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Tópico |
sisnando |
Publicado: 25/01/2025 17:41 Atualizado: 25/01/2025 17:41 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
A minha visão continua igual, abraço
Esta é a estória De um país á beira mar plantado Onde de tudo havia E de tudo foi privado
Esta é a estória De um país há beira mar estendido Pouco existia De quem tivesse cumprido
Esta é a estória De um país pelo mar banhado Onde um dia Tudo foi censurado
Esta é a estória De um país pelo sol protegido E o seu povo O recado não tinha entendido
São fiéis de um credo Onde a cultura A educação,não é pura Ainda é cedo
Quem manda Não quer um povo inteligente Pois sabe que infelizmente Os levará á demanda
Paraplégicos do cérebro No poder Infelizmente É o que temos de ter
Esta é a estória De um país á beira mar plantado Onde de tudo havia E de tudo foi privado
Esta é a estória De um país á beira mar estendido Pouco sobrevivia De quem tivesse cumprido
Esta é a estória De um país pelo mar lavado Onde um dia Tudo foi censurado
Esta é a estória De um país pelo sol protegido E o seu povo O recado ainda não tinha entendido
Há que acordar Começar tudo de novo Deixar chocar o ovo Para um novo levantar
Deixar de ser Os coitados do costume Atear o lume Doa a quem doer
Ajudar esta gente Sempre acolhedora Muito sofredora Infelizmente
Elevar este país Que já foi feliz Faltam Homens de cariz Para reformular o oásis
Esta é a estória De um país Sem rei nem glória Que vive da sua história
Esta é a estória De um país á beira mar plantado Onde de tudo havia E de tudo foi privado
Esta é a estória De um país á beira mar estendido Pouco existia De quem tivesse cumprido
Esta é a estória De um país pelo mar banhado Onde um dia Tudo foi censurado
Esta é a estória De um país pelo sol protegido E o seu povo O recado ainda não tinha entendido
Paraplégicos do cérebro No poder Infelizmente É o que temos que ter
É a estória De um país Sem rei nem glória Que vive da sua história
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 26/01/2025 15:04 Atualizado: 31/01/2025 00:45 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Sisnando, Não tenho dúvida nenhuma que a poesia é veículo de apor muitas histórias, estórias e protestos. Aqui se lê de um tudo, caminho de liberdade que o LP permite. Cumprimento-o!
Aquele abraço caRIOca!
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Tópico |
Alemtagus |
Publicado: 25/01/2025 20:49 Atualizado: 25/01/2025 20:49 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
Até podia tentar fazer uma versão moderna deste longo conjunto de oitavas, mas não sei se tenho coragem. Veja-se a evolução (boa ou má, dependendo do leitor/crítico) nas várias fases da minha presença no luso. Se aqui (nessa altura) escrevi em oitavas, sem equilíbrio estético e apenas com uma atenção mínima à rima, e hoje uso, fundamentalmente e por força dos projectos literários em que me envolvi, a sextilha com maior cuidado na rima e no aspecto estético, posso considerar que houve uma evolução e, sobretudo, uma aprendizagem que obtive, maioritariamente, no Luso-Poemas. Parabéns a todos. Tentando consumir tantas falhas, Por entre tormentos que não se esquecem. Homens que fumam pequenas mortalhas Em noites distantes que se enriquecem. O cheiro e o gosto das batalhas Consumadas nos campos que estremecem Ao sentir milhares de corpos nas fornalhas Acesas por aqueles que nem a vida merecem.
As feridas que reabrem na recordação Dos mistérios desvendados sem glória De, em dia algum, terem preocupação Ao abrir mais um livro de história, De lembrar toda aquela solidão Em que soaram trompetas de vitória Por entre tanta confusão Nos pensamentos que me correm a memória.
A incongruência humana Que se mostra em actos vis e dementes E em tudo o que o Homem emana Nos seus diálogos surdos tão evidentes Todos os dias da semana. Estas formas de vida inteligentes Que não são mais que gente insana, Em busca de sonhos diferentes.
