O Resgate do nosso amor
Para ti escrevo este singelo soneto,
De lembranças e ilusão sustentado!
Memórias de um sonho já acabado,
Melodias sem ornamentos ou coreto.
Um amor no fundo mal alimentado,
Foi dourado, hoje se apresenta preto,
Impresso num esquecido folheto,
Que marca o compasso do passado.
Ah! Quem me dera senhor,
Ter esse jeito para escrever
E com um soneto lhe corresponder.
Sei que me empenharei com primor,
Para colorir esse folheto amarelado,
E ver nosso amor transformado!
Paulo Alves e Janna
Reencontro - O Renascer do Amor!> Dueto Com a Poetisa Carol Carolina
Reencontrar-te foi maravilhoso.
Quando penso neste momento
Meu coração fica mais caloroso,
Pelo despertar de tão nobre sentimento
De um jeito divinal, amoroso.
O brilho dos teus olhos lindos
Refletiam a meiguice de tu'alma,
Que pra mim olharam sorrindo,
Sorriso cristalino, igual um espelho d’água,
Radiantes pelo nosso amor infindo.
De mãos dadas, um beijo teu ansiei,
Pois, aflorou em mim um imenso desejo!
E, no calor dum abraço, um beijo ganhei,
Com grande amor e paixão da deusa divina
Que reencontrei e eternamente amarei!
Seguimos felizes num florido caminho,
Contagiados pelo renascer do nosso amor
Que nunca se apagou, amor pleno de carinho,
Ternura e docilidade, igual uma flor,
Ou dois apaixonados passarinhos.
Esqueçamos os motivos da nossa separação,
O que mais quero é viver em harmonia,
A flor e o beija-flor em perfeita comunhão,
Exteriorizando os sentimentos numa poesia
Revelando nossas intensas emoções...
Elias Akhenaton
“Eterno aprendiz, um peregrino da Vida”
Eu que esperei por este momento
De poder finalmente te reencontrar
Vivia contigo no pensamento
Meu coração nunca deixou de te amar
Meus olhos não souberam esconder
Tudo que minh'alma transbordava
Ao me olhares consegui compreender
Teu coração também por mim ansiava
Fascinada pelo reacender do nosso Amor
Que estava vivo e nunca se apagou
Tinha a beleza e a doçura da flor
Dois passarinhos que ao ninho retornou
De mãos dadas então pude perceber
Que em ti ardia o mesmo desejo
De me abraçar e de tudo esquecer
Num esperado, terno e longo beijo
Não quero mais reencontros em nossas vidas
E sim, encontros de Amor e de paixão
Que as mágoas sejam todas esquecidas
Deixar fluir o Amor que vai no coração.
♫Carol Carolina
Mais um dueto na companhia da adorável
Poetisa Carol Carolina, a quem agradeço
de coração, pelo carinho, atenção e
sobretudo pela Amizade.
É um privilégio querida amiga compartilhar
de tua companhia, desfrutando de alguns
momentos mágicos que é a senda poética.
O meu muito obrigado por tudo!
Beijos em teu coração!!!
Elias Akhenaton
Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho
CAMINHOS DO INCERTO
Hoje a solidão veio p'ra ficar
Esqueço tudo, nada quero saber nem ouvir
Solto-me como pássaro no meio da moita
E aguardo a tempestade prestes a surgir.
Abre as mãos eleva-as ao mais alto de ti
E a voz do silêncio cantará
Um hino de louvor à alma em clamor
A solidão cairá na intempérie de um sorriso.
Meu coração ainda se afoita!
Bailam lembranças na minha mente
Quando procuro o repouso
E surgem na minha frente
Como um Sonho prazeiroso.
Na utopia dos sentimentos
Renasce a vida em forma de herança
Nos beirais da angústia ganha forma
Um sorriso de criança que o nosso olhar alcança.
Nas lembranças me envolvo perdidamente
Elas são tudo o que é meu!
