*De falsidade já ando farta✿
De falsidade ando farta
Estou cansada da sociedade hipócrita
Pessoas falsas de gente que acha
Que é melhor que os outros
Quando são apenas uns tolos
Estou cansada de todas injustiças
De tanta falsidade deste mundo
De tanta maldade
Vivemos num mundo de mentiras
De falsos sentimentos
De atitudes forçadas
De muita hipocrisia
De faz de conta
De pessoas que gostam de pisar os outros
De sorrisos fingidos
De amores traídos
De falsa devoção
Da falta de gratidão
De pessoas sem carácter
De falsos moralistas
Tudo é contaminado pela inveja
Que te beijam como Judas
Sim estou cansada deste mundo.
Sinto-me cansada
Neste mundo
De tanta maldade
👒🌹
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
♥SER MULHER É SER HEROÍNA ✿
Nós as mulheres somos
Esposas e companheiras
Amantes, mães e avós
Assumimos tantos papéis na vida
Merecemos ser sempre
Lembradas dia após dia
Amamos, cuidamos, renunciamos
Cada uma de nós merece
Ser chamada de heroína
*
Colha as rosas do seu jardim mágico
Poemas da alma sem espinhos
Colha as flores e plante amores
É preciso muita coragem e humildade
Muita força de vontade
Para abandonarmos as coisas
Que nos são supérfluas
Apegamo-nos demais a coisas
Abandone tudo aquilo que não faz sentido
E que nos faz mal, amizades e hábitos
Mantenha somente as rosas do jardim mágico
O necessário para alimentar
A sua alma, alegria e amor
*
Entre as brumas da saudade
De quem faz suspirar um soneto
Onde descansa a rosa do meu coração
Da minha prece feita em oração
Queria olhar as estrelas da minha janela
Para poder contá-las
*
Eu sei, sou uma mulher
Talvez antiquada
Gosto de amar e ser amada
Especialmente de ser cortejada
Não gosto da vulgaridade
Mas da sensualidade natural
Sinceridade num olhar
Sem covardia
Ouço passos na rua
Calçada da minha ilusão
Orquestra num concerto
Em cima de uma nuvem
Brincam com os passos nos cenários
Estrelas dançarinas que namoram na lua
Os corpos que vestem-se de noite
A brincar de sonhos
Melodia suave da nossa emoção
Eu sei sou uma mulher, uma mãe
Que gosta da sinceridade de um olhar
Talvez eu seja antiquada
(...) Talvez...!
✿
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Entre +
E apenas deite teu coração
Dentro do meu.
Quietamente
Mansamente
Como quem voltou
Ao lar
Ou
Contente
Feliz
Cantando poesia
No som do olhar
Entre
Se quiser
Do único jeito
Que houver
Ou puder
Entre...
E fique para sempre
Dentro dos segundos
Que tiver
*APANHA DAS CASTANHAS✿
Num dia de muito frio
Entre a geada e o nevoeiro
Vê-se as belas castanhas
Num lindo castanheiro
Entre um copo de vinho
Que vai aquecendo a alma
Um pedaço de pão
Com presunto ou chouriço
Vai matando a fome
Enquanto os dedos se picam
Nas castanhas apanhadas
E nos ouriços que se abrem
Fogueira que aquece o coração
E os pés gelados de frio
Como é humilde
E simples a felicidade
Nas castanhas apanhadas
Entre um copo de vinho
Que aquece a alma
Nos dedos que se vão picando
Ao som da própria natureza
Que tanto maltratamos
E que nos dá tudo
Tudo para o nosso proveito. 🌰
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
"glory.."
"(...)o coração em dois me partes. Jogai fora a metade que não presta, para com a outra parte serdes pura."
