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O mistério das luzes da montanha. Parte dois ,

 
O mistério das luzes da montanha. Parte dois


Levantei cedo meio estranho, sentia um dor forte na cabeça era persistente, fui a cozinha fiz um café bem forte e desci a cave, lá vi que não tinha nada, nem mesmo os aparelhos , nem as peças do laboratório, nada mesmo. A dor aumentou, senti como se tivessem dado com uma barra de ferro na nuca, de repente lembrei-me das pesquisas, eram já tão avançados, todos os meus apontamentos, formulas e tudo o mais também sumiu do meu escritório.
Tudo era estranho parecia estar numa dimensão paralela, o ar era denso, pesado, por momentos pareceu ver sombras na sala, rápidas e velozes. Corri e nada vi, quando olhei a porta do meu escritório fechou, voltei a correr e pare meu espanto, estava tudo lá de novo.
Rapidamente corri em direção a cave e vi todo o meu equipamento devidamente montado e outros ainda mais modernos, que nunca tinha visto em minha vida, devo estar mesmo a ficar louco.
Coço a minha cabeça atordoado, até dei por mim e não sentir mais dor, tudo tinha sarado milagrosamente. Toca o telefone, respiro de alivio, algo normal, quem sabe se tudo voltou ao normal, atendo e escuto a voz do reitor bem disposta e forte.
- Bom dia senhor Doutor, então dormiu bem? Vou agora mandar um carro o buscar ai, é hora de conhecer a sua equipa e vão ficar ai na sua casa, a empregada já esta a caminho.
Confuso o Doutor responde:
- Claro que sim estarei pronto em dez minutos.
Foi tomar seu banho, confuso sem saber o que pensar de si mesmo, eu devo estar a ficar mesmo louco, certamente alguma explicação haveria, mas qual? Como foram parar os novos equipamentos, os outros montados e no lugar certo eu nada falei a ninguém.
Logo escuto o motor de um carro desligar na frente de minha porta.
Logo vejo uma mulher já com os seus cinqüenta anos, forte e de ar alegre e saudável, que fez quase uma vênia, exclamando:
- Bom senhor Doutor, sou a empregada enviada pela universidade.
Eu a cumprimento, mas ela afastou-se apenas acenou com a cabeça, entrando na casa com a sua minúscula bagagem.
Entro no carro, o motorista era um senhor já com setenta e cinco anos, alegre e corado, sua barriga quase nem deixava o volante dar as voltas na condução, sua testa estava transpirada e sua camisa quase se podia torcer, com tanto transpirado.
Estendeu as sua mão em direção da minha, suada e quente, apertando a minha num cumprimento espontâneo e sincero.
Sua voz grossa não escondia a sua curiosidade e exclamou
- Enfim o famoso cientista de Lisboa sempre veio trabalhar conosco? O doutor que acha o senhor da pesquisa que vai fazer em segredo?
O doutor pensa bem antes de responder, não devia dar qualquer informação e estava surpreendido de ele saber o motivo da sua pesquisa, estranho. Acena com a sua cabeça e faz de conta que não entendeu.
O motorista que não podia ficar calado resmunga:
- Doutor o senhor é estranho demais, se não quer falar não fale.
Retoma à estrada com atenção, acelerando, rapidamente está na universidade,. Para seu carro e sai para abrir a porta, mas o doutor sai sem dar tempo a tudo isso, apenas agradecendo e sai em direção à porta da entrada principal.
Entra e vê um espaço agradável, limpo e bem decorado, uma recepcionista, com uns óculos maiores que a sua cara, se levanta, cumprimenta-o e o leva a sala do reitor, Doutor Magalhães, gentilmente, bate na porta:
- Doutor já chegou o Doutor Bernardi De Chevalier.
O reitor agradece:
- Isabel pode ir, obrigado se precisar de alguma coisa a chamo por interfone.
Isabel fecha a porta e regressa a recepção.
O reitor estava eufórico e de repente ele começa a falar:
- Doutor já pode ir direto ao assunto da sua pesquisa, amanha já tenho todo o equipamento pedido pelo doutor, o problema é o lugar que não é fácil de acessar, mas faremos o nosso melhor.
O doutor Bernardi responde:
- Quando eu vou conhecer a minha equipe? Pode ser agora mesmo, eles são de confiança total?
O reitor acenou e confirmou que era de total confiança. Logo sai e o leva a uma sala onde estava um grupo de treze pessoas, jovens alegres e cheios de gênica. Cumprimentam o doutor Bernardi, claro que felizes por trabalhar com aquela celebridade na ciência, uma jovem se atreve a perguntar:
- Doutor é verdade que o material que são feitas as pirâmides dentro da montanha é de uma liga tão fina que parece papel, são três não são?
O doutor responde que logo que seja oportuno fará a reunião e falaram do seu trabalho e como ele será distribuído
Entre conversas de deitar fora, acenos e bajulação ele apenas queria arregaçar as mangas e começar a sua pesquisa. Por momentos ele esqueceu tudo o que passou nas duas noites anteriores.
Sai do edifício, parada a sua frente esta um pequeno autocarro da universidade para fazer o transporte dos alunos para casa do doutor.
Doutor vai pensativo no carro para casa, começa a pensar se o que lhe aconteceu teve algo a ver com o projeto que vai investigar. Será mesmo possível que aquelas luzes misteriosas teriam a ver com as pirâmides no interior da montanha?
Cegou a casa e já estava mais duas auxiliares para aquele batalhão todo que ia instalar na casa para trabalhar e investigar.
Com estas e com outras já era quase horas de jantar e estava cheio de fome e pior é que sentiu um cheirinho da vir da cozinha a bacalhau assado e outros petiscos. Já não sentia esse cheiro assim desde que saiu da casa de sua mãe.
De repente começa o zumbido de novo, forte e intenso. Não outra vez não, deita a mãos aos ouvidos e tenta evitar o zumbido a custo, mas era impossível...
Perdeu de novos os seus sentidos, escuta vozes a sua volta, alguns iam e vinham mas desta vez ele se lembra de tudo que passou, ele não está louco. Logo que renove as forças vou escrever tudo o que passei, pensou ele. Volta a desmaiar e acorda num hospital...
Bem ele pensa amanha é outro dia e vou escrever tudo o que passaram para mim.

Continua......


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Betimartins
 
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