QUANDO O AMOR SE APAGA
QUANDO O AMOR SE APAGA
VIOLÃO, GUITARRA SEMI-ACÚSTICA,
BAIXO E VOZ:
Gê Muniz
QUANDO O AMOR SE APAGA
Você pensa que aonde mora o amor
Também vive a razão...
Não espera que a fera que afaga
Morda as costas da mão
E se ilude como minha imagem
Refletida na água...
Límpida na lagoa tranquila
Mas distorcida na mágoa...
Se abre um vão de ferida
Só o tempo enxágua
Jamais cura em vida
Quando o amor se apaga...
Fiz de tudo para não me levar
Por mais uma paixão
Rodei mundo pr'a ser dono das terras
Do meu coração
Mas me iludo com sua imagem
Refletida na água...
Límpida na lagoa tranquila
Mas distorcida na mágoa...
Se abre um vão de ferida
Só o tempo enxágua
Jamais cura em vida
Quando o amor se apaga...
Um concerto imaginário...
Como uma ilusão eu vi você
Por um minuto nos olhamos,
Começou um lindo concerto
Com o som da música, começava minha imaginação
Aquele professor lindo iria me fazer a mais cobiçada das mulheres
Sabia que seria um amor lindo e profundo
Senti suas mãos a deslizar pelo meu cabelo chegando ao pescoço
Com toque suave e delicado, senti que queríamos nos entregar
A um amor volúpia, nossos corpos desejavam o prazer, uma paixão
Que ardia e queimava
Suas mãos seguiam pelo meu corpo, corpo que arrepiou de desejos
Nesse momento de desejos, voltei à realidade.
Você é só minha imaginação.
"Quietude"
"Quietude"
Longa noite se pronuncia...
Silêncio que traz o grito sufocado.
Ecoando como a corda tensa
que vibra os sons.
Pensamentos desconexos.
Povoados por palavras sem sentido.
Flutuam como meu anseio...
De ouvir dos teus passos, o eco.
Desnudo-me de qualquer preconceito
Lanço fora todos os medos...
Para te ver caminhar em minha direção.
Procuro o fio condutor,
que me levava e te trazia,
e nos mantinha ligados.
Por certo se rompeu
E se desfez como nuvens à menor brisa.
O mesmo se dá com as horas...
Passam alheias,
zombam da minha letargia...
Os desejos, o sentimento,
ainda vivem aqui
Epiderme do meu sentir...
Olhar fixo nos sonhos.
E nos seus olhos,
Que buscam outra direção...
E hoje será assim
A musica que ouço é o silêncio...
Quietude.
A VIDA SERIA LINDA
Se a vida fosse musica
Passava a vida a dançar,
Mesmo que fosse sozinho
Dançava sem mais parar.
Virava à esquerda e à direita
Mas canseira não haveria.
Dançava com a tristeza
Pois que a vida era alegria.
A morte nos meus braços
Também ria de contente
E até faria a promessa
De não matar tanta gente.
A miséria, essa então,
Não cantava mais nas ruas.
Só a felicidade cantava
A canção das sete Luas.
Avenidas musicais
Artérias dó ré mí fá sol.
Praças plenas de harpas
Para acompanhar o rouxinol.
Com a minha voz de nada
Até eu começava a cantar.
Como a vida seria linda
Se os visse a todos a dançar.
A. da fonseca
Música
Música
Pequenas gotículas
Compõe uma música
De ida e volta, é única!
Se adensa nas partículas!
Escrever em cada
Sereno, dunas que movem
Corredeiras que emudecem
Num sopro de alma calada!
Suavidade no caminho arenoso
Céu que induz ao silêncio
Algoz,tempo partiu esplêndido
Marcas fincadas grande engano!
Nas brisas, o perfume
Das maresias que se iludem
E transcendem
Trajetórias que se abrigam de lume!
Imagem do Orkut.com
Fhatima
08/02/2010 - N.69
Vozes ao alto
As vozes ao alto
Em tons sustenidos
Bramando a emoção
Notas que se enlaçam
Sons que assim trespassam
Como setas que atingem
Veias e artérias do meu coração
Uníssono o coro
Que extasia a mente
Colcheias de auroras
Instrumento feito de gente
Dormência divina
Cântico sagrado
Que arrepia a alma
Chilrear humano
Olvação de pé
Concerto abençoado.
Poema dedicado ao Coral Luísa Todi, de Setúbal, ao qual pertenço.
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
Minuciosamente
Ao som dos acordes daquela música que amamos…penso em ti.
