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Memória

 
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O vento, o vento soprava.
Mas que forte ventania...
Batia a porta, batia
e eu a porta agarrava...
Toda eu estremecia...

O vento, o vento soprava
quer de noite quer de dia...
e se a porta se abria
era o luar que entrava
todo o meu corpo tremia...

O vento, o vento soprava
e as flores do terraço,
abanavam, num abraço...
No chão o vento dançava
e eu apressava o passo

Na memória me ficou
aquela porta batendo
dia a dia a toda a hora...

O corpo me estremecendo
foi vendaval que passou
e não me levou embora...

Maria Helena Amaro
Inédito, outubro, 2004


http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2 ... moria-esposende-1957.html
 
Autor
amacsequeira
 
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