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A GUERRA DO BOTÃO

 
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O dia estava lindo, o Sol brilhava por todos os poros, perdão, Polos que não são que dois, que eu saiba.
No prado da poesia, aproveitando esse lindo dia, um botão passeava tranquilamente e de repente alguém se apercebeu que esse botão existia e a tranquilidade acabou.
Todas as pessoas e alguns animais, queriam o botão e passou a haver a guerra dos botões, ( não quero plagiar o titulo do filme com o mesmo nome).
Aquele prado da poesia era imenso e para o conservarem em bom estado de produção, alguém se lembrou de fazer uma sociedade anónima de irresponsabilidade ilimitada.
Quando a guerra do botão começou, alguns dos associados não gostaram que um botão passeasse no prado e desse origem a uma guerra tanto ou quanto absurda.
Uma guerra por causa de um botão? Exclamou um dos sócios. Mas até onde chegou a mentalidade dos homens? Ainda se o botão fosse uma botoa, quero dizer, uma fêmea, até se podia compreender, mas um botão? Até onde vai esta sociedade!

Na orla da floresta estavam muitos animaizinhos escondidos a ver aquela guerra de trazer por casa.
Alguns riam a bom rir, eram os filhotes, os traquinas que mais riam com aquela guerra, já os pais, não gostavam de ver aquele mau exemplo dado pelo bicho homem e faziam umas caretas levadas dos diabos e começavam a se enervar.
-Não, Isto não é possível! Disse o velho veado, uma guerra no nosso prado onde sempre desejámos passear e viver em paz, não!
-Então que fazer? Perguntou a gazela.
-O que vamos fazer, o que vamos fazer... reflectia o veado afagando com uma pata os seus lindos cornos.
-O melhor é conseguir ir buscar o botão sem que o bicho homem se aperceba, mas com a nossa corpulência...
-Eu vou lá, disse uma toupeira.
-Tu não podes ir, tu não vês nem um boi, como queres tu ver um botão? Disse o javali.
-Eu vou e ninguém dá por ela, disse o porco de espinho, perdão, o porco espinho. Como sou pequeno, ninguém dá por mim e em chegando ao local rolo-me sobre o botão e adeus meus amigos, ma nada!
Todos estiveram de acordo e o porco espinho lá foi fazer o seu trabalho e como ele previu, ninguém o viu chegar, rolou sobre o botão, este ficou nos picos do animal e assim o botão foi levado para a floresta.
Quando os associados deram por ela, já era tarde, do botão, nem sombra e logo ali se instalou outra guerra.
-Vamos á procura do botão, disse um dos associados.
-Não dizia outro.
-Sim disse um terceiro.
Sim, não, não, sim não, e ainda hoje lá estão a se guerra porque uns querem o botão e outros não.

Enfim... coisas dos homens!

A. da fonseca


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

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Autor
Alberto da fonseca
 
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