O ar distanciado do sofrimento Esboçado em faces descoloridas Pela fome que não tem sentimento, Nem sofre por matar vidas De crianças, velhos… todo um regimento Que não têm culpa dessas acções desmedidas Que os loucos fazem a todo momento Achando-as sempre divertidas.
O infame riso nos lábios do carrasco Que vive do sofrimento e do mau trato. Como se fosse carne para churrasco, Para um barbecue indiscreto. Um homem desconhecido que mato, Por considerar a vida um fiasco, Uma vida de assassinato… Fruta podre que descasco.
Este mundo em que vivemos Nós os miseráveis, há milénios, Que desprezamos aquilo que temos. Nós os grandes génios Pelo que inventamos e fazemos, Polivalentes em todos os domínios, Mesmo os que não conhecemos, A dor dos nossos infortúnios.
Cinzentas tardes de cheiro a carvão, Queimando carne nos cemitérios Completamente dilapidados pela população Que destrói todos os impérios, Pelas mãos da revolução, Como se fossem homens sérios Que não ligam à discriminação Ou a todos os outros mistérios.
Nesta incompleta história arrepiante Que não começou, nem tem fim, Mas que tem um desenvolvimento chocante Em que todos dizem que sim, Como heróis sem semblante Que andam perdidos assim, Temendo diariamente o onerante Que é seu ego… enfim.
Por entre jogos de sorte, Máfia de indivíduos facinorosos Cuja ocupação é a morte. Os nossos pensamentos ociosos, Qualquer coisa que ninguém suporte Por serem tão meticulosos, Nada que a mim importe. Incompetência de fiscais criteriosos.
Páginas infindáveis de velhos compêndios Perdidas na biblioteca da nossa vida Que nada mais é que censuráveis vilipêndios De forma repressiva e desmedida Que alastram como se fossem incêndios Resultantes da colossal força perdida Em terras para além dos silêncios, Terras de entrada proibida.
A todos se apresenta a indiferença, Lobo disfarçado em pele de cordeiro Adulterando tudo na sua presença, Como se fosse ele o primeiro De todos aqueles com a sua semelhança. Espelhos espalhados num terreiro Que multiplicam a falsa esperança, Que fazem autópsias de luz a algo verdadeiro.
Por entre agendas e calendários, Contando e marcando os dias, Guardando-os em mil armários, Envoltos em pútridas porcarias, Como se fossem objectos primários Escondidos pelas pratarias. Prateleiras forradas a luxos imaginários Em modestas alfaiatarias.
Devaneios sistemáticos Por entre pensamentos dispersos De acontecimentos enigmáticos Vindos de ilhéus Atlantes submersos, Cheios de vida, com Duendes simpáticos Que ludibriam esses momentos adversos, Simples e problemáticos. Medalhas de ferrugentos reversos.
Odes e maldições lançadas ao acaso Em sonhos que mostram belezas do infinito Seres desconhecidos, caso a caso, Algo que mais não é senão bonito Como um constante e sombrio ocaso Incessante olhar de homem aflito Num momento em que o defendo e arraso Em quão perene conflito.
Veleiros e barcaças que se cruzam Em mares altos de tempestade Adamastores que pegam na chuva e sopram Mostrando desequilíbrio e desigualdade Entre homens que se usam, Fantoches encordoados da divindade Que a tudo se escusam Perante o chicote da verdade.
Astrónomos enterrados em ciências perdidas Em livros que são agora ilegíveis Carregados de letras indefinidas, Que relatam experiências impossíveis Com as habituais cobaias iludidas Por promessas sempre irrecusáveis, Tapando os olhos às mortes imerecidas. Pensamentos inimagináveis.
Aquela força que nos faz perecer Entre fumos de incêndios irreais, Excessos cometidos ao velho entardecer Cuja morte não lhe chega jamais. Centenária sede de viver, Cada vez mais, sempre mais, Infindáveis caminhos do conhecer Que nos tornam algo superior a animais.
Poetas miseráveis que vão escrevendo, Procurando suas amadas seduzir À luz de uma vela que lhes acendo, Em candelabros de prata sempre a luzir, Escorrega a cera que vai derretendo Até a nada se reduzir, Coisas simples que não entendo Nestas terras mouras sem Grão-Vizir.
