Poemas : 

canção de um poeta esquizofrênico

 
olhe
juro que foi a voz
que insistiu tanto, tanto
em repetir
o mesmo canto
que o canto
me encantou diferente.

o som
transpirou
por uma corrente
de acalanto
contente
para os destinos
dos meus ouvidos
e aos outros recantos
do meu corpo
e da mente

foi como
aquela voz
se investisse
de um aveludado manto
portando um calor tão quente
quanto o das caldeiras
do titanic saindo do porto
antes do malfadado
transatlântico
afogar tanta gente

portanto,
agora essa voz de cantiga
mora em mim
como uma torneira que pinga
e nunca me larga sozinho
nem quando eu vou até a esquina
comprar uma garrafa de gim
mas estou bem assim
e nem quero briga


Fungos Astrais

 
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FungosAstrais
 
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