Poemas : 

Gitano

 
Gitano


Não anelo mais teu perfume
Porque até já vendi nosso canto
Mas dou meu Vapor Barato
Por mil recordações de ti...
Tu és um Louvre com Goya
Meu amanhecer sem cortina
Um plano perfeito de Tróia
O meu rubor cor de China
Vejo o teu amargor chicória
Combinar na minha rima
Em quintessência de Gaya
Em Bolshois de bailarina
Amo o teu vigor praiano
Velejando sóis de espaço
Num paso-doble cigano
Batendo sombra e regaço
Amo teu andar bolero
O teu beijo sempre arisco
Dentro dele ainda espero
Singrar novos mares de risco.


Nina Araújo.


O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...

 
Autor
NinaAraújo
 
Texto
Data
Leituras
779
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/08/2008 13:52  Atualizado: 01/08/2008 13:52
 Re: Gitano
Brilhante homenagem poética ao génio guitano, que se traduz, eminentemente, na dança e cantar flamenco e que resulta, certamente, de uma acendrada paixão. Fez-me recordar um espantoso recital a que tive a felicidade de assistir, em 1966, nas Cuevas,no Monte Sagrado, na vizinhança de Granada. Beijinho