A distância que nos separa, interminável… Entre dias e noites de obscenos pensamentos Que mostra o lado de todos nós, memorável… Um dia esquecido nos teus sentimentos Neste mais do que certo amor, inviável… Em todos os sentidos vão meus juramentos De uma vida sempre sem destino, instável… Sempre viajante, em infinitos firmamentos.
Desejo de continuar um romance perdido Entre palavras e milhentas desaprovações, Dos que não são mais que um amigo fingido, Que aparece… desaparece… situações, Para desgosto meu, homem ofendido Velho e cansado por estas humilhações, Demónios e vermes que me vêm perseguindo, Espaço cada vez maior entre nossos corações.
O silêncio da escuridão Em noites de nevoeiros e temporais, De chuvas lacrimosas em dia de Verão, Quentes saunas de produtos naturais De antigas florestas abatidas como solução, Desastres não ecológicos mas laboratoriais Feitos pela ciência louca que adora a solidão Estar rodeada por ninguém, entre animais.
Saindo de uma batalha… incólume, Eis o nobre guardião eterno, Tapado pelas honras do costume, Qual Lúcifer em seu inferno De cor amarelo lume, Que obedece a um subalterno Que espalha enxofre e seu perfume No vento cortante do Inverno.
Como num evidente acto sexual, Um espasmo de alegria que se solta No meio da multidão, com voz natural Como se fosse iniciar a revolta, De contornos definidos e fundamental. Tantos problemas à minha volta Que me rodeiam nesta vida brutal Que o mar cobre e exulta.
Secundíparas que choram em conjunto Pela morte terrena dos seus Que juntam a cada dia mais um defunto. Cemitério de Muçulmanos e Judeus Um caixão em cada vala, tudo tão junto, Que esperam milagres de um qualquer Deus, Vidas angustiantes sem assunto, Que diferem em credos, meus ou teus.
Acções incontidas de enormes prazeres Que controlam as vidas como num sonho, Que nos mostram os mais belos dizeres Vindos do povo em músicas que componho, De dentro de pautas que tu escreves, Em tudo o mais, eu suponho A guerra, a paz e tudo o que defenderes. Eu dito, tu fazes… tu pões, eu disponho.
Monólogos inconstantes da consciência Que se bate no dia a dia por qualquer razão Não encontrada jamais na inteligência, Navegante em limbos e paraísos de ilusão Que se cruzam repetidamente na demência, Na procura infindável da única solução Que deriva de uma qualquer consequência Que nunca teve razão ou quis ser equação.
Dormem os Deuses nos seus leitos de prazer Sobre compêndios divinais a ouro paginados, Os Sátiros que os lêem sem saber. Horas que são anos e meses misturados Em todo o tempo, sem nada a fazer Nestes Olimpos perdidos de névoas cercados, De oásis pintados por Vénus a seu bel-prazer Com o menestrel cantando aos pais amados.
No desabrochar das flores mais belas Das cores que iluminam o campo sem nada, Como se fossem simples e esguias velas Iluminando uma cripta abandonada Junto a confessionários de igrejas e capelas Ao lado de uma pequena campa plantada Em memória de divas e donzelas Tiradas de histórias de banda desenhada.
Objectos inúteis que ornamentam um quarto, Embelezado por véus levantados pelo vento, Mostram a memória que fica quando parto, Conseguindo esquecer tudo o que não tento, Que desta triste vida vou ficando farto, Esperando o futuro que parece tão lento Como o andar de um pesaroso lagarto, Que vai parando a todo o momento.
Mulher de olhos azeitona que amou, Com riso sempre sarcástico e bonito Que mais um coração enfeitiçou, Que outros olhos pôs olhando o infinito, Numa dimensão distante que a todos escapou, Por nosso alcance ser tristemente finito, Por não sabermos que só o amor matou A quem não ama e não ouve este grito.Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=6179 © Luso-Poemas
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 26/01/2025 14:53 Atualizado: 31/01/2025 00:41 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Alemtagus, ...coisa de fã! A cada estrofe lida fica a pergunta: Como consegue? Aí no término vem o sorriso e o pensar; é o cara! Nada mais qualificando para um site de poesia ter uma obra deste quilate. Cumprimento-o!
