VALA

Oi Carol. Sim. As palavras tem muita força e carregam toda uma energia capaz de mudar o mundo. Mas elas, isoladas, não podem ser consideradas suficientes no processo de comunicação, porém muitas vezes são encaradas assim. Quem lê apenas as palavras, não pode perceber a entonação peculiar em que elas saem da boca e que nos oferece tanto em termos de percepção, nem se observa por elas os olhos e os gestos de quem as profere no momento em que as profere. As palavras são uma parte importante do processo de transmissão de uma idéia, mas não o todo. Não costumo julgar alguém com base unicamente nas palavras escritas, mas sim, e com toda a justiça, apenas o texto em questão e, ainda assim, dentro de meus valores de compreensão.

beijos!
Gê

Oi Samantha, grato pela por esta leitura. As palavras, ao proferidas, têm o seu grau de risco. São energias que movimentam outras energias em quem lê. Mas acho que devemos dizê-las da forma que achamos que temos que dizê-las. Apenas um adendo. Às vezes, pensar na consequência das palavras pode ser algo útil. Não digo isto visando qualquer caráter de moralidade, apenas e unicamente o lado prático. Se pensarmos nas consequências da palavra, a projeção influencia no presente para a elaboração do texto.

beijos
Gê

Buraco, vala, abismo, fenda... tudo nos faz refletir sobre nossas ações...

À toda ação corresponde uma reação. Não como na física, onde sempre é em direção contrária e na mesma intensidade, mas "também" em direção contrária, bem como em "direções diversas" e "intensidades diversas". Quem não está preparado para as reações da própria escrita vai sofrer muito quando escreve, porque o que se escreve sempre oferece efeitos colaterais. O importante, eu acho, é procurar compreender o ponto de vista do outro antes de simplesmente discordar ou mesmo concordar. É uma forma particular minha de ver e analisar e que outros também seguem, é lógico. É a minha e serve para mim... Existem inúmeras outras. Todas são válidas. Não há regra, mas há uma constatação minha: as palavras sempre cavarão valas... rs

beijos, grato pela leitura!
Gê

Oi Alice. Olha amiga, palavras cavam valam profundas sendo mal ditas ou bem ditas... rs Representam pontos de vista e, sendo assim, exercem sua influência e provocam forças a favor e contrárias à ela. Isto é normal. Deve ser assim, não? Vamos procurar entender as palavras dos outros no contexto e no mundo dos outros. Pois se assim não o fizermos reduzimos tudo à uma visão particular apenas e não captamos a motivação. É o que tento observar. Nem sempre consigo.

beijos
Gê

Gostei de ler-te

Cito:

Vamos procurar entender as palavras dos outros no contexto e no mundo dos outros. Pois se assim não o fizermos reduzimos tudo à uma visão particular apenas e não captamos a motivação.

As palavras dos outros sim pela forma como vivem e são , pois não podemos querer que sejam como nós, nem eles que sejamos como eles... nas palavras ditas ou escritas...

Bem ditas ou malditas...

O que importa é que saibamos ler tolerar e compreender cada vida e tudo aquilo que por detrás dela está, pelas palavras e acções...

Beijos poeta amigo.


Alice Barros

E se abrirmos nossa compreensão nestes termos conseguiremos possivelmente entender a crítica alheia e a motivação da crítica e até poderemos aproveitar algo da crítica e aceitar a visão crítica dentro do seu contexto. Por que não? rs O que não se pode tolerar, é que se torne algo pessoal, dirigido ao indivíduo e não ao produto texto, independentemente de qual seja texto em questão... Digo que a motivação pode ser elemento para se criticar um texto, junto ao próprio texto, mas não elemento para criticar o que motiva o indivíduo na vida e na escrita. Acho que me fiz por entender... rs

beijos amiga
Gê

Concordo amigo, quem se expõe está sujeito à crítica seja ela boa ou má...
Mas cada um é o que é, todos os dias acertamos, concertamos, melhoramos, mudamos e nos transformamos.

Ser inocente é belo, sejamos pois como meninos, e vejamos o mundo com olhos de criança.

Beijos e boa noite amigo.

Alice Barros

Oi Aninha. Saudade de ti, companheira. Bom ver-te por cá. Entre nós poderá até haver uma vala de palavras de vez em quando, mas sempre uma vala em comum com os dois caídos dentro! rs

beijos amiga!
Gê

Grato mais uma vez, Julio, pela gentileza do comentário. Estive a ler-te também depois de teres postado o primeiro comentário aqui e para não me delongar só posso dizer-te sem demagogia que és um "senhor poeta", o que ainda mais me honra por tua visita.

abraço
Gê

e estamos numa cidade colada: eu em são paulo, você em campinas - cidade onde morou minha amiga querida hilda hilst.

Grande Hilda... É verdade Julio. Ela morava numa chacrinha por estas bandas até morrer, acho que em 2004, se não me engano... Cara, deve ter sido uma grande experiência para você, sendo amigo dela. Só posso dizer uma coisa na minha humilde condição de leitor: Era um Monstro!

abç

a hilda às vezes era intratável. ela e os seus quase cem cães. os cães asseguro que eram mais dóceis. agora, meu irmão poeta, ela foi gênio. e pouca gente soube compreendê-la. criticavam suas bebedeiras, mas a inteligência desta mulher estava acima de tudo. sempre me dei bem com ela. mas sabia do seu temperamento explosivo. ela não tinha papas na língua. não morreu reconhecida como devia. agora, morta, a incensam. mas de que vale isso agora?

abração fraterno.

j.

Sim Alexis. Cair é bom. Ruim mesmo, acho, é não procurar levantar em seguida... rs No fim das contas, pelo menos aqui, e de alguma forma, encontramo-nos sempre dentro dessas valas e acabamos por conversar sobre elas. Isso é interessante. Grato pela presença e pelo comentário.

beijos
Gê

... ou essa vala que "cava" tanto... rs Às vezes esse buraco está simplesmente na próxima palavra.

abraço amigo
Gê

Olá Azke. Olha, se valem ou se não valem, depois de cavadas nem há como os tapar... rs. E há sempre gente que cai neles porque esses buracos nos atraem como um canto de sereia...

abç amigo
Gê

Nem tão sensato assim Ledalge... ehehe Estou sempre a cair nestas valas profundas que a palavra cava. Mas o cair deste texto aqui nem sempre é um cair em que se quebre uma perna ou um braço, pode ser um cair agradável também... E nem podemos reclamar tanto do tombo já que elas nos avisam antes... rsrs

beijos amiga. Grato pela leitura!
Gê

Mas o tombo aqui não machuca Vania... Sinta-se à vontade que o buraco é arejado.

beijos!
Gê