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o que penso é: não há tempo no que escreves quando sorris. talvez porque quando sorrio não sei ler. há, sei que há, dentro de nós um lugar onde segurar o mundo todo, esse mundo de que falamos quando, em silêncio, nos sentamos nos degraus do sonho. temos um sonho, o mesmo. e sei que o lugar de o sermos é o coração. hoje apenas queria dizer-te: está tudo bem. depois voltar para o teu peito e ter a certeza que todos os meus movimentos, os de antes, os de agora e os de depois, são os teus. não sei se algum dia saberei como ler-te em voz alta, para já só sei que o escreves me visita, como uma história que a memória reteve mas que a boca nunca soube contar.