Aquele abraço caRIOca!
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Tópico |
Alemtagus |
Publicado: 27/01/2025 22:12 Atualizado: 27/01/2025 22:12 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas! p/ ZeSilveiraDoBrasil
Amiguirmão! Elevas-me mais alto do que posso, consigo ou devo subir, um dia as asas cansam-se e depois caio a pique, sempre sem rede. um bem haja.
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 26/01/2025 03:43 Atualizado: 26/01/2025 03:57 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=369207 © Luso-Poemas poeta vadio, poema canção. prato vazio, e um violão. 'solidão contradita' no átimo recrio, sem suspeição. olho e sorrio, da imaginação.Na verdade este poemeto foi postado pela prima vez em 2008 porém alheio a minha vontade depois de eu ter montado, coordenado e apresentado em 2012 o 1° Encontro Luso-Poema Versão Brasil no Museu de Arte Contemporânea, Niterói, RJ. Ausentei-me em 2013 para tratar duma recidiva de câncer e uns aborrecimentos aqui. Daí retirei minha página do ar visto que meus médicos, honestos, hoje meus amigos, não me deram previsão de a minha saúde ser restabelecida cem por cento. Mas, após três cirurgias, estava eu retornando aqui entre vocês em 2018 com algumas restrições, óbvio; mas poetando, compondo e cantando. Chateado porque agumas postagens se perderam ao confiar nos arquivos da internet. Vi-me salvo nalguns manuscritos. Como se pode notar que, não há registro antigo no LP disso, todavia, repostei alguns textos prevalecendo-me dos meus manuscritos. Creio que seja importante dizer agora para posteridade que a releitura deste me levou a musicar o texto abaixo nascendo assim, meu samba canção no meu primeiro CD. Quando postado, recebeu um belo comentário do Rogério Beça poeta/crítico por exelência que me emocionou sobremaneira. Valorizar a Poesia, a Música na Cultura da Língua Portuguesa é a prova inconteste do porquê o Luso-Poemas tem se firmado, elevado e respeitado nestes 19 anos de existência melhor ambiente de poesia. Gratidão! Cumprimentos! https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=350852 © Luso-Poemas
"Sei que andaram falando mal de mim mas não mereço, pois tenho apreço até dos que não tem por mim. traído, por amigos, covardia, só porque casei com o samba, e namoro a poesia. sou boêmio e poeta que é do bem, não sai do sério, se preservo ao amor, mistério é para te resguardar. por isso, meu refúgio é a bebida, teu amor minha guarida e o botequim meu lar, meu lar. e tu estás, nas entrelinhas dos meus verso, te procuro, te sequestro, é meu jeito de te amar..."
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Tópico |
Alpha |
Publicado: 26/01/2025 12:12 Atualizado: 26/01/2025 12:16 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
Venho dos confins da antiguidade A todos (as) quero cumprimentar Espero ser recebido com amizade Pois o melhor de mim vos quero dar. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Na minha quadra de apresentação Foi o mote para todos poder saudar No peito continua a mesma emoção Do melhor que tenho para vos dar!
E esse melhor é a amizade através das letras e poesia que se foi alicerçandp ao longo do tempo, mesmo aqueles que nunca comentei mas através da sua poesia é como se os conhecesse desde sempre.
Um muito obrigado ao TrabisdeMentia e a todos os administradores que ao longo do tempo trabalharam para que esta casa (Luso-poemas) continue a ser um viveiro de letras e de poesia.
Lembrar também todos os que nos foram deixando fisicamente, mas que continuarão a viver nos seus poemas para sempre!
Quanto ao futuro só poderá ser risonho, pois haverá sempre amigos das letras e da poesia!
Muito obrigado a todos/as
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 26/01/2025 14:43 Atualizado: 31/01/2025 00:39 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Alfa, Sem dúvida alguma todas as vezes que fixo meu olhar nas suas escritas fica no final uma sensação de alegria por sentir quão a poesia é lapidada, respeitada para proporcionar tal beleza.
Aquele abraço caRIOca!
