♥LER EM CADA VÍRGULA *
Caminho entre as paginas de um livro
Só para conseguir lê-las
Navego em cada página que é uma historia
Perco-me entre a fantasia e a realidade
Quem lê, sente, percebe, ama cada letra
Cada palavra escrita que vai lendo
Alimenta-se de todo o sentimento
Emociona-se respirando oxigénio de pura emoção
Dos escritos cheios de vida
Ficando cada pedaço preso no coração
Levam a mente à loucura atrás de cada vírgula
Perco-me no meio de tantas ondas
E somente o vento me guia nestas páginas
E o que me encanta não é o que não posso ver
Mas é o que posso ler em cada vírgula.
Quando morre um poeta
Morrem os sonhos
Nas palavras por escrever
🌺👒
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Entre +
E apenas deite teu coração
Dentro do meu.
Quietamente
Mansamente
Como quem voltou
Ao lar
Ou
Contente
Feliz
Cantando poesia
No som do olhar
Entre
Se quiser
Do único jeito
Que houver
Ou puder
Entre...
E fique para sempre
Dentro dos segundos
Que tiver
"O Silêncio das Estátuas"
Preciso tanto descansar...
deitar-me a repousar
sobre a terra ...
abraçar o céu
beijar o mar
aí ...
só para eu ter a certeza
que a lua que dança nesta cidade
de cais embriagados pelas pontes
é a mesma
que se noivou com o Sol
aí
nesse tão longe
que é o mais perto
deste mim
a repousar...
o meu destino...
agora!
Abre tuas mãos, meu amor,
solene coração de seda,
e... sente ...
o tombar ...
da coluna marcial
a fechar...
o círculo
mudez do meu gritar
combate!
ah, se houvesse força para lutar ...
mas aos milhares...
os velhinhos e as crianças dobram os joelhos
erguem aos céus os seus olhares
e ... oram ...
escuta-se ao longe o cheiro do fumo ...
um cavaleiro rodopia
no campo de batalha
ainda vocifera:
- vencemos! -
coitado, não enxerga
que é dono dum deserto...
baixinho, quase inaudível,
o murmúrio uníssono do hino
abraça a cruz de Deus
rogando por piedade ...
e... todos se foram ...
Cristo ?
Quem sabe quando e se Ele voltará...
Entretranto, minha querida,
arranco do meu peito
o medalhão que te ama
abre as tua mãos , meu amor,
e vê como brilha o ouro
desta minha invisível oferenda ...
sou teu
hoje e para sempre
ainda escuto os metais
inventados para serem donos
da carne que dilaceram
já se ergue a bandeira
dos que venceram
os derrotados...
não morreram
beijaram o sagrado
abraçados ao chão
descansam...
ao meu lado ...
... nos três volumes de História Universal ...
Luiz Sommerville Junior, 280620112044
"glory.."
"(...)o coração em dois me partes. Jogai fora a metade que não presta, para com a outra parte serdes pura."
(Hamlet) Ato III, Cena IV
não há calhas a descer-te chuva, e hoje não haverá a cor
mesmo que te caibam às cenas explícitas, hoje,não te farei
não há. um pensamento raso que desocupe o que te sei
nem das memórias austeras em tolos quadros de torpor
este silêncio me mata aos poucos.. e me faz querer duvidar
será que são seus passos à porta? ei-la à sua vida semi-morta?
ah, eu.. preferi-te em mil dias incessantes e me vi aparte, agora
ei-la! uma tragédia escrita com letras d'água! tolo caso de mar..
fecha-te o livro! ao rumo por auxílio desta forma qual devaneio
da loucura e da prece que te cura à distância que nunca pode ser
queda-te comigo! do turno ou exílio, resta-te corda usual e arreio
corre-te e apressa os teus olhos soltos, que não mais te farei à fé!
cobre-te dos acasos expostos quais lembranças e voltar a descer..
porquê.. ei-la! um túmulo que abri e cavei com a linha que não quer
ei-la!
a descer, enfim..
on me
entenda
talvez este momento
de querer-te
se deite afiuzado
em plataforma equilibrada
ou apenas revoluteia
desempachado.
a paixão se emasculou.
rompeu os fios da virilidade.
não quis mais ser pêndulo
conivente aos apelos do precipício
não está efetivamente volatizado,
o querer-te.
