CARTA
Revirando minhas coisas,encontrei uma carta sua,
Carta que quando ainda não tinhamos Internet.Carta que trocavamos e nessas cartas descreviamos nosso amor,nossa paixão nossa saudade,a falta do carinho presente.
Lendo essa carta voltei ao tempo,como era gostoso esperar pelo carteiro,todos os dias,na esperança da sua carta chegar.
E quando o carteiro batia ia eu correndo porque sabia que tinha carta sua para mim.
Abria o envelope correndo,as vezes você mandava uma rosa seca junto, a carta perfumada com seu perfume,no qual eu fazia o mesmo nas minhas cartas para você.
Eu começava a ler meu peito batia forte,era como se você estivesse chegando.
Eu lendo a carta chorava com suas palavras de amor lindas como sempre.
Eu sorria com suas piadas que você dizia fazer para não me deixar tão triste.
Me trazia você de volta ao meu pensamento,nela você dizia:
"Minha amada que saudade,queria estar ai agora te beijando,te amando como te quero mas a distância não deixa,sinto meu coração bater mais forte enxugo minhas lágrias para não molhar a folha,isso para que você não perceba que estou escrevendo e chorando de saudade,sinto muito sua falta,sua presença aqui me faria o homem mais feliz,essa cidade é triste sem você aqui comigo".
Que saudade daqueles tempo, hoje com a internet não temos mais esse romantismo,não sentimos tanta saudades porque podemos nos ver pela Web Cam,isso é uma forma de matar saudade,mas saudade mesmo era nesse tempo de cartas vindas pelos correios.
Belos tempos.
Na moldura do sol-posto
NA MOLDURA DO SOL POSTO
Põe-se o sol mas não é noite ainda
A tarde vai levando o dia pela mão
Vaidosa se vestiu de dourado, linda!
Deixou meu olhar lembrando com emoção.
Nos derradeiros momentos deste olhar
Que sorveu tanta luz, o tempo parar.
Na moldura do sol posto
Lembrar, um sonho chamado infãncia
Os traços do rosto,
Agora esbatidos na distãncia
Ainda o verde terra nos olhos surgindo
E raios de Sol ainda a espreitar.
Na noite que vem vindo?!
Um sonho, um outro ainda sonhar.
Aconchegar-se às estrelas
Empoleirar-se em segredo,
na noite escura.
De palavras singelas,
o sonho afrontar de alma pura.
Rever-se ainda nesta moldura.
Porque o coração jamais olvida!?
Que a meninice o olhar guarde.
Para que não seja esquecida,
Os dez réis de gente.
Estrela perdida.
E a recorde sempre
No encanto d'outra tarde.
rosafogo
Dez réis de gente, me chamava com ternura minha
avó.
Carta aos afagos do Vento
Minha Querida,
Encurvo-me perante o silêncio do mar.
Olho para o horizonte e entrego-me à linha do destino.
Por vezes, a geografia é uma esquina escondida. Pensei que desta não o fosse.
Mas a distancia existe. Eu, aqui! Tu, aí!
Talvez um dia nos seja favorável. Talvez?
Penso nas tuas palavras. Permanentemente!
Dizes que há demasiado sentir nas minhas linhas.
É natural! Faço amor com as palavras. É por elas que expresso o meu desejo e o meu querer.
Faço-o com toda a plenitude da minha livre vontade. Faço-o porque me sinto correspondido.
Não posso ansiar pelo teu abraço? Ou por descansar no teu peito?
Nem vale a pena dizer que não porque não o consigo impedir.
Sim. Eu sei que as circunstâncias são distintas. Mas sê-lo-ão para sempre? E mesmo que assim aconteça quer isso dizer que não sentimos o que sentimos? Quer isso dizer que os momentos que temos não foram intensamente sentidos?
Ah! Há alturas em que apenas nós somos. Tudo o resto jorra da nossa origem!
Contudo, também há, realmente, a possibilidade de abrandar.
Se te for necessário, jamais imporei a minha vontade. Mas as cores não voltarão a ser as mesmas nem nós voltaremos a ser iguais.
O que nos faz, toca-nos profundamente. Tanto que abala as colunas da existência pelo reconhecimento do que já houve. É o antigo que chama por nós! E eu ouço esse canto.
Falaste-me em lágrimas no chão. Recordas?
Respondi-te que as tuas lágrimas tinham era caído no meu coração, onde as tinha recebido e guardado por serem manifestações do teu amor. Recordas?
Pois as tuas lágrimas já são um oceano de sentir no meu coração. E o tempo fará delas um universo. Porque eu vou ama-las e acarinha-las. Porque nelas também quero ser.
Só assim criaremos o, e no, MULTIVERSO.