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Tópico |
MarySSantos |
Publicado: 27/01/2025 15:20 Atualizado: 31/01/2025 01:51 |
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Mensagens: 5887
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . .
Este diminuto não durou trinta minutos na página principal do Luso-Poemas e logo foi posto para dormir nos rascunhos, por achá-lo tímido para abrilhantar a casa Luso.
Identidade informal
cada palavra irá identificar-me como louca
quando apenas vivo a fantasia de ser outra.
No ensejo, parabenizo a esta Casa de Letras que tanto colabora para a literatura, seja como espaço de lazer, oficina, escola, divulgadora da arte da escrita e etc. Parabéns a todos os construtores, edificadores deste espaço.
Mary
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 30/01/2025 23:57 Atualizado: 30/01/2025 23:57 |
Administrador
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Mensagens: 2441
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Diminuto assim como dizes, e também postagem relâmpago; tanto que este assíduo leitor da sua obra não lembra-se de acesso ao post. Bom que nesta o LP criou a oportunidade e pudeste repostá-lo para,regozijo daqueles que te seguem.
Carinhoso abraço caRIOca!
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Tópico |
AlexandreCosta |
Publicado: 27/01/2025 15:51 Atualizado: 27/01/2025 15:56 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
Parabéns a este espaço nobre pelo 19º Aniversário este foi o meu primeiro contributo: Olhos Largos Não sei de olhar estrito, estreito Nem de olhar de olhos ocos, sem largura E mesmo de membranas cosedura Procuro ver além do que é conceito Se vejo tudo em mim sem uma altura Porque hei-de olhar o fora noutro jeito? Ver tanto, em pouco, não será defeito Mas sim ver tudo, livre de costura! Cerrar olhos talvez mostre 'inda mais Que é por vontade e não por ideais Talvez veja melhor no lusco-fusco Que a luz inventada só me cega Ou distorce a imagem que me rega E ofusca a verdade que eu busco! não vejo forma de o reescrever! link da 1a publicação: OLHOS LARGOSQue continuemos a crescer de e para a poesia! Um abraço a todos :)
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 31/01/2025 00:34 Atualizado: 31/01/2025 00:37 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Olá Alexandre, Não dá para perceber em cinco, seis meses, eu leitor, assim como você poeta mostrar sinais de evolução e/ou regresso na escrita, aliás; a gente que escreve não se dá à isso, fica para os críticos. Tenho um olhar diferenciado para quem hábil em sonetar, acho entre as escritas poéticas a mais musical delas; talvez pelo meu lado compositor que não usa esse modal repleto de rimas para compor... Cumprimento-o e torço para que muito mais colaborações você queira dar para este site de poesia.
Aquele abraço caRIOca!
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Tópico |
Barbozza |
Publicado: 31/01/2025 01:10 Atualizado: 31/01/2025 01:10 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
Luso-Poemas,
Parabéns a toda administração do Luso poemas, igualmente todos os poetas-, centenas de poetas e escritores do Brasil e de Portugal, com o único propósito, amar escrever quase que diariamente.
Ademais, nos versos expressar alegrias, amor, paixão, desilusão, tudo em forma de canto poético. Aqui, todos podem viajar nas palavras. Sinto-me honrado em fazer parte desse iluminado grupo, que faz nossas produções ganharem vida e serem compartilhadas.
Em 19 anos de -, LUSO POEMAS-, já tenho 15 anos como parte dessa linda história.
Elias Barboza
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Tópico |
Barbozza |
Publicado: 31/01/2025 01:26 Atualizado: 31/01/2025 01:26 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
...Nesses 19 anos, alguns poetas nos deixaram e deixaram saudades, mas todos sempre estará em nossas memoria.
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 31/01/2025 02:00 Atualizado: 31/01/2025 02:05 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Olá Elias Tomei a liberdade de apor neste espaço uma poesia sua de 2009:
Cai a chuva no telhado, Cai a chuva pelo chão, Cai em tudo que é lugar, Cai e molha minhas mãos.
Cai nas árvores altas, Cai no orvalho e no capim, Cai nas estradas da vida, Cai suavemente em cima de mim.
Cai a brisa mansa e suave, Cai a bomba a explodir, Cai a estátua de Mona Liza, Cai a menina de tanto rir.