Saudade é passado e presente
E o futuro que a memória
Abriga em caminhos do incerto destino
Na estigma de ontem hoje e sempre.
Rosafogo e Ana Coelho
Neste poema o talento da ANA e o Sonho da Rosafogo
Este Sonho de poder sentir-me com emoção fazendo
um dueto com uma grande poetiza.
Para ela a minha estima e admiração e também o meu muito obrigado.
(Re)volta
Minha alma quer falar,
mas teimo em contrariá-la
Sinto. Insisto em rimar
Ela transborda e se cala
Penso e penso pela madrugada,
mas a rima não se solta
E a mente já desesperada
solta um grito de revolta
O coração se abstém do silêncio
Palavras manifestam-se no papel
São respostas como sinal de incêndio
Antes olvidasse e não fosse tão cruel
O quanto cruel é o amor
Que à distância nos condena
Trazendo aos nossos corações, a dor
Num último e triste poema...
Janna e José Coimbra
SILÊNCIOS
Quando no olhar da gente, a gente sente
que vislumbra a eternidade num segundo
é que a gente se dá conta, de repente,
dos assombrosos silêncios deste mundo
E quando, no silêncio, um som estridente
e atroz, que tergiversa sim o não rotundo,
Melhor fora que desejasse estar ausente,
ou num buraco negro, bem profundo.
Fora só a voz da pele, a que pressente
que o instante é um ventre infindo e fundo...!
Fora só sereno e longo, e toda a gente
calaria a voz própria, pois mais fecundo
é o pulsar mudo do grito, na mão-semente
que o rasgar fácil da terra, no roubo imundo.
Sterea/sfich
Para ti "amiga" da onça
amar não é vergonha eu amo-te de paixão
quando sorris com esses dentes tortos
babo-me toda cai-me ao chão o coração
mas quando o apanho vejo teus olhos mortos
como peixes escamados fugidos do caixão.
"se amar é vergonha, eu topo-te, então,
e não me venhas cá chorar gatos mortos,
que os crocodilos já não são o que são,
por isso nem ligo, pra mim é desporto
pescar o sentido que tenho mais à mão." STEREA
"se amar é vergonha
vou usar uma burca
assim não me vês a fronha
nem sabes se uso peruca
o meu belo sorriso
parece uma chaminé
tenho os dentes pretos
e cheiro a chulé
por ultimo, paixão
quero la saber do desvelo
fui eu que te favoritei
pela dor de cotovelo" HAEREMAI
ensina-me a quente possessão dos amantes para que possa voar
ofereço-te o rio que corre sem parar
que nasce do mar quando o sol se estatela pelo horizonte
dar-te-ei do céu alucinada chuva
a escavar o chão
pra ser mar cheio de velas
a invadir tuas mãos
praia sempre a espera
se me falares da pele enrugada pelo sal das maresias
dar-te-ei o amparo da brisa
o ardor fugitivo entregará ao vento
o areal que te cerca e fustiga
lembra-te das promessas um dia fugitivas da boca
feitas mãos agoniantes
arfando em teu corpo nu...
rabiscos de pecados
ligeiros e afoitos escreveram
como teus
movimentos de mar
... e aquele cais longínquo...
à margem do regresso
aguarda para que venhas se espraiar
se me falares do destino
do sentir assim escondido
ofereço-te o lugar das mimosas e das tulipas tardias
para ser a cama dos teus sonhos
refúgio das maresias
onde o caos do cansaço
se refugia
se me falares do beijo
ensina-me a quente possessão dos amantes nos voos sobre
mares em linhas incertas
versejados
... onde cairíamos sem freios
a impedir nossa louca descoberta
Transversal & MarySSantos
Agradeço ao Poeta Ricardo Pocinho (Transversal) por honrar-me com o belo entrelace dos seus versos.
És a luz que me ilumina - Dueto com Vony Ferreira
Mostra-me as tuas mãos pequeninas!
Sedentas dos meus carinhos
e olha-me com esses olhos,
amendoados e doces,
com que me conquistas
e ensinas o que é o amor...
