A alegria em cada curva
Se a bondade e a criatividade andassem de mão dadas
Este mundo seria da leveza de uma bola de sabão
Em vez disso, por vezes, temos a bondade à direita
e a criatividade à esquerda
É uma pena porque de nada serve a critividade sem um enorme coração
E a bondade no vácuo também é inerte
Assim sendo, deixo-vos uma sugestão:
quando criarem, sintam primeiro o coração
Assim o que dai vier será sempre nobre e para ser partilhado
Aqui
Rio me por fora no vestido
Por dentro na covinha da
gengiva
O teu olhar faz me cócegas
Na bainha do meu vestido
E arrepios na sola do meu sapato
Sinto as tuas mãos brincarem nos meus sonhos
Os meus olhos seguem te os pensamentos
Tens o mar por todo o teu mundo
Eu a terra húmida em cada pedacinho de pele
Quando me abraças, sinto na
cabeça um caleidoscópio tonto
E que me deixa a respiração zonza e o chão
treme
Quando me ouves, sei que sentes, uma caixinha de música no bolso
A tremer e te solta uma vontade gigante de cantar
Um beijo, dois, três,…, cem
– a conta se me perdeu
Ao sentir te morno,
Não sei se nas pernas, no
pescoço,
Ou no teu sexo que se empina só para que o admire
Já sei! Foram
mil, com intervalo aberto de mais infinito
Não vás. Fica para que eu os
posso contar
Para ter a certeza que não deixei de contar nem um só que fosse
Não me digas que gostavas de ficar, de estar, de aparecer
Aparece, fica,
está
Aqui neste intervalo entre a minha covinha do queixo e eu
Quando cá
chegares tenho chá e biscoitos
Um vestido risonho
E uma convinha
acentuada na gengiva
Marisa Miosótis
Um resgate
Um resgaste à queima roupa
Um tango da argentina saia às golfadas da grafelona. Ele perguntou quase seguro com um pé atrás: - " A menina dança?". Ela respondeu quase em vertigem apenas acenando com a cabeça. Agarrou a contra si e no espaço rasgavam os seu gestos cúmplices. Esgrimavam o redor para se aconchegarem dentro de nós.
Gostava de ver aquela papoila vermelha sangue sobressair no negro dos seus cabelos - um grito passional que se emaralhava com o cheiro a opium. Ela gostava de sentir a sua mão firme na sua. Apreciava ser conduzida por aquele homem vindo de um espaço intermédio entre o solar eo lunar. De repente, quase à queima roupa, perguntou lhe: "-Trouxeste o resgaste?". Ele sorriu e pensou: "Esta mulher traz no sangue a rebeldia de uma amazona e no coração a doçura do pólen trasnformado". Trouxe-o na mala- abriu-a. Lá dentro ela pode ver xi corações, beijos, lágrimas, viagens emuito tempo d~e redescoberta. Tenho para te oferecer num coração aberto a vontade que tenho de te mimar, de te sentir como parte integrante da minha vida. O resto é a liberdade da coinstrução do amor. Comtempaltiva ela abriu a sua malinha lilás. Dentro 3 papéis: coragem, risco e confiança. "São estas três palavras que trocarei pelo teu resgaste. A coragem para viver a possibilidade de um grande amor, o risco de não poder sê lo e a nova confiança em ti, nos teus sentimentos e em nós"
- Sabes, disse ela, descobri que apareceste na minha vida para que pudesse aprender a receber- dar já me é muito fluido.
-Sabes, disse ele, descobri que apareceste na minha vida para que pudesse aprender a dar - receber já me é muito fluido.
E, nesta felicidade madura com trajeitos de crianças ele percorreu a linha das costas dela como quem dedilha um piano..maliciosamente distraido! Ela arrepiou se sentindo o seu corpo retesar se .Doiam lhe os mamilos de desejo..tinha a boca húmida. Ele mergulhou a com o seu olhar e foi fundo..bem lá no fundo. Abandoram se os dois numa espiral de corais...e nos lábios sentiam o forte sabor a sal.
Abraçaram se forte para se aninharem enroscados dentro da alma de cada um, para saborearem o resto da manteiga daquele amor feito como pão quente.
Passou um mosquito e ele saiu a correr desvairado! Ela sorriu, rindo ...e pensou...há de voltar
Morgana