Poemas : 

Xadrez sem tabuleiro

 
As pedras se indispuseram
com elegância fingida
e nunca mais se detiveram
numa reclamação sofrida.

A torre pelo horizonte
vislumbra o belo cavalo,
os peões sentem-se a monte,
da dama levam um estalo.

O rei fica pela gravura
numa enorme devassidão,
que o bispo sempre ignora.

Disputam-se pela bravura
sem fazer táctica ou sermão
e o xeque-mate se aflora.


António MR Martins

2011.08.05


António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
Autor
António MR Martins
 
Texto
Data
Leituras
648
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 05/08/2011 20:01  Atualizado: 05/08/2011 20:01
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Xadrez sem tabuleiro
Imaginação originalidade,
tudo concentrado num poema
que gostei de ler, António.
bjs para si e Luísa.
Vóny Ferreira