Poemas : 

PSICADÉLICO 1

 
Arremesso a solidão para dentro do meu corpo.
Lanço a confusão sobre o olhar do mundo!

Ai o cão que ladra do lado de fora da porta
do oceano!
Ai o gato que bota fogo no forno da
imaginação!
Ai o comboio que pula sobre os carris e uiva!
Ai a ponte que suporta uma tonelada de ópio
Invisível...!

Que enluarados dias passados às mesas dos cafés...
- Que nojo tenho de ter uma só alma!
- Eu só peço...
- Sabes lá o que é pedir...!?

Só eu, Deus e o Diabo é que sabemos.
Se peço é porque pedir é um acto banalíssimo
Na banalidade da existência

Mais nada.

De resto a cerveja não está fresca!

António Casado
Para o Luso Poemas


 
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antóniocasado
 
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Enviado por Tópico
Massari
Publicado: 10/03/2010 10:59  Atualizado: 10/03/2010 10:59
Colaborador
Usuário desde: 07/12/2009
Localidade: Sertãozinho/SP
Mensagens: 1089
 Re: PSICADÉLICO 1
Poema tenso com um final tranquilo e "banal" - tipo: tomar uma cerveja que não está fresca. AFINAL O POEMA afirma: pedir é ato banalíssimo na banalidade da existência.
Boa fatura.
gostei muito
abraços caro amigo


Enviado por Tópico
MariaDeCarvalho
Publicado: 11/03/2010 11:41  Atualizado: 11/03/2010 11:41
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2009
Localidade: Suiça
Mensagens: 421
 Re: PSICADÉLICO 1
Poema muito bem construido e
cativante...

Boa leitura, gostei
Até breve,
Maria