(Nanda)
Mostra-me meu pirilampo belo
O segredo sublime da inocência.
Esses pássaros saltitantes
que cantam na tua voz,
Que beijam o teu doce olhar
Numa generosidade única!
(Vóny Ferreira)
Rouba de mim os silêncios apáticos!
Faz-me sorrir, com a candura do teu discurso,
mostra-me o sol, que sempre brilha
Sem ti, os meus dias são como um rio
que nem sempre segue o seu curso
(Nanda)
Dou-te, sem mácula, o meu coração aberto
As palavras doces em forma de desenho
Dou-te, sem mácula o brilho das estrelas
Para que acaricie e acalente os teus olhos.
(Vóny Ferreira)
No teu abraço maior que o mundo
eu, de tão carente, me aninho
em teu sentir que é tão profundo
e na tua alma, diferente,
que me ilumina, pois é só luz!
(Nanda)
Ah, e que nunca me falta esse sorriso
Esse porto onde faço o meu abrigo
Meninos de luz, eu vos amo
Meninos de luz, eu vos enalteço!
(Vóny Ferreira)
Dueto: Vony Ferreira e Nanda
Dedicado a todos os cidadãos deficientes mentais
Vony Ferreira e Nanda
Longe dos olhos
Encontramo-nos no campo, distante de olhares
Campo aberto, muito espaço para fugir da mira,
Longe dos olhos, se descortinam verdades,
Segredos distantes de almas amigas
Longe dos olhos somos sonhos e realidade,
Falamos de amor, sem medo... Cumplicidade!
Deixamos-nos um olhar nos aproximar
Para desalinhar nossos corações...
Procuramos seus olhos, encontramos a alma.
Segredamos segredos do coração,
longe dos olhos, em campo aberto...
Longe da fuligem espessa de olhares curiosos
Em busca de um caminho diferente,
Para selar de vez essa amizade.
Vejo a distância dos seus olhos com os meus,
no caminho a solidão se despede,
A amizade fortalece dois corações
Segredos são segredos, divididos a dois
Nossos olhos mostram a todos um segredo...
Que jamais o saberão, pois são segredos guardados
Longe dos olhos
Acalenta e Jade.Jade
O amor descrito a 4 mãos... dueto com samanthabeduschi
O sol nascente faz da nossa pele lençol
e com ela agasalha o seu calor
na doce espera de outro açoite da nossa conspiração.
O sabor do meu amor
é de romã;
autêntico sabor
de artimanhas
só meu...
Na cor romântica
daquelas sementes
de manhãs
cresço as flores
que já viraram cânticos
e coloriram o espaço
quase quântico
que entre nós existe
entre a música e o calor.
Deixa-me louca,
entoe os átomos cristalinos,
crisântemos átonos
do desejo temerosos,
micro-sons florescentes e ansiosos
pelo nosso beijo multi-cor.
Beija-me a boca
e assim seremos
um acorde de flores e bemóis,
sentidos sustenidos
num concerto de imagens de rosas
e vermelhos.
Até consumirmos
o nosso desejo
na luz da lua incandescente
a abrir o breu da noite...
e o nosso corpo trémulo
que se transforma em girassol:
conjuntura do amor sem pudor,
da doçura e do movimento.
Madrugada faz o relógio girar
ao nosso favor,
como um açoite contra o tempo
e contra o sol!
Ah, meu doce amor
suga-me a língua!
Além da vida, das cores
e dos sentidos.
Deseja-me atrevida
nessa nossa cantiga
enluarada...
pura margarida musicada
e desprovida
de despertadores.
Que esse ritual sem limites,
insultuoso passeio
gostoso do corpo
mate os nossos apetites
de sabores proibidos...
O nosso abraço cansado
Acama-se na nossa alma
florida, completa, colorida:
imagem de um cantante
e dançante poema
esperando sempre
outra noite,
outra conspiração,
outro açoite do amor
contra o tempo...
Samanthabeduschi e Vóny Ferreira