Cai a chuva no telhado, Cai a chuva pelo chão, Cai menina nos meus braços Para aquecer neste inverno, Não me deixar no frio e na solidão.
Lembro que à época apesar de não ter comentando, fiz uma ligação dela com a composição do Jorge Ben (chove chuva / chove sem parar). Não sei se você na sua ausência, as voltas com tantos movimentos envolvendo música, musicou este poema, fica pois o registro. Sem dúvida, sem eu ter sua qualidade vocal de barítono, mais de 30 anos me envolvi com essa coisa de cantoria na Escola de Samba Império Serrano no Rio de Janeiro, cantando samba. Hoje, por motivo alheio a minha vontade não mais; mas continuo compondo. Penso que você sim, por ser sua profissão. Sucesso continuado pra ti, pois!
Aquele abraço caRIOca!
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Tópico |
Barbozza |
Publicado: 31/01/2025 03:03 Atualizado: 31/01/2025 03:03 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
ZeSilveiraDoBrasil, verdade, kkkkk, esse foi um dos meus primeiros poemas, obrigado por lembrar-, abraço.
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Tópico |
Barbozza |
Publicado: 31/01/2025 01:31 Atualizado: 31/01/2025 01:31 |
Membro de honra
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
...dos que partiram, minha homenagem nesses 19 anos ao saudoso, Miquel jaco, todos os meus versos ele comentava, e quando retornei minhas atividades no Luso, soube que ele tinha morrido.
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Tópico |
Rogério Beça |
Publicado: 31/01/2025 12:38 Atualizado: 11/02/2025 07:51 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
IncompreensãoNão entendo concerteza a exactidão nem tão pouco a semelhança; um centímetro a mais que um milímetro a menos de algo tão diferente como as cores de um arco-íris. A destreza de um canhoto de uma carta, o percurso de uma estrada curta sem curvas que liga uma sala a um quarto de litro de leite Vigor. A letra do absurdo e inacessível trecho de uma prosa longa e viva. O suspiro, que parece ser a inspiração profunda e satisfeita de um transeunte que se regala presenciando o amanhecer de um dia comum. Não entendo as formas como elas são, porque são tantas e tão diferentes. Assim como são tão parecidas como fotocópias, com os mesmos jeitos, volumes, medidas, almas… A precipitação de açúcar no meu café do almoço, o brilho luxuriante do pastel de nata que como, logo a seguir. Nem compreendo o negativismo com que grande parte das pessoas que eu conheço encaram a própria vida e a das outras. O sorriso enorme de quem ouve as palavras certas, nos momentos menos apropriados. O brilho das calçadas perfeitamente gastas… Não entendo o pormenor e o detalhe, mas também não poderia viver sem eles. A simplicidade, a complexidade, a tristeza da felicidade e tantas outras coisas com idade; Advérbios de estado, como modo de ganhar e perder a perfeição do momento inacabado de um segundo. O marco do correio, a marca da camisola, os problemas insolúveis pelos génios da ciência moderna. Aquários e dragões, postos de alta patente, carros de elevada potência, caracóis, cabos rasos, cordas finas, carinhos… Algures nesta gestação haverá uma borboleta? Não entendo o poder de um parágrafo que estimula, aborrece e que depois se esquece. Arvoredos sem energia, esgotados, sem alegria; rotinas acíclicas rodeadas de intermináveis rituais, monólogos, pensamentos, meditações, encontros, ouvir anjos ditando sinas, futuros, autismos. Páro para raciocinar sobre o brilho das estrelas, se não será o oposto de uma campa. Avio um olhar para um cliente; ofereço uma vida inteira de dedicação à minha prole e espero que nenhuma tumorização a faça à minha semelhança… Acerto as minhas contas com o destino e faço novo contrato. Não há toque que se pareça com um intra-uterino... Há coisas que eu não entendo… Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=21529 © Luso-Poemas Era Novembro e a minha filha mais nova nascera há mês e meio. Li no jornal Destak, gratuito, a circular por um dos comboios da CP a caminho do Rossio, um poema e sua proveniência. A existência de um site. Assim que cheguei a casa fui ver como se fazia e inscrevi-me. A miúda fez 17 anos. Eu, de Luso-poemas também. Sou muito grato. Tive várias fases. No início escrevia maioritariamente em rima e com métrica muito