NO ESCURO DA NOITE
Persigo-te no escuro da noite
Mãos buscando num frenesi
Procuro mas não encontro
Que a quem procuro é a ti
Foi a noite que escolhi
Por achar mais sugestiva
Disseram-me que por aí
Encontrava a minha Diva
Cansado de procurar
Nesta noite sem luz
Não desisti de tactear
Na peugada de quem me seduz
A noite terei errado
E da tua voz não havia anúncio
Segui a rota do bardo
No encalço de um prenúncio
Da tua voz inspirada
Nada tinha eu que esperar
Percebera de ti amada
Só com o silêncio contar
O que me restava eu sabia
Era com as mãos te tocar
Mas essa falaz alegria
Não ma querias tu dar
Quando já perdida a esperança
As mãos em vero desalento
Toco em ti qual férrea lança
E te enredo, meu portento
Caíste enfim em minhas garras
Ninguém de mim te irá furtar
Não serão precisas amarras
Que nasceste para amar
Antonius