Sonetos : 

À Vida (Solidão)

 
Tags:  solidão    dias    engano    vazios    pedinte  
 
À VIDA (SOLIDÃO)

Só agora dou conta da Vida e esmoreci,
Quem traçou o destino e me abandonou?
Olhei-me no espelho da solidão e vi,
Último trago da Vida que ele me traçou.

Sinto-me cativa, este tempo me consome
Este destino que também já me embalou!?
Na minha lembrança é misto de dor sem nome.
Pranto ou múrmurio, e a saudade que ficou.

Agora nem mais um verso da minha mão
Meu coração está da palavra acorrentado
Talvez nem volte mais a sair da solidão.

Se a Vida me perseguir porque é madrasta
Dir-lhe-ei: não quero mais muito obrigado!
Meu orgulho lhe dirá: sou feliz quanto basta!

rosafogo


Open in new window


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
Autor
rosafogo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1519
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
24 pontos
16
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 07/02/2010 00:55  Atualizado: 07/02/2010 01:02
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4412
 Re: À Vida (Solidão)
Olá poetisa

Um soneto ao teu estilo
Gostei de te ler

Jinhos
Tudo de bom para ti


Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 07/02/2010 01:01  Atualizado: 07/02/2010 01:01
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: À Vida (Solidão)
olá rosa,

falar da vida por si só não é fácil, mas transforma-la em poesia ainda se torna mais dificil.
e tu sabes bem mostrar o que sentes de uma forma tão tua que se sente a tua dor...
tanto valor dão aos estudos mas não existe melhor escola que a própria vida, quando aprendemos todos dias com ela na alegria e na dor.

parabéns

beijo


Enviado por Tópico
JoséCorreia
Publicado: 07/02/2010 02:43  Atualizado: 07/02/2010 02:43
Usuário desde: 17/03/2009
Localidade:
Mensagens: 282
 Re: À Vida (Solidão)
Sempre perfeito!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/02/2010 09:11  Atualizado: 07/02/2010 09:11
 Re: À Vida (Solidão)
Gostei deste soneto muito bonito parabens beijos


Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 07/02/2010 11:04  Atualizado: 07/02/2010 11:04
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11253
 Re: À Vida (Solidão)
Rosa

A vida é assim mesmo mas o grito de esperança, ser feliz com o que tenhos é a melhor forma de olhar em frente.

sou feliz quanto basta!

Um bom soneto, parabéns

Beijinhos e Bom Domingo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/02/2010 11:26  Atualizado: 07/02/2010 11:26
 Re: À Vida (Solidão)
Amiga Rosa Fogo.

“Tenho de idade o quanto hei de viver”
Alguém disse. Mas ninguém vive sem
As recordações “a saudade que ficou”,
Mesmo sabendo que na balança da vida
A parte “madrasta” sempre mais pesa.

Lindo seu poema.

Bjs. Ulysses


Enviado por Tópico
Josematos
Publicado: 07/02/2010 17:18  Atualizado: 07/02/2010 17:18
Super Participativo
Usuário desde: 23/12/2008
Localidade: Agualva ( Sintra ) - Portugal
Mensagens: 165
 Re: À Vida (Solidão)
Olá poetisa rosafogo, gostei do poema sobre a solidão, é muito talentosa no que escreve. Eu também vivo na solidão e escrevo alguns versos sobre o que sinto depois que fiquei viúvo. Mas a vida continua e temos de dar valor a pequenas coisas que nos podem fazer feliz.
Ouvir os pássaros cantar e toda a natureza em redor nos deve animar.
Um grande abraço


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 07/02/2010 18:42  Atualizado: 07/02/2010 18:42
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: À Vida (Solidão)
"Sinto-me cativa, este tempo me consome
Este destino que também já me embalou!?
Na minha lembrança é misto de dor sem nome.
Pranto ou murmúrio, e a saudade que ficou."

Sabes esta tristeza que se solta das palavras?
Sabes?
Sei que sim porque és das tais pessoas que escreves com alma.Sente-se isso... Rosa.
Pois é assim que me sinto em determinados momentos. Mas não é nada que não passe logo a seguir...
Lindo poema, Rosa.
Bj
Vóny Ferreira