Encurvo-me perante o silêncio do mar.
Venho aqui à procura dos afagos do vento. É por eles que sinto os teus beijos.
E peço-lhes, humildemente, que levem os meus até ti.
Sempre,
V.
in Comentários na face da Noite
Morrer de amor
Que o amor não era eterno eu já sabia
Estava certo que uma vida ele durava
Ignorava quanta dor nele cabia
Que uma vida nem de perto me chegava
Que o amor é como um laço dado ao peito
Quanto mais distante está mais ele aperta
E é tanta a força à qual eu estou sujeito
Que já sinto a vida curta e a morte certa
nenhum adeus vai apagar
Do que adianta distanciar seu olhar ?
Ou Caminhar por outros ares ?
Pois sabes que voltara ao seu lar
Por nao encontrar em outros lugares
O amor que nenhum adeus vai apagar
SEPARADOS PELO AMOR
Nos lados opostos do nosso mundo
Vivemos unidos pela distancia
Margens diferentes habitamos
Separados por um mar de intolerância
Teu corpo é o outro pedaço de nós
Meus desejos saciam-se do teu sabor
Tocamos-nos pelo tato da saudade
Despimos-nos de roupas sem cor
Soluçamos, rimos e cantamos.
Numa casa onde nunca moramos
Carregamos os filhos não nascidos
E adormecemos onde nunca deitamos
Esperamos calados o tempo amigo
Dizer que hoje é o amanhã que sonhamos
Dar-te um abraço mesmo que derradeiro
Enterrar nossos cruéis enganos
Só quero que saiba
Se você quiser saber quantas vezes eu penso em você é só contar as estrelas no céu, incluindo também aquelas que não conseguir ver.
Se você contou todas as estrelas que viu, cada uma simboliza um beijo, inclua também aquelas que você não contou, todos são seus.
Saiba que mesmo com a distância entre nós, ela não é grande o suficiente para separar o meu coração do seu.
Coração com coração!
Enquanto for...
Enquanto for...
Elen de Moraes Kochman
Que o tempo - ou sua falta -
Não amarre as mãos
Do nosso sentimento.
Que a distância não se faça de algoz
E que nosso coração não se violente
Com remotas esperanças.
Que a relembrança do que foi
Não ocupe demasiado espaço
Do que é
E do que pode vir a ser...
Que as mesmices do nosso dia a dia
Não se incrustem em nosso arrebatamento,
Nem oxidem o desejo
Que nos abrasa...
Que ele jamais necessite
De outras águas para navegar...
Que o movimento natural da vida,
No seu incessante vem e vai,
Não desgaste a nossa coragem
De querer e reagir!
De lutar
Para vencer ou perder.
Que nossas almas só mergulhem
Nas águas transparentes
Da nossa emoção.
Que nossa paixão não agonize
Por ciúmes,
Por desconfianças,
Por falsas aparências
Ou por desilusões quaisquer.
Que esse nosso amor
Feito de incertezas,
De longos silêncios,
De tantos empecilhos,
De sofridas ausências,
Seja para sempre,
Enquanto for!
LONGE DEMAIS...
Pensei que agüentaria, que suportaria
Saber que te amo e não poder te ter
A cada noite sonho contigo
Caminhando de mãos dadas comigo
Mas sempre que lembro do teu sorriso
Sempre que percebo de ti tanto carinho
Confesso que dentro de mim algo muda
E meu mundo passa a fazer mais sentido
Mas não te seguro, tu escorregas de meus dedos
E não mais posso segurar, não tenho como
Você é livre demais...
Ocupado demais, longe demais de mim
Tudo parece tão distante as vezes
Mas ao mesmo tempo, te sinto bem junto a mim
Como se me beijasse a cada momento
Como se só sua presença, acabasse meu sofrimento
Sonho em ser o seu amor...
Em ser aquela que vai estar contigo
Em todos os momentos, te ouvindo
Cuidando de ti, só para obter seu sorriso
Priscila Regina
26/08/2008
a Ponte...
Toque telefone!
Por tantas ja quebrou,
a silente hora...
Falastes quando não estou,
agora negas aurora...
Esqueça as vezes,
que me irritou...
Sabe fazes felizes,
todas partes do que sou...
Toque telefone!
Traga sorrisos em palavras,
ou prosa do dia...
Aos ouvidos são caricias,
inspiração e poesia...
Arrastas por seu fio,
aquele sopro...
Que refrescas o cio,
de um corpo...
Toque telefone!
Extermine a distância,
a saudade...
Tua voz é fragância,
única realidade...
Faça jus a construção,
uma ponte...
Entre o amor e a solidão,
és a fonte...
13/02/2010
--
Van