certinha. Tive um mestre que conheci no site e me ajudou muito a crescer e a compreender melhor o que é isso do poema e da poética. Apresento-vos, como determinado, uma "talvez" evolução, ou, quiçá, involução: Incompreensão Não entendo com certeza a exactidão nem tão pouco a semelhança; um centímetro a mais que um milímetro a menos de algo tão diferente como as cores de um arco-íris. A destreza de um canhoto de uma carta, o percurso de uma estrada curta sem curvas que liga uma sala a um quarto de litro de leite Vigor. A letra do absurdo e inacessível trecho de uma prosa longa e viva. O suspiro, que parece ser a inspiração profunda e satisfeita de um transeunte, que se regala presenciando o amanhecer de um dia comum. Não entendo as formas como elas são, porque são tantas e tão diferentes. Assim como são tão parecidas como fotocópias, com os mesmos jeitos, volumes, medidas, almas… A precipitação de açúcar no meu café do almoço, o brilho luxuriante do pastel de nata que como, logo a seguir. Nem compreendo o negativismo, com que grande parte das pessoas que eu conheço encaram a própria vida e a das outras. O sorriso enorme de quem ouve as palavras certas nos momentos menos apropriados. O brilho das calçadas perfeitamente gastas… Não entendo o pormenor e o detalhe, mas também não poderia viver sem eles. A simplicidade, a complexidade, a tristeza da felicidade e tantas outras coisas com idade; Advérbios de estado, como modo de ganhar e perder a perfeição do momento inacabado de um segundo. O marco do correio, a marca da camisola, os problemas insolúveis pelos génios da ciência moderna. Aquários e dragões, postos de alta patente, carros de elevada potência, caracóis, cabos rasos, cordas finas, carinhos… Algures nesta gestação haverá uma borboleta? Não entendo o poder de um parágrafo que estimula, aborrece e que depois se esquece. Arvoredos sem energia, esgotados, sem alegria; rotinas acíclicas rodeadas de intermináveis rituais, monólogos, pensamentos, meditações, encontros, ouvir anjos ditando sinas, futuros, autismos. Páro para raciocinar sobre o brilho das estrelas, se não será o oposto de uma campa. Avio um olhar a um cliente; ofereço uma vida inteira de dedicação à minha prole e espero que nenhuma tumorização a faça à minha semelhança… Acerto as minhas contas com o destino e faço novo contrato. Não há toque que se pareça com o intra-uterino. Há coisas que eu não entendo…
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Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 10/02/2025 03:53 Atualizado: 10/02/2025 03:53 |
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . "Tive um mestre que conheci no site e me ajudou muito a crescer e a compreender melhor o que é isso do poema e da poética".
Este é todo o encantamento de se ser assim desse jeito seu de ser. Autêntico. Criaste aqui fã pela postura dos seus posts e comentários, dos incentivos que dás aos utentes merecedores desta cada de poesia. Demagogia não é sua praia.
Aquele abraço caRIOca!
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Enviado por |
Tópico |
Aline Lima |
Publicado: 10/02/2025 02:47 Atualizado: 10/02/2025 02:51 |
Administrador
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Mensagens: 764
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
Parabéns ao Luso-Poemas! É uma alegria estar aqui e fazer parte dessa comunidade, que sempre nos inspira a crescer na poesia. Que venham muitos mais anos de troca e criação.
Esta foi a primeira participação:
Amores de Conveniência
Realidade fria, de amores ordinários e emoções vazias, onde os sentimentos se curvam à conveniência. Todos vagam sem intensidade, sem essência. Rebanho obediente às mesmas regras, cordeiros vazios de verdades, cheios da mais absoluta covarde prudência. Relacionamentos pautados na frieza do pragmatismo e seus interesses racionais, sempre de acordo com o comodismo e a ignorância dos padrões sociais. Corações de pedra adormecidos na capacidade de amar e de serem amados dolorosamente esquecidos. Resistentes ao despertar, vagando por noites escuras na ilusão de já haver amanhecido. Quem não conheceu o amor pode até ser perdoado por se contentar com tamanha subserviência. Agora para quem já o conheceu e se entrega ao mundo onde ele morreu, penitencia o pecado, paga o preço amargo pela sua demência.
