QUE SEJA FELIZ
Agora, serei um migrante
irei para lugar distante,
faço de conta que fugi.
Vou sair nessa madrugada
não me resta mais nada
e não voltarei mais aqui.
Sei que nessa minha ida
tento, cicatrizar a ferida,
que o destino me causou.
Não espero mais um dia
e não levarei alegria,
por que a vida já levou.
Sei que estando lá longe
levarei vida de monge,
pronto, para a viagem estou.
Deixo aqui uma saudade
que não é de felicidade,
por que hoje, com outro casou.
Vou esquecer esse passado,
com outro alguém a meu lado,
sei que vou esquecer Beatriz.
Também, nunca me fez uma jura,
assim, termina minha desventura,
desejo, que seja muito feliz.
GIL DE OLIVE