Foram as Cassiopeias de luz, aglomeradas pelo espaço sideral dos dias, que conspiraram a nosso favor. E digo-o, com toda a certeza, porque jamais poderia cruzar o teu carinho no horizonte deste céu, neste caminho compassivo e absoluto, nesta pedra polida da cor do ébano, cravada no solo estéril onde me encontro. E digo-o, porque foram inúmeras as vezes em que coloquei a mão sobre os olhos da permanência, mas havia sempre um encandeamento, próprio da luz no branco dos muros altos, caiados de tão pouca emoção… Foi necessária a paciência das pombas do quintal dos meus sonhos e a firmeza das gaivotas da varanda das tuas manhãs, para a inquietação nascer dentro de nós. Claro que o conluio exercido pela brisa do teu mar influenciou o germinar do sentimento nas searas de onde brotaram as papoilas dos nossos lábios. Opções tomadas pela terra rubra dos vulcões anteriormente cabisbaixos e tristes, quase extintos. Erupções do elixir da juventude da experiência radicular que trazes nas palavras. Sim, foste tu que as provocaste, com a cor esverdeada das ondas do mar, misturadas com o castanho ocre do tronco dos sobreiros no olhar. Subjugaste as fogueiras na minha pele, a teu bel-prazer, e espicaçaste a loucura na ponta dos meus dedos. Alucinaste as sombras do meu passado e o terror estampado no meu peito…e unificaste os densos nevoeiros das minhas palavras nas entrelinhas dos meus poemas. Fizeste do meu ventre a tua casa com a perícia dos gemidos produzidos em forma de estrelas cadentes. Chegaste a pintar a alquimia do prazer nas paredes feitas da nossa vontade, tal foi o regozijo da generosidade das tuas mãos. Sempre soubeste mimar-me até ao ponto de me perder no rasgar do vento vindo da tua pele, sobretudo quando saboreámos as cerejas do pensamento. Por isso, é com toda a lucidez que me permite a desordem interior que me provocas, que me ergo nestes versos, qual sacerdotisa das brumas, e te venero como único perfume que ainda me desperta a sede, me incentiva a fome, que me estimula a luxúria… Afinal, de que é feito o amor, senão dos momentos incólumes onde a ternura nos desarma?
A Vida é Arte
A vida é Arte
A vida é Arte, Arte em movimento!
Artistas de peças únicas, de solos;
pintores de telas cotidianas, insanas;
escultores de personalidades, vaidades.
Músicos poetas, sem nenhuma rima;
alguns poetas rimados, desconsolados;
escritores efêmeros, com muitos medos;
artesãos calados, seus corpos suados.
Sentamos no picadeiro da vida,
escondidos na coxia de uma rima;
vez ou outra chamados ao palco,
subjugados a vaias ou aplausos.
O esboço do futuro... Nosso presente!
Tem as cores escolhidas ou ausentes,
movimento da arte na seqüência da vida,
rabisco e argila, obra de arte atrevida.
MÚSICA DA NOSSA VIDA
Quando amamos e somos amados
A música soa no coração em som de flautas
Como anjos entoando uma linda canção
POR FAVOR, PARA MELOR LEITURA, CLIQUE NO POEMA
A Voz do Pai - Para Onde Vai a Morte ?
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Foi há tanto tempo que os astros faleceram
que já não lembro do sol incerto
que ontem em ícones estelares, tantas vezes,
destruindo as loucuras (im)previsíveis
e eternizando o que no universo é imortal, brilhou!
- para rasgo da pele de tantos e perdidos poetas? -
desse tanto que era muito mais-do-que tudo
há um amor que sobrevive em mérito
dum lado cravejado por punhais firmes do teu sangue
mais que abastados de transbordantes do teu corpo
que foi (e eternamente será) todas as canções
do tudo ou nada que eu quero ouvir a queimar
toda a vida que me resta para te glorificar
orgulho desnecessário de quem te ama
em todos os passos titubeantes das conversas surdas e mudas com Deus
quando o céu da boca se posiciona minuto a minuto
na via-sacra do teu timbre do qual nascia a magia
dum templo respirado de borboletas
e desde que o sagrado existe
talvez mesmo antes do nascimento dos ventos
tu que te foste para nunca te ires embora
permanecerás em tudo o que há de mais belo
por ...que ...
nenhum deus dominará
o altar de luzes sopradas nas tuas preces
tal como apenas tu dominaste em absoluto
o dom abençoado do que é mais meu de teu :
- A tua voz cantando
(Entre o norte e o sul
ao centro da rosa-dos-ventos
há um coração que é direcção das tuas escolhas
e no qual se agita a questão
- para onde vai a morte quando a alma é vida ?)
Ao meu pai , um ano de saudade
Luíz Sommerville Junior , 280320142351 , A Minha Carne É Feita de Livros
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