ainda há corpo que
paira,
paira,
desenlouquecido de arriscar (se)
e espalma o ar
o tempo e o chão
fertilizando-se
para poder
rebrotar
viço de viver
em ti
como se fosse um anjo
é dourado envelhecido
olhar
armazenando ouro derretido
percorrendo traços do tempo
nas frouxas mãos
cai o rosto;
não há contenção para segurar
o mar
querendo desaguar
pra fora do corpo
e,
tal qual miscelâneas
vivas de amargor
aqueceu-se na mente
e dos lábios
à fronte
suave e portentosa
e encavernada voz em chama,
levantando amor próprio:
- mulher...!
- despe-te das vestes
que te molha
rasgas as lágrimas
joga os trapos fora
desfaz-te do que te pesa a alma.
faz-te leve arqueio de um sorriso
e ancora-te no meu peito...
que dar-te-ei
o paraíso
A Última Canção *
..
A Última Canção *
Hoje
Eu poderia escrever(vos)
O poema mais definitivo de todos
Neste tempo de mecanismos imprecisos
Não seria belo, o verso!
Nem musical, o ritmo!
Nem criativo, o tema!
Nem original, a forma!
Nem relevante, o conteúdo!
Seria… definitivo …
Se os corpos
Assassinassem o nome
E entregassem a outras carnalidades
A assinatura
Escrevendo sangue, suor, lágrimas, sorrisos, gritos, mutismos
Transfusões nos próximos e nos longínquos
Saudações e padecimentos vertendo energias, nervografismos!
Qual é o nome que escrevem quando respiram?
LSJ, 160720140237
* a rever
soneto da voz que ela me disse,
"Se tem de ser já, não será depois; se não for depois, é que vai ser agora; se não for agora, é que poderá ser(...)"
(Hamlet) Ato V, cena II
ela falou-me de dentro pelos meus exercícios de audição
ela me contou à minha forma de descobri-la, e ainda assim
e fossem-me às causas de possuir-lhe o arremate de mim!
eu ainda, a testaria! mesmo que deixasse de ser a condição
porque ela me disse à sua voz de desabar-me e em morada
ela levou-me: os ventos, as águas, as escadas e tudo o mais!
apenas por um tempo tolo em que desviei-me de seus sinais
eu não vi quando ela me percebeu e só a sua voz continuava
e, cá estou. longe, hoje! e crente de fazê-la à página, perder-se
cá estou a pincelá-la com minha mente que me mente, também
pois ouço o nome dela pela força nua de seus lábios me chamando
é só um pouco de ilusão e palco, eu sei.. mas, quero pertencer-lhe!
à mesma tenda de usos e frutos a deserto dos passos, corpo e além
deste pouco que ela me deu por conforto de vê-la amanhã e quando,
e:
eu espero, e.. mais um pouco.
Percepção Individual
Para conhecê-lo melhor,
vesti-me de historiadora,
cavei fontes escritas,
visuais e vestígios virtuais.
Sinto-me como viajante,
apreciando-te em fotos e postagens.
Minha percepção é quase palpável...
Não sei se estou no caminho certo
Espero nunca constrangê-lo,
com meu interesse descomunal.
Alegra-me essa busca em compreender
a profundidade da sua alma!
"devoção"
"Duvida da luz dos astros, de que o Sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor."
(Hamlet) Ato II, Cena II
chama-lhe, distância.. em qualquer maneira, se for
por sub-entender em espécie da fagulha em declarar
indignou-se a nem mais pertencer, mas.. sem ar e cor
pois, se tudo o que lá havia, era parte alta de si, mar..
era a letra de fogo em balançar sob cordas, o espaço vil
o testemunho, o livro que te ouviria berrar os teus laços
dos quais, desfiando-se em cada letra de dizer que te viu
mentir à casa obscena, e. pra passar o fogo destes passos
eu convidaria os anjos e demônios pra encenar a tua peça
eu te ergueria ao nome, toda a crença aberta de poder crer
eu acreditaria enquanto a mentira e aliciaria a linha inversa
mesmo que os teus olhos não mais estejam por cá, a duvidar
e de que maneira outra, eu poderia ilustrar essa sede de ter?
mesmo que as tuas vontades não me tomem à queda e ao ar,
eu, aqui. serei