Quando postei esse poema, sentia a urgência de questionar os amores que se rendem às normas e perdem sua essência. O poema carregava uma indignação quase crua e direta, um olhar que ainda não havia explorado todas as nuances do que significa sentir e entregar-se. Uma necessidade de expressar algo sem saber exatamente como. Esses questionamentos continuam em mim, mas com o tempo, acredito que meu olhar amadureceu e que minha escrita se transformou, ao menos um pouquinho. No Luso-Poemas, encontrei outras vozes e olhares, e aprendi que a poesia pode mergulhar mais fundo, sugerir e explorar aquilo que não se diz, o que fica subentendido entre as palavras. A versão atual do poema, que vou compartilhar a seguir, carrega um tom um pouco mais contido, talvez mais maduro. A revolta inicial ainda está presente, mas deu espaço a um lamento sobre o que se perde quando se escolhe não sentir. Esse espaço me ensinou a perceber que, em cada poema, há sempre algo por descobrir. A atividade de revisitar o meu primeiro poema e reescrevê-lo foi um reflexo desse aprendizado. Ao olhar para o que escrevi no passado, percebo como a poesia vai se moldando com o tempo e como as palavras podem ganhar novas camadas de significado. Esse processo contínuo de busca e transformação faz da poesia um movimento vivo, assim como nós.
Esta é a versão reescrita, não sei se melhor, mas certamente mais sentida.
Amores de Conveniência
Realidade fria, de amores ordinários, emoções contidas, vazias, onde o sentir é cálculo, o desejo, protocolo, curvando-se à conveniência. Rebanho sem vontade, obediente às mesmas regras, todos exatos e sem verdades, sem pele, sem nome, almas perdidas no limbo, entre a renúncia e a covardia da prudência. Relações moldadas no frio do pragmatismo, corações de pedra, resistentes ao despertar, à febre do encontro, ao incêndio das palavras inteiras, esquecidos em ausência. Que seja perdoado quem nunca soube o que era amor. Mas quem o provou e a ele renuncia, faz do mundo o seu túmulo, paga a penitência por seu triste pecado e o preço amargo da própria demência.
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Enviado por |
Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 15/02/2025 23:58 Atualizado: 16/02/2025 11:46 |
Administrador
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
. . . Admirável o momento quando há dezenove anos atrás surge num ímpeto o Luso-Poemas, como um cornocópio, vertendo insensantemente letras poéticas tantas, surpreendendo inicialmente o idealizador depois seguido por aqueles que amam a poesia tanto a leitura quanto os que desejam expor trabalhos literários amadores ou não. A proposta enraizou-se até os dias de hoje em continuadas contribuições, mantendo viva a Língua Portuguesa Mãe e suas nuances brasileiras e d'outras estâncias. Radiante é esse lugar de escritas variadas, pensares e letras musicais. Não há conhecimento d'outro sítio que promova-nos tão democraticamente...
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Tópico |
Alemtagus |
Publicado: 17/02/2025 22:14 Atualizado: 17/02/2025 22:22 |
Membro de honra
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas!
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Enviado por |
Tópico |
ZeSilveiraDoBrasil |
Publicado: 14/03/2025 21:14 Atualizado: 14/03/2025 21:19 |
Administrador
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Mensagens: 2441
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 Re: 19 anos de Luso-Poemas! PONTO A PONTO, UM CONTO
. . . Agradecimento grande amiguimão Alemtagus por prestigiar nosso encontro 1° no Brasil e trazer até nós para vir a conhecer aqueles que prestigiam os vossos encontros, poetas d'além mar que tanto prestigiam a poesia.
Em seguimento ao 19° Aniversário do Luso-Poemas, se lançou o desafio duma escrita há várias mãos qual se pede a adesão de todos. PONTO A PONTO, UM CONTO já está no seu oitavo capítulo e tudo leva crer que teremos uma bela estória. APOIEM!
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