(Hamlet) Ato III, Cena IV
não há calhas a descer-te chuva, e hoje não haverá a cor
mesmo que te caibam às cenas explícitas, hoje,não te farei
não há. um pensamento raso que desocupe o que te sei
nem das memórias austeras em tolos quadros de torpor
este silêncio me mata aos poucos.. e me faz querer duvidar
será que são seus passos à porta? ei-la à sua vida semi-morta?
ah, eu.. preferi-te em mil dias incessantes e me vi aparte, agora
ei-la! uma tragédia escrita com letras d'água! tolo caso de mar..
fecha-te o livro! ao rumo por auxílio desta forma qual devaneio
da loucura e da prece que te cura à distância que nunca pode ser
queda-te comigo! do turno ou exílio, resta-te corda usual e arreio
corre-te e apressa os teus olhos soltos, que não mais te farei à fé!
cobre-te dos acasos expostos quais lembranças e voltar a descer..
porquê.. ei-la! um túmulo que abri e cavei com a linha que não quer
ei-la!
a descer, enfim..
on me
entenda
talvez este momento
de querer-te
se deite afiuzado
em plataforma equilibrada
ou apenas revoluteia
desempachado.
a paixão se emasculou.
rompeu os fios da virilidade.
não quis mais ser pêndulo
conivente aos apelos do precipício
não está efetivamente volatizado,
o querer-te.
ainda há corpo que
paira,
paira,
desenlouquecido de arriscar (se)
e espalma o ar
o tempo e o chão
fertilizando-se
para poder
rebrotar
viço de viver
em ti
como se fosse um anjo
é dourado envelhecido
olhar
armazenando ouro derretido
percorrendo traços do tempo
nas frouxas mãos
cai o rosto;
não há contenção para segurar
o mar
querendo desaguar
pra fora do corpo
e,
tal qual miscelâneas
vivas de amargor
aqueceu-se na mente
e dos lábios
à fronte
suave e portentosa
e encavernada voz em chama,
levantando amor próprio:
- mulher...!
- despe-te das vestes
que te molha
rasgas as lágrimas
joga os trapos fora
desfaz-te do que te pesa a alma.
faz-te leve arqueio de um sorriso
e ancora-te no meu peito...
que dar-te-ei
o paraíso
A Última Canção *
..
A Última Canção *
Hoje
Eu poderia escrever(vos)
O poema mais definitivo de todos
Neste tempo de mecanismos imprecisos
Não seria belo, o verso!
Nem musical, o ritmo!
Nem criativo, o tema!
Nem original, a forma!
Nem relevante, o conteúdo!
Seria… definitivo …
Se os corpos
Assassinassem o nome
E entregassem a outras carnalidades
A assinatura
Escrevendo sangue, suor, lágrimas, sorrisos, gritos, mutismos
Transfusões nos próximos e nos longínquos
Saudações e padecimentos vertendo energias, nervografismos!
Qual é o nome que escrevem quando respiram?
LSJ, 160720140237
* a rever
soneto da voz que ela me disse,
"Se tem de ser já, não será depois; se não for depois, é que vai ser agora; se não for agora, é que poderá ser(...)"
(Hamlet) Ato V, cena II
ela falou-me de dentro pelos meus exercícios de audição
ela me contou à minha forma de descobri-la, e ainda assim
e fossem-me às causas de possuir-lhe o arremate de mim!
eu ainda, a testaria! mesmo que deixasse de ser a condição
porque ela me disse à sua voz de desabar-me e em morada
ela levou-me: os ventos, as águas, as escadas e tudo o mais!
apenas por um tempo tolo em que desviei-me de seus sinais
eu não vi quando ela me percebeu e só a sua voz continuava
e, cá estou. longe, hoje! e crente de fazê-la à página, perder-se
cá estou a pincelá-la com minha mente que me mente, também
pois ouço o nome dela pela força nua de seus lábios me chamando
é só um pouco de ilusão e palco, eu sei.. mas, quero pertencer-lhe!
à mesma tenda de usos e frutos a deserto dos passos, corpo e além
deste pouco que ela me deu por conforto de vê-la amanhã e quando,
e:
eu espero, e.. mais um pouco.
Percepção Individual
Para conhecê-lo melhor,
vesti-me de historiadora,
cavei fontes escritas,
visuais e vestígios virtuais.
Sinto-me como viajante,
apreciando-te em fotos e postagens.
Minha percepção é quase palpável...
Não sei se estou no caminho certo
Espero nunca constrangê-lo,
com meu interesse descomunal.
Alegra-me essa busca em compreender
a profundidade da sua alma!