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Fuga à morte

 
Sem disfarçar as escuridões
aos passos,
a morte entrou sem bater
em casa do vizinho.
Fingiu que não me via
espiá-la no rebordo da vidraça,
e sorria...
e os sorrisos eram como promessas
de presságios sem benção.

Sem esperar o epílogo ao romance
fiz as malas e fugi pelas léguas
de qualquer rumo.
... Pelo caminho esqueci o nome.
 
Autor
José António Antunes
 
Texto
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Enviado por Tópico
Bruno Sousa Villar
Publicado: 14/03/2008 20:58  Atualizado: 14/03/2008 20:58
Da casa!
Usuário desde: 09/03/2007
Localidade:
Mensagens: 429
 Re: Fuga à morte
Gostei. Provocou em mim um subtil sorriso melancólico.
Reconheci Al Berto no seu poema,é uma influência?

Cumprimentos


Enviado por Tópico
Niafna
Publicado: 29/04/2010 22:30  Atualizado: 29/04/2010 22:30
Participativo
Usuário desde: 07/03/2007
Localidade: Vila das Lajes, Terceira, Açores
Mensagens: 33
 Re: Fuga à morte
O uso da imaginação está bastante presente e isso é delicioso em poesia.