loucos, numa caçada sem fim.
Na pele, na essência , o grito selvagem!
Saltamos do cavalo e nos ajoelhamos,
junto a um lago .
Reflectindo-se nossa imagem, em águas cristalinas que corriam,
em um caudal borbulhando e cantando, canções de celtas e druidas,
esperando pelo Pôr du Sol.
Mila[center][/center]
Ritual Dance
Ritual Dance
Sabemos sempre o que temos a fazer só que evitamos...
E ali estamos dando sempre na mesma tecla ...
E dando os mesmos passos
Procurando não errar
Mas ...
Mas como um acto sexual
Com sensualidade
Nos envolvemos
Numa dança de ritual
Que como tendo uma venda nos olhos
dançamos
Pois sabemos decor
os passos...
E te apaixonas pela alma...
De com quem danças.
Mila
Hummm
Hummm
Como eu gostava de saber tocar piano...
Acariciar as teclas e elevar ao alto
Os sons da minha alma
E sonhar sabe se lá com que...
Com meus acordes
As notas musicais sairiam
E se misturariam
Sem parar ...
Levariam uma mensagem de amor
De carinho , de desejo
Meus dedos acariciavam as teclas
Como quem acaricia tua pele
E através da distancia
Da velocidade do som
Te rodeariam meus carinhos
Ao som da música que criaria
Cheiros e beijos se uniriam
Como eu gostaria de saber tocar piano...
Meus dedos não parariam
E os acordes no ar voariam
Mil sonhos , surgiriam
Como se asas tivessem...
Na paixão da minha composição
Gemidos de prazer e notas musicais
Sussurrariam...
Uma doce melodia...
Mila
Dolce Vita
Dolce vita
(())
Como nascemos chorando
E nos vamos sorrindo?
Dolce vita...
Como ter a lei do retorno
Com outro entorno?
Dolce vita...
Como cuidar do jardim
Ficando cheiro a jasmim?
Dolce vita...
Como passar desapercebida
Sem ser desaparecida?
Dolce vita...
Como escrever nas linhas
Ficando entrelinhas?
Dolce vita...
Mila
Alma Alentejana
Alma Alentejana
Pela história dos meus antepassados, o nosso viver foi aqui sempre, pelo que parece.
Aqui nós no Alentejo, ainda vamos tendo uma paisagem, não só de planícies, em tudo o que a nossa vista alcança.
Mas muitas vezes o nosso olhar se perde no horizonte, com saudades de mais, de alguma coisa mais.
Procurei a explicação, da nossa origem, de nós seres humanos.
Foi me explicado que vivemos, Eras atrás, em que os rios e mares tinham águas cristalinas, as flores emanavam aromas que hoje já não emanam, pedras preciosas e pérolas pelos caminhos estavam espalhadas.
Que nos comunicávamos pelo cântico, semelhante à opera.
Que o ego não existia tão forte como hoje, e tudo a nossa volta brilhava pois a nossa luz interior, purificava e fazia resplandecer. Uma Era de ouro!
Será dessa época através dos séculos e Eras, que sentimos a saudade e o vazio que nos leva a ir ao encontro de não sabemos quê, com os nossos olhos no horizonte?
Ao encontro de uma natureza não tão despida de vegetação como as nossas planícies, ao encontro desses mares e rios, pois primitivos fomos e nas águas nos fomos desenvolvendo, no ventre materno? Procurando as nossas origens?
Ali no horizonte onde a terra se une com o céu e em que nós somos os observadores e ao mesmo tempo, o meio que permite que toda a energia que vem do alto passe por nós e entre na terra, da terra saia e passando pelo veiculo, nosso corpo, ascenda.
Será que também os nossos ouvidos tentam captar as melodias harmoniosas e as nossas vozes cristalinas, desse passado?
Escutar a doce melodia das ondas do mar a chegar à praia e a areia as absorver, os nosso cabelos a esvoaçar ao sabor da brisa do mar, brisa que nos abraça o corpo, veículo que transporta na terra as nossas almas, como seres únicos.
Ver os reflexos do Sol na água, criando as cores do arco-íris, tentando se completarem assim como nós que somos fogo, ar, terra e água.
Mirian
Evolução
Evolução
Saber até chegar ao Ser
È ai, a evolução
Logo, se pergunta …
Quantas almas gémeas temos de conhecer?
Para chegar ao Ser…
Bem , não me quero perder!
Só diria, que após a evolução
As almas gémeas
Que no estado evolutivo
Não se reconheciam…
Ao Ser, sabem que realmente são.
Mila
[