Quando dormires, meu bem, ao meu lado,
te farei carinhos sem delongas...
No frio intenso, ao meu corpo em fado,
acarinhas minhas costas pelas longas...
Braçadas de amor, que doas sem medo,
toda vez, que um travesseiro é nosso cúmplice,
pra paixão, não existe mais segredo...
Meu amor por ti, vem em deslumbre.
Meus olhos em corais de pedrarias,
seus olhos me projetam artimanhas,
num êxtase, sob a luz da ébria lira...
Nosso mundo fica intenso em quente pira,
pois, a ti, não sou mais uma estranha,
e em mim, és um servo lapidado!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)