Espera ...
Estou á tua espera como de costume
Já espalhei os teus aromas prediletos
No meu peito, já se acendeu o lume
Pra degustar teus desejos, secretos…
Vazio
Hoje não encontro o rimador
Talvez perdido em mares sem fundo, céus sem estrelas
Não sei onde deixou seu sorriso, ternura, alegria
De repente, o alçapão se abriu de encontro ao vazio
Tudo ficou incontrolável de junção ao nada
O que fazia sentido evaporou-se na sombra do tempo
Turbilhões de emoções rodopiaram como pássaros sem asas
O astro rei fez compasso de espera, mas tudo estava traçado
Tudo se diluiu no vácuo das estrelas
As palavras transpuseram os dedos com olhar embasbacado e sofrido
As lágrimas secaram suas nascentes.
Nesses sonhos...
Se soubesse que me querias
Como este coração te quer
Nos teus braços me terias
Nesses sonhos, de mulher!
Posso abrir mão de tudo
Mas nunca, do teu olhar
Até mesmo ficando mudo
Não deixaria, de te amar!
Belo, é o amor.
Noites infindáveis de pura escuridão
Quando não te encontro a meu lado
Sinto a falta do pulsar do teu coração
Sempre que do meu, está separado
Envolve meu corpo em teus beijos feitos lume
Sente meu pulsar de veias em chama ardente
Faz das tuas caricias fragrâncias de perfume
Enlaça-te em mim em faísca incandescente
Faz-me teu, com todas as forças do teu ser
Desata os laços de todos os teus medos
Desnuda-me o corpo e a alma ao teu querer
Mergulha fundo e descobre meus segredos
Leva-me para o teu mar por desbravar
Acaba com estas réstias, de pouco siso
Deixa-me sentir os cantos do teu amar
Conduz-me aos palácios do teu paraíso...
OLÀ A TODOS
Venho dos confins da antiguidade
A todos (as) quero cumprimentar
Espero ser recebido com amizade
Pois o melhor de mim vos quero dar.
:)
No dia em que as palavras se perderam.
No dia em que as palavras se perderam se adivinhava a tragédia.
O sangue que nelas corria já não fervia, estavam moribundas
O discernimento enterrou-se em chãos de pedras carcomidas
Nem os pássaros em seus eternos cantos se fizeram ouvir
Tudo estava condenado a um fim inglório tão triste como a ilusão do tempo
Todos os precipícios foram abertos em infernos onde gemiam clamores
O sol eclipsou dando lugar às trevas que tomaram conta do seu reino.
O que era esperança tudo fora desvanecido do pensamento, penosamente.
No dia em que as palavras se perderam, elos feitos d'aço em papel vulgar se tornaram.
O marulhar das cascatas com seus ruídos calaram-se em puros silêncios combalidos
Tudo o que era belo, harmonioso, transparente, mergulhara em mares sem fundo
Só restaram sombras perdidas na infinidade do tempo que não calam seus desertos.
No dia em que as palavras se perderam, a dor saiu à rua.
Não te vás.
Não te vás sem olhar o fundo dos meus olhos
Para não esqueceres o afeto que há neles
Para sempre guardarão amor aos molhos
Mesmo quando já não te lembrares deles!
Chave
Existe um lugar sereno
Nos sorrisos das manhãs
Com esse teu jeito ameno
De tudo quanto me dás
As rosas perfumam teu olhar
Nos teus lençóis de fino linho
Tao presentes no teu (a)mar
Quando despes, teu carinho
Em teus olhos desfolhei
O encanto do teu sorriso
E nos lábios encontrei
A chave, do paraíso!
João
GRANDE MAR.
As lágrimas que derramei
Da privação do teu amar
São tantas, que já não sei
Mas dariam, um grande mar.
Ando perdido no tempo
Nem dou por ele passar
Mitigando, o sofrimento
Até ao dia, de te encontrar.
Hoje
Hoje, não me podes dizer não
Todas as feridas estão a sangrar
E todos os beijos do teu coração
Serão precisos